Soldado dos EUA mata 16 civis no Afeganistão
Os Estados Unidos
apresentaram neste domingo (11) suas "mais sinceras condolências" às
famílias dos 16 civis afegãos massacrados por um soldado americano de
uma base na província de Kandahar, afirmou o Departamento de Estado. "Os
Estados Unidos manifestam suas mais sinceras condolências às famílias
(afetadas) pelo dramático tiroteio desta manhã. Este ato violento
cometido contra nossos amigos afegãos nos entristece", declarou uma porta-voz da diplomacia americana.
O presidente afegão Hamid Karzai, por sua vez, condenou o massacre "imperdoável". "O
governo condenou reiteradamente operações realizadas em nome da guerra
contra o terror, que causam perdas civis. Mas quando afegãos são mortos
deliberadamente por forças americanas, trata-se de um assassinato e de
uma ação imperdoável", afirmou Karzai em um comunicado.
Na madrugada de sábado para domingo, um
soldado americano deixou sua base e matou 16 civis afegãos, incluindo
crianças, mulheres e idosos, na província de Kandahar, ao sul do
Afeganistão. Outras cinco pessoas ficaram feridas. Segundo nota
divulgada pela Isaf (missão da Otan no Afeganistão), o autor do massacre
teria sido detido. A nota diz ainda que ele teria sido acometido por
uma "crise nervosa" que o levou a praticar a ação.
O episódio é catastrófico para a Otan e
para suas tropas, que já foram vítimas do "fogo amigo" de soldados
afegãos formados por elas, o que comprometeu a confiança entre os dois
campos. A situação, que é já extremamente tensa, pode se agravar, com
represálias ainda maiores.
Seis militares americanos foram mortos
por seus colegas afegãos entre 23 fevereiro e 1º de março, após a
ofensiva queima de exemplares do Alcorão na base militar americana de
Bagram, que resultou em violentas manifestações contra os Estados
Unidos, deixando 30 mortos e 200 feridos.
Por Folhapress.Fonte:http://www.jornalagora.com.br
Guerra no
Afeganistão: EUA distorcem a verdade
"Oficiais superiores das forças armadas
norte-americanas distorcem tanto a realidade sobre a situação no Afeganistão,
que a verdade já é algo irreconhecível", afirmou o tenente-coronel do
Exército Daniel Davis.
Após ida, em Outubro do ano passado, duranteuma segunda comissão realizada no território, Davis elaborou um relatório arrasador sobre o conflito no país ocupado.
No texto, publicado pela revista Rolling Stone, o responsável militar garante que o país que fica para lá do campo visual das bases estrangeiras é controlado pelos insurgentes, e que as autoridades locais não asseguram a satisfação das necessidades básicas à população afegã.
A confirmar esta última acusação de Davis, agências noticiosas divulgaram esta semana que, só nas primeiras semanas de Inverno, mais de 40 pessoas morreram congeladas em três províncias do país. A esmagadora maioria das vítimas eram crianças que viviam em acampamentos de refugiados de guerra, e mais de metade destas estavam instaladas numa infraestrutura de emergência situada na capital, Cabul.
Justificação desavergonhada
Paralelamente, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) veio "justificar" o bombardeamento que há duas semanas matou oito menores de idade. A Aliança Atlântica disse que as vítimas eram "jovens armados" e não crianças, de "de estatura adulta, atléticos e fortes", que foram bombardeados porque a Otan entendeu que «"representavam uma ameaça".
Se se encontrassem num local onde a Otan e a as tropas do governo de Cabul não estivessem realizando uma operação militar, "não teriam sido bombardeados", continuou Mike Wigston, confirmando que quando a Aliança Atlântica sai dos quartéis que mantém no Afeganistão é para matar a torto e a direito, e nem mesmo crianças ou adolescentes escapam, muito menos se tiveram uma fisionomia "atlética e forte".
Fonte: Jornal Avante!
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