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quinta-feira, 25 de setembro de 2014
Eleições e a importância do voto
O voto, ou sufrágio, como é também
conhecido, é um dos principais instrumentos utilizados para eleições de representantes políticos ou para
tomar decisões políticas, em espaços em que há consulta popular para isso, como
nos casos de referendos ou plebiscitos.
No Brasil, são
eleitos através do voto diversos representantes políticos da população, como
vereadores, prefeitos, deputados estaduais e federais, além de governadores e
presidentes da República.
Desde a Constituição de 1988 que o sufrágio universal foi instituído para a escolha dos
ocupantes desses cargos acima mencionados. Sufrágio universal significa que
todo o cidadão dentro das normas legais tem direito ao voto. Tal configuração
de participação política foi uma vitória no sentido de ampliação dos critérios
da democracia representativa no país, já que todos os cidadãos com
mais de 16 anos, homens ou mulheres, alfabetizados ou analfabetos, têm direito
a escolher seu representante através do voto.
Porém, na história do voto do Brasil, nem sempre foi assim. As votações que existiam durante a
colônia e durante o Império brasileiro estavam restritas a homens que detinham
certo nível de renda. Com o advento da República, o voto foi estendido aos
demais homens, mas não às mulheres. Estas somente puderam participar das
eleições no Brasil a partir de 1932, com a reforma do Código Eleitoral.
A existência dos períodos ditatoriais, como entre 1937 e 1945
e entre 1964 e 1985, diminuiu muito a abrangência da participação política dos
cidadãos na escolha de seus representantes políticos. A restrição histórica à
participação de boa parte da população na escolha de seus representantes
através do voto fez com que o sufrágio universal estabelecido na Constituição
de 1988 ganhasse uma enorme importância.
Através do voto, é possível ao eleitor e ao cidadão escolher
dentre um leque de opções previamente estabelecido uma pessoa que o
representará em algumas das instituições políticas por um período determinado.
Essa escolha, na forma ideal, deve ser feita com consciência política e após
uma análise das propostas do candidato e de sua viabilidade de aplicação, além
do histórico pessoal e político do candidato.
A urna eletrônica substituiu as cédulas de papel, garantindo maior rapidez na apuração dos votos *
Intensas campanhas são feitas para combater a compra de votos, uma prática ainda comum durante as
eleições no Brasil. Através da compra do voto, políticos com maior poder
econômico conseguem influenciar de forma considerada não ética um maior número
de eleitores. A compra de votos é crime no Brasil, mas isso não quer dizer que
ela não exista.
Por outro lado, diversos posicionamentos críticos em relação
à democracia representativa apontam que os financiamentos de campanhas, que são
legais, acabam também fazendo com que as classes que têm maior poder econômico
coloquem seus representantes no poder, limitando a abrangência da democracia.
Nesse caso, somente as campanhas eleitorais milionárias teriam capacidade de
serem vitoriosas nas principais eleições.
Outra característica do voto no Brasil é que ele é obrigatório. Há campanhas
para que o voto seja facultativo, uma escolha das pessoas que querem eleger
seus representantes. A favor desse posicionamento há o argumento de que tal
medida diminuiria os casos de corrupção nas eleições, além de ampliar a
possibilidade de escolha dos cidadãos, já que poderiam começar escolhendo se
querem votar ou não.
Há ainda posicionamentos de crítica mais profunda às
eleições, principalmente as decorrentes das campanhas do voto nulo. A prática de anular o voto visa
expor um descontentamento com todo o sistema da democracia representativa ou,
em alguns casos, a insatisfação com os candidatos que são apresentados.
Em muitos casos, a crítica à representatividade indica uma
limitação dessa forma de organização, que exclui da participação política
direta a maior parte dos cidadãos, afastando-os desse tipo de prática, que se
limitaria a votar apenas em certos períodos, em candidatos previamente
escolhidos por agremiações. Nesse sentido, nos intervalos das eleições, os
cidadãos ficariam afastados das decisões políticas, já que delegariam essa
função a seus representantes.
Os vários posicionamentos no debate demonstram a importância do voto na prática política brasileira.
quarta-feira, 24 de setembro de 2014
Carta de apoio a candidatura de Zeca Pereira( da Telpe).
As.: Ricardo Mendonça ,cidadão São Lourencenses
sexta-feira, 19 de setembro de 2014
Começou a temporada de enganação das pesquisas eleitoral em SLM
DEPUTADO ESTADUAL:
Everaldo Cabral(PP): 40%
Zeca Pereira(PHS): 35%
Vinício Lambança(PSB) 25%
DEPUTADO FEDERAL:
Eduardo da Fonte(PP):50%
Sebastião Oliveira(PR):35%
Anderson Ferreira(PR):15%
Governador:
Paulo(PSB):60% e Amando(PTB):40%
Presidente:
Dilma(PT):50% e Marina Campos(PSB):50%
Levantamento realizado com 500 eleitores de 5 bairros de São Lourenço da Mata, entre os dia 31 de fevereiro a 1 de abril e bla bla bla...
Fique atento estamos em reta final da eleição e muita armação esta por vim, além disso não podemos esquecer dos lobos em pele de cordeiro, vestido muita vezes de amarelo, vermelho e verde, lhe afirmando que é renovação e defensor do povo..., só querendo o seu voto, para depois lhe devora. Fique espeto e Vote consciente!
Adolescente fica sem andar após injeção
Marina
Barbosa mbarbosa
Foto: Diego Nigro/JC Imagem
Há dez dias,
Vitória Maria Carneiro Leão deixou de andar. A jovem, de 16 anos, nunca teve
nenhuma deficiência, mas perdeu o movimento das pernas após tomar uma injeção
que só deveria eliminar a dor que sentia ao urinar. O medicamento foi aplicado
na semana passada no Hospital Petronila Campos, em São Lourenço da Mata, no
Grande Recife.
A adolescente
chegou na unidade de saúde na manhã do dia 8, andando. Após horas de espera
pelo atendimento, tomou a injeção e recebeu alta, mesmo sentindo a perna
formigar. No começo da noite, teve tonturas e desmaiou. Quando acordou na
Unidade de Pronto-Atendimento (UPA), não sentia mais os membros inferiores. Até
agora, não sabe o que aconteceu nem o que havia na seringa.
"Não recebi
nenhuma assistência do hospital, não disseram qual remédio tomei nem explicaram
o que houve com minhas pernas. Só estou nessa cadeira de rodas porque minha
vizinha me emprestou”, reclama a adolescente, que voltou ao Petronila Campos
depois de ser socorrida na UPA, mas foi encaminhada para o Hospital da
Restauração, no Derby, área central do Recife. Ela passou sete dias internada e
fez vários exames, mas até agora nada apontou a causa da deficiência repentina.
Só se sabe que, para voltar a andar, Vitória precisará de fisioterapia.Confira o video na fonte original:
“Estamos esperando o diagnóstico, mas sei que foi aquela
injeção. Minha filha saiu daqui boa e voltou assim, não há outra explicação, foi
displicência médica. Ela sentiu a perna formigar na hora que recebeu o remédio
e até agora sente dores no lugar da picada”, declara a mãe da jovem, a diarista
Cristiane Maria dos Santos, 33, que vai processar o hospital. “Não é pelo
dinheiro, é para aprenderem a ter respeito com os pacientes”, explica. “Até
porque o que eu quero eles não podem me dar”, emenda Vitória, que só tem um
desejo: voltar a andar. “Quero correr, subir escada, voltar à normalidade. Não
consigo fazer mais nada sozinha”, admite.
Por nota, a Prefeitura de São
Lourenço da Mata, que responde pelo Hospital Petronila Campos, afirmou que
Vitória só foi medicada com dipirona e antibiótico para tratar a infecção
urinária. “Ou seja, em nenhum momento foi aplicado qualquer medicamento em músculos,
que viesse a justificar a paralisia relatada”, afirma a nota. No dia seguinte,
já com as pernas sem movimento, ela teria sido orientada a procurar um
neurologista.
Extraído do http://jconline.ne10.uol.com.br/
SINTONIZANDO O LEITOR:
quarta-feira, 17 de setembro de 2014
Quem é o sujo falando do mal lavado ,Luciana Genra?
Tanto o PSDB(fundado
em 88) e PT(fundado em 80) existe envolvimento em esquema de corrupção, na
minha opinião é normal, pois ambos os partidos tem mais 25 anos de existem e é impossível
neste anos todo ficarem ilesos.Agora não da para entende um partido que ainda
usa fralda esta envolvido na quantidade de escândalos então pouco tempo de existência,como
todos sabem O PSOL nasceu do PT , e com
o PT se parece. E muito! É, na verdade, o PT de ontem, com discurso de “pureza
ética” só porque ainda não está no poder, vendendo as mesmas promessas
socialistas com forte cheiro de naftalina. Em 10 anos de fundação nem
mesmo estando no poder já segue os passo de seu genito,que já tem na bagagem
MENSALÃO do Psol”, um esquema de
corrupção na Assembleia Legislativa do Amapá, que teria como um de seus
envolvidos o atual senador e presidenciável Randolfe Rodrigues (Psol). Ele
teria se envolvido com o esquema quando era deputado estadual e recebido R$ 20
mil. http://www.pco.org.br/nacional/randolfe-rodrigues-entre-os-corruptos/aasi,b.html
caixa 2 derruba envolvendo a então presidente do psol do rio Janira Rocha, acusada de arquitetar um esquema de
caixa 2 na campanha de 2010 e de desviar recursos do Sindicato dos
Trabalhadores Públicos Federais em Saúde e Previdência Social
(Sindsprev).Ainda pratica o mesmo comportamento dos outro partido “maus” ,A
Comissão Nacional de Ética do PSOL arquivou o processo de expulsão da deputada
corrupta.
esquema de boca de urna montado pelo partido nas eleições de 2010
entre uns dos beneficiário esta o ativista e deputado Jean Wyllys e como não podia ser diferente adotou um discurso
muito utilizado pelo PT de Lula, negou que tivesse conhecimento do caso: “Não
tinha conhecimento disso. Para mim, esta referência à boca de urna é uma
novidade”.Ele esta com a mesma doença de lula e Dilma não sabem de nada,isto
deve ser Hereditário.
Não podemos esquece da nossa querida Luciana Genra, Lembremos
que em 2008, o PSOL em Porto Alegre estava coligado ao PV, com Luciana
recebendo financiamento da Gerdau.Em dez anos o Psol tudo isto mesmo nunca ter
chegado no poder imagine, quando chega. Nem tudo são mar de rosas!Como Aecio
disso: "linha auxiliar do PT".
Os candidatos Luciana Genro (Psol) e Aécio Neves (PSDB)
protagonizaram o momento mais acalorado do debate promovido pela Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) com oito dos 11 presidenciáveis na noite
dessa terça-feira (16). Confira um trecho do debate:
terça-feira, 16 de setembro de 2014
O socialismo na prática - o laboratório da morte
Você sabe qual foi
ou qual é o experimento socialista mais longevo da história do mundo?
Você sabe qual foi o sucesso deste experimento?
Se alguém lhe
pedisse para defender a ideia de que o socialismo fracassou, qual exemplo você
forneceria?
Onde o formato
moderno de socialismo começou?
Nos Estados Unidos.
É isso mesmo: na
"terra da liberdade". Mais especificamente, nas reservas
indígenas, sob o comando da Agência de Questões Indígenas, subordinada ao Ministério do Interior.
As reservas
indígenas foram inventadas com o intuito de controlar combatentes
adultos. Elas tinham como objetivo manter a população nativa pobre e
impotente.
O sistema
funcionou? Pode ter certeza.
O experimento tem
se mostrado um fracasso? Muito pelo contrário, tem sido um sucesso total.
Quando foi a última
vez que se ouviu a respeito de alguma insurreição dos índios americanos?
Eles são
pobres? Os mais pobres dos EUA.
Eles recebem
auxílios do governo americano? É claro que sim.
No ano passado, o
Ministério da Agricultura dos EUA destinou US$21 milhões para subsidiar
eletricidade para os moradores daquelas reservas indígenas cujas casas são as
mais isoladas de empregos e oportunidades de trabalho. Você pode ler mais a respeito aqui. Como
toda e qualquer medida assistencialista, esta é apenas mais uma para mantê-los
continuamente pobres. Eletricidade tribal significa impotência
tribal.
As tribos são
dependentes. Elas permanecerão dependentes. O programa foi criado
exatamente para este objetivo.
Por alguma razão,
os livros-textos de economia não oferecem sequer uma página relatando a
corrupção, a burocratização e a pobreza multigeracional criadas por este
socialismo tribal. Temos aqui uma série de exemplos de laboratórios
sociais gerenciados pelo governo. Quão exitosos eles têm se
mostrado? Onde estão as reservas que de maneira sistemática tiraram
pessoas da pobreza?
A próxima será a
primeira.
O paraíso dos
trabalhadores
A União Soviética
foi o paraíso socialista dos trabalhadores de 1917 a 1991. Como resultado
direto deste experimento, pelo menos 30 milhões de russos morreram. Os
números verdadeiros podem ser o dobro desta cifra. Já o experimento
chinês foi mais curto: de 1949 a 1978. Talvez 60 milhões de chineses
tenham morrido. Há quem fale em 100 milhões.
O sistema foi
incapaz de fornecer os bens prometidos. Não consigo imaginar um tópico
mais apropriado para se discutir em uma aula de economia do que o fracasso do
socialismo. O mesmo é válido para um curso sobre a história do mundo
moderno. Qualquer curso decente de ciência política deveria cobrir este
fracasso em detalhes.
Mas isso não
ocorre, é claro. Nenhum curso menciona o mais fundamental desafio já
proposto à teoria econômica socialista, o ensaio de Ludwig von Mises, escrito
em 1920, O cálculo econômico sob o socialismo. E
por que não? Porque a maioria dos cientistas sociais, economistas e
historiadores nunca ouviu falar desta obra. Entre aqueles com mais de 50
anos de idade, os poucos que já ouviram a respeito ouviram da boca de algum
defensor do socialismo ou de algum entusiasta keynesiano, que apenas repetiu o
que havia aprendido na sua pós-graduação: que tal ensaio havia sido totalmente
refutado por Oskar Lange em 1936.
Mas o que eles
nunca dizem é que, quando Lange, um devoto comunista, voltou à sua Polônia
natal em 1947 para atuar no alto escalão da burocracia estatal, o governo
comunista não pediu para que ele implementasse sua grande teoria do
"socialismo de mercado". Com efeito, nenhum país socialista
jamais implementou sua teoria.
Durante 50 anos,
poucos livros-textos de economia mencionavam Mises. E, quando o faziam,
era apenas para dizer que ele havia sido totalmente refutado por Lange.
Os acadêmicos do establishment simplesmente jogaram Mises no buraco orwelliano
da memória.
No dia 10 de
setembro de 1990, o multimilionário escritor, economista e socialista Robert
Heilbroner publicou um artigo na revista The New Yorker intitulado "Após o Comunismo". A URSS já estava
em avançado processo de colapso. Neste artigo, Heilbroner recontou a
história da refutação de Mises. Ele relata que, na pós-graduação, ele e
seus pares foram ensinados que Lange havia refutado Mises. Porém, agora,
ele anunciava: "Mises estava certo". No entanto, em seu
best-seller, The Worldly Philosophers, um livro-texto
sobre a história do pensamento econômico, ele em momento algum cita o nome de
Mises.
Os fracassos
visíveis
O fracasso
universal do socialismo do século XX começou já nos primeiros meses após a
tomada da Rússia por Lênin. A produção caiu acentuadamente. Ato
contínuo, ele foi forçado a implementar um reforma marginalmente capitalista em
1920, a Nova Política Econômica (NEP). Ela
salvou o regime do colapso. A NEP foi abolida por Stalin.
Durante as décadas
seguintes, Stalin se entregou ao corriqueiro hábito de assassinar
pessoas. A estimativa mínima é de 20 milhões de mortos. Tal prática
era peremptoriamente negada por quase toda a intelligentsia do
Ocidente. Foi somente em 1960 que Robert Conquest publicou seu monumental
livro O Grande Terror — Os Expurgos de Stalin.
Sua estimativa atual: algo em torno de 30 milhões. O livro foi
escarnecido à época. Overbete da
Wikipédia sobre o livro é bem acurado.
Publicado durante a
Guerra do Vietnã e durante um surto de marxismo revolucionário nas
universidades ocidentais e nos círculos intelectuais, O Grande Terror foi
agraciado com uma recepção extremamente hostil.
A hostilidade
direcionada a Conquest por causa de seus relatos sobre os expurgos foi
intensificada por mais dois fatores. O primeiro foi que ele se recusou a
aceitar a versão apresentada pelo líder soviético Nikita Khrushchev, e
apoiada por vários esquerdistas do Ocidente, de que Stalin e seus expurgos
foram apenas uma "aberração", um desvio dos ideais
da Revolução, e totalmente contrários aos princípios
do leninismo. Conquest, por sua vez, argumentou que o stalinismo
era uma "consequência natural" do sistema
político totalitário criado por Lênin, embora reconhecesse que
foram os traços característicos da personalidade de Stalin que haviam causado
os horrores específicos do final da década de 1930. Sobre
isso, Neal Ascherson observou: "Àquela altura, todos nós
concordávamos que Stalin era um sujeito muito perverso e extremamente
diabólico, mas ainda assim queríamos acreditar em Lênin; e Conquest disse
que Lênin era tão mau quanto Stalin, e Stalin estava simplesmente levando
adiante o programa de Lênin".
O segundo fator foi
a ácida crítica de Conquest aos intelectuais ocidentais, os quais ele dizia
sofrerem de cegueira ideológica quanto às realidades da União
Soviética tanto durante a década de 1930 quanto, em alguns casos, até mesmo
ainda durante a década de 1960. Personalidades da intelectualidade e
da cultura da esquerda, como Sidney
e Beatrice Webb, George Bernard Shaw, Jean-Paul
Sartre, Walter Duranty, Sir Bernard Pares, Harold Laski,
D.N. Pritt, Theodore Dreiser e Romain Rolland foram
acusados de estúpidos a serviço de Stalin e apologistas de seu
regime totalitário devido a vários comentários que fizeram negando,
desculpando ou justificando vários aspectos dos expurgos.
A esquerda ainda
odeia o livro, e continua até hoje tentando dizer que ele exagerou nos números
e nos relatos.
E então veio o Livro
Negro do Comunismo (1999), que coloca em 85 milhões a
estimativa mínima de cidadãos executados pelos comunistas, deixando claro que
cifras como 100 milhões ou mais são as mais prováveis. O livro foi
escrito por esquerdistas franceses e publicado pela Harvard University Press,
de modo que ele não pôde simplesmente ser repudiado como sendo apenas mais um
panfleto direitista.
A esquerda até hoje
tenta ignorá-lo.
O blefe dos
cegos
A resposta da
academia tem sido, até hoje, a de considerar todo o experimento soviético como
algo que foi meramente mal orientado, algo que se desencaminhou, e não como
algo inerentemente diabólico. O custo em termos de vidas humanas
raramente é mencionado. Antes de 1991, era algo ainda mais raramente
mencionado. Antes de Arquipélago Gulag (1973), de Solzhenitsyn,
era considerado uma imperdoável falta de etiqueta um acadêmico fazer mais do
que apenas mencionar muito discretamente e só de passagem toda a carnificina,
devendo limitar qualquer crítica apenas aos expurgos do Partido Comunista comandados
por Stalin no final da década de 1930, e praticamente quase nunca mencionar que
a fome em massa havia sido adotada como uma política pública. "Ucrânia?
Nunca ouvi falar." "Kulaks? O que são
kulaks?"
A situação
decrépita de todas as economias socialistas, do início ao fim, não é
mencionada. Acima de tudo, não há nenhuma referência aos críticos do
Ocidente que alertaram que estas economias eram vilarejos
Potemkins em grande escala — cidades falsas criadas pelo
governo para ludibriar os leais e românticos esquerdistas que iam à URSS ver o
futuro. E eles voltavam para seus países com relatos entusiásticos e
incandescentes.
Há um livro sobre
estas ingênuas e crédulas almas, que foram totalmente trapaceadas: Political Pilgrims: Travels of Western Intellectuals to
the Soviet Union, China, and Cuba, 1928-1978 de Paul
Hollander. Foi publicado pela Oxford University Press em 1981. Foi
ignorado pela intelligentsia por uma década.
A melhor descrição
que já li sobre estas pessoas foi fornecida por Malcolm Muggeridge, que
trabalhou no início da década de 1930 como repórter do The Guardian em
Moscou. Tudo o que ele escrevia era censurado antes de ser enviado para a
Inglaterra. E ele sabia disso. Ele não podia relatar a verdade, e o The
Guardian não publicaria caso ele relatasse. Eis um trecho do
volume 1 de sua autobiografia, Chronicles of Wasted Time.
Para os jornalistas
estrangeiros que residiam em Moscou, a chegada de ilustres visitantes era
também uma ocasião de gala, mas por uma razão diferente. Eles nos
propiciavam nosso melhor — praticamente nosso único — momento de alívio
cômico. Por exemplo, ouvir [George Bernard] Shaw, acompanhado de Lady
Astor (que havia sido fotografada cortando o cabelo de Shaw), declarar que
estava encantado por descobrir, em meio a um banquete fornecido pelo Partido
Comunista, que não havia escassez de comida na URSS, era algo de imbatível efeito
humorístico. Ou ouvir [Harold] Laski cantar glórias à nova Constituição
Soviética de Stalin.
Jamais me
esquecerei destes visitantes, e jamais deixarei de me assombrar com eles; de
como eles discursavam pomposamente sobre as maravilhas do regime, de como eles
iluminavam continuamente nossa escuridão, guiando, aconselhando e nos
instruindo; em algumas ocasiões, momentaneamente confusos e envergonhados; mas
sempre prontos para se reerguer, colocar seus capacetes de papelão, montar em
seus Rocinantes, e sair galopando mundo afora em
novas incursões em nome dos pobres e oprimidos.
Eles são
inquestionavelmente uma das maravilhas de nossa época, e irei guardar para
sempre na memória, com grande estima, o espetáculo que era vê-los viajando com
radiante otimismo até as regiões famintas do país, vagueando em bandos alegres
por cidades esquálidas e sobrepovoadas, ouvindo com inabalável fé as
insensatezes balbuciadas por guias cuidadosamente treinados e doutrinados,
repetindo, assim como crianças de colégio repetem a tabuada, as falsas
estatísticas e os estúpidos slogans que eram incessantemente entoados para
eles.
Eis ali, pensava eu
ao ver estas celebridades, um ardoroso burocrata de alguma repartição local da Liga
das Nações, eis ali um devoto Quaker que já havia tomado chá com Gandhi, eis
ali um feroz crítico das exigências de comprovação de renda para se tornar apto
a receber programas assistenciais do governo, eis ali um ferrenho defensor da
liberdade de expressão e dos direitos humanos, eis ali um indômito combatente
da crueldade contra animais; eis ali meritórios e cicatrizados veteranos de
centenas de batalhas em prol da verdade, da liberdade e da justiça — todos,
todos eles cantando glórias a Stalin e à sua Ditadura do Proletariado.
Era como se uma sociedade vegetariana se manifestasse apaixonadamente em defesa
do canibalismo, ou como se Hitler houvesse sido indicado postumamente para o
Prêmio Nobel da Paz.
Este fenômeno não
acabou junto com a década de 1930. Ele perdurou até o último suspiro da
farsa econômica criada pelos soviéticos. A falência intelectual e moral
dos líderes intelectuais do Ocidente, algo que vinha sendo encoberto pela
própria durabilidade do regime soviético, foi finalmente exposta em 1991,
quando houve o reconhecimento mundial de que os regimes marxistas não apenas
haviam falido economicamente, como também eram tiranias que o Ocidente havia
aceitado como sendo uma alternativa válida para o capitalismo.
Não há exemplo
melhor deste auto-engano intelectual do que o de Paul Samuelson, professor de
economia do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), o primeiro
americano a ganhar o Prêmio Nobel de economia (1970), ex-colunista da revista Newsweek,
e autor daquele que é, de longe, o mais influente livro-texto de economia do mundo
pós-guerra (1948 — presente): pelo menos 3 milhões de cópias vendidas em 31
idiomas distintos. Ele escreveu na edição de 1989 de seu livro-texto:
"A economia soviética é a prova cabal de que, contrariamente àquilo em que
muitos céticos haviam prematuramente acreditado, uma economia planificada
socialista pode não apenas funcionar, como também prosperar."
Foi o economista
Mark Skousen quem encontrou esta pérola. E ele também descobriu esta
outra, ainda mais condenatória.
O experimento
soviético
Em sua
autobiografia, Felix Somary recorda uma discussão que ele havia tido com o
economista Joseph Schumpeter e com o sociólogo Max Weber em 1918.
Schumpeter foi um economista nascido na Áustria mas que não era da Escola
Austríaca de economia. Mais tarde, ele viria a escrever a mais influente
monografia sobre a história do pensamento econômico. Já Weber foi o mais
prestigioso cientista social acadêmico do mundo até morrer em 1920.
Naquela ocasião,
Schumpeter havia expressado alegria em relação à Revolução Russa. A URSS
seria o primeiro exemplo prático de socialismo. Weber, por sua vez,
alertou que o experimento geraria uma miséria incalculável. Schumpeter
retrucou dizendo que "Pode ser que sim, mas seria um bom
laboratório." E Weber respondeu: "Um laboratório entulhado de
cadáveres humanos!". E Schumpeter retrucou: "Exatamente igual a
qualquer sala de aula de anatomia".[1]
Schumpeter era um
monstro em termos morais. Não vamos medir as palavras. Ele foi um
homem altamente sofisticado, mas, no fundo, um monstro moral. Qualquer
pessoa que menospreze a morte de milhões de pessoas desta forma é um monstro
moral. Weber saiu extremamente irritado da sala. Não o culpo.
Weber morreu em
1920. Foi neste ano que Mises lançou seu ensaio, O
cálculo econômico sob o socialismo. Weber o mencionou em uma
nota de rodapé em sua obra-prima, publicada postumamente como Economia e Sociedade(página 107 na versão
original). Weber compreendeu sua importância tão logo leu este
ensaio. Já os economistas acadêmicos, não. Até hoje, há poucas
referências a esta obra de Mises.
Mises explicou
analiticamente por que o sistema socialista é irracional: não há um mercado
para os bens de capital. Sendo assim, é impossível saber quanto cada
coisa deveria custar. Ele disse que um sistema socialista inevitavelmente
se degeneraria em uma dessas duas alternativas: ou ele iria abandonar seu
compromisso com um planejamento total ou ele fracassaria por completo.
Mises nunca foi perdoado por esta falta de etiqueta. Ele estava certo, e
os intelectuais, errados. As sociedades socialistas entraram em colapso,
com a exceção da Coréia do Norte e de Cuba. Pior ainda, ele se mostrou
correto em termos de simples teoria de mercado, algo que qualquer pessoa
inteligente podia entender. Exceto, aparentemente, os intelectuais do
Ocidente. E este seu ensaio é um testemunho para os intelectuais do
Ocidente: "Não há pessoas mais cegas do que aquelas que se recusam a
enxergar."
A prova do pudim
Mises acreditava
que a real prova do pudim está em sua fórmula. Se a pessoa que faz o
pudim acrescentar sal em vez de açúcar, ele não será doce. Você nem
precisa experimentá-lo para saber disso. Mas os acadêmicos estão
oficialmente comprometidos a aceitar apenas coisas empíricas. Eles creem
que uma teoria tem de ser confirmada por testes estatísticos. Mas os
testes ocorreram durante décadas. As economias socialistas fracassavam
seguidamente, mas divulgavam estatísticas falsificadas. E todos sabiam
disso. Mas, mesmo assim, os intelectuais do Ocidente insistiam na crença
de que o ideal socialista era moralmente sólido. Eles insistiam que os
resultados iriam, no final, provar que a teoria estava certa.
Nikita Kruschev
ficou famoso por haver dito isso a Nixon no famoso "debate
da cozinha", em 1959. Ele era um burocrata que havia
sobrevivido aos expurgos de Stalin por ter supervisionado o massacre de dezenas
de milhares de pessoas na Ucrânia. Ele disse a Nixon: "Vamos
enterrar vocês." Ele estava errado.
Estudantes
universitários não são ensinados nem sobre a teoria do socialismo nem sobre a
magnitude de seus fracassos. Nem economicamente nem
demograficamente. Na era pré-1991, tal postura era mais fácil de ser
mantida do que hoje. A intelligentsia hoje já admite que
o capitalismo é mais produtivo que o socialismo. Sendo assim, a tática
agora é dizer que o capitalismo é moralmente deficiente. Pior, que ele
ignora a ecologia. Foi exatamente esta a estratégia
recomendada por Heilbroner em seu artigo de 1990. Ele
disse que os socialistas teriam de mudar de tática, parando de acusar o
capitalismo de ineficiência e desperdício, e passar a acusá-lo de destruição
ambiental.
Conclusão
A natureza
abrangente do fracasso do socialismo não é ensinada nos livros-textos
universitários. O tópico é atenuado e minimizado sempre que
possível. Era mais fácil impor sanções contra qualquer um que se
atrevesse a escrever em jornais acadêmicos ou na imprensa antes de 1991.
Deng Xiaoping anunciou
sua versão da Nova Política Econômica de Lênin em 1978.
Mas isso, na época, não ganhou muita publicidade.
Em 1991, a
fortaleza soviética desmoronou. Gorbachev presidiu o último suspiro do
regime em 1991. Ele recebeu da revista Time o título de
"Personalidade da Década" em 1990. Em 1991, ele se tornou um
ex-ditador desempregado. O socialismo fracassou — totalmente. Mas a intelligentsia ainda
se recusa a aceitar a filosofia social de livre mercado de Mises, o homem que
previu todas as falhas do socialismo e que forneceu todos os argumentos em prol
de sua condenação universal.
É exatamente por
isso que é uma boa ideia sempre prever o fracasso de políticas econômicas ruins
em qualquer análise que se faça sobre elas. Poder dizer "Eu avisei
que isso iria ocorrer, e também expliquei por quê" é uma postura superior
e mais respeitável do que apenas dizer "Eu avisei".
[1] Felix
Somary, The Raven of Zurich (New
York: St. Martin's, 1986), p. 121.
Gary North , ex-membro adjunto do Mises
Institute, é o autor de vários livros sobre economia, ética e história. Visite
seu website.
sábado, 13 de setembro de 2014
A importância do 5 de outubro de 2014
Há poucos dias para eleição, ouvimos pensamentos como: Não vou vota em ninguém, são todos
ladrões ou não gosto de político e não preciso dela para nada entre outro
pensamentos infelizmente ignorantes e
incompatível com a realidade. Por que?
A política afeta diretamente o nosso cotidiano e não nos
damos conta disso, ao irmos ao hospital (publico ou privado) a procura de atendimento, o modo como iremos ser
tratados e recebidos é a politica que decide. O valor abusados
dos alimentos ,dos ingressos do show ,da água, luz e telefone... da
qualidade e eficiência da segurança,
educação e economia , o reajuste do salario mínimo e da aposentadoria, passa
por decisões políticas. E cabe a nós eleitores escolhemos os melhores, com
responsabilidade e compromisso e nunca vota só por vota ou pior optando por
anula ou vota em branco, pois só faz agrava ainda mais os vastos problemas do
nosso País.
O individualismo não leva a lugar nenhum, quando não percebemos
que esta atitude só beneficia os maus políticos que vive na custa da nossa
omissão, o Brasil continuará com os graves problemas social, políticos,
econômicos, éticos e ambientais existentes desde 1500.
Se paramos para refletir: terá nossa civilização nascido e
se desenvolvido para que cada um pensasse apenas em si mesmo ou nos poucos que
estão ao seu lado e que pertencem ao seu círculo familiar ou de amigos?
Só
com uma sociedade unida, organizada e participativa é que teremos uma
possibilidade real de mundo melhor e não através de governos fajutos.Há deveres a cumprir e erros a
corrigir em todos os aspectos da vida em sociedade , e isto é
responsabilidade de cada um de nós, quem foge a essa responsabilidade, ou
imagina que tudo é culpa do governo e que só cabe ao governo conserta, esta
também renunciando aos seus direitos e a sua cidadania. Quando depositamos nas
mãos do governos todas as responsabilidades, estamos também entregando a ele
todos os direitos, entre eles o de limitar ou até extinguir a nossa liberdade.
Nesta época é difícil tomar uma decisão, pois os programas
eleitorais nas emissoras de rádio e tv parecem ser todos iguais. Procure
entender os projetos e ideias do candidato que você pretende votar. Será que há
recursos disponíveis para que ele execute aquele projeto, caso chegue ao poder?
Nos mandatos anteriores ele cumpriu o que prometeu? O partido político que ele
pertence merece seu voto? Estes questionamentos ajudam muito na hora de
escolher seu candidato.
Muito tem se falando em mudança no quadro político de São
Lourenço da Mata e este ano eleitoral e uma ótima oportunidade de construir
esta projeto. Pois é neste período que os postulantes a disputarem ao cargo
publico mais alto de SLM,estão organizando-se e fortalecendo-se para 2016.
Pense bem antes de vota, pois a decisão que você escolherá
neste ano será decisivo para próxima que esta por vir!
terça-feira, 9 de setembro de 2014
O lado B de Stalin e o culto ao ditador
O ditador que matou milhões de pessoas de fome, traiu
companheiros e usou seu povo como bucha de canhão... Ainda tem fãs na Rússia,
para quem ele foi responsável pela modernização do país e pela vitória sobre
Hitler
Texto Marina Darmaros, de Moscou, e Wagner Gutierrez Barreira
| 18/10/2013 19h21
No começo do ano, no povoado de Akura, na Geórgia, a
população reinaugurou um busto de Josef Stalin, o ditador que comandou a União
Soviética com mãos de ferro e sede de sangue por três décadas, de 1922 até sua
morte, há 60 anos. A estátua havia sido retirada pela prefeitura em 2010, mas
os moradores resolveram gastar dinheiro do próprio bolso para restaurar a obra
e devolvê-la ao seu pedestal na praça principal do lugar. "Não se pode
esconder a história", disse a moradora Elgudja Bluishvili. "Se foi
bom ou mau, ele agora é parte disso, e nasceu na Geórgia."
A história já deu a Stalin seu lugar: o de tirano cruel. O homem sem escrúpulos que não se importou em matar milhões de ucranianos, cazaques e siberianos de fome durante o perío-do de coletivização do campo na URSS, no início dos anos 30. O líder responsável pela morte de 700 mil bolcheviques e militares nos chamados Processos de Moscou, no qual a maioria das "confissões" era obtida por meio de tortura. O maquiavélico que fez alianças com membros do partido apenas para isolar supostos adversários e, em seguida, traí-los e condená-los à morte. O comunista sem princípios que se aliou ao nazismo com o pacto de não agressão de 1939. O general paspalho que usou a população russa como bucha de canhão na Segunda Guerra, na qual a URSS perdeu quase 24 milhões de pessoas (em comparação, as baixas da derrotada Alemanha não chegaram aos 8 milhões). Por fim, sua morte levou à divisão mundial do comunismo, com defensores e detratores que romperam com o monolito esquerdista que seguia os ditames de Moscou.
A volta do culto à personalidade de Stalin nos países da antiga União Soviética, em especial na Geórgia, onde nasceu, e na Rússia, a capital do império, não é obra de amadores nem se limita a fãs esparsos do ditador bigodudo. Ela encontra eco em intelectuais e historiadores. E pode ser vista nas ruas de Moscou. Desde outubro do ano passado, uma organização civil chamada Sindicato dos Cidadãos Russos recolhe assinaturas para devolver a Volgogrado o nome pelo qual a cidade se tornou célebre em todo o mundo: Stalingrado. Ali, durante a Guerra Civil que se seguiu à Revolução Bolchevique, Stalin conduziu o Exército Vermelho e conquistou uma grande vitória. Em 1925, quando ele já exercia plenamente o poder na URSS, o Comitê Central do Partido Comunista propôs que a cidade ganhasse seu nome - e como Stalingrado ela foi palco de uma das maiores, mais sangrentas e heroicas batalhas da Segunda Guerra. O nome perdurou até 1961.
Stalingrado
No site da organização, explica-se que "a posição do Sindicato dos Cidadãos da Rússia é simples e compreensível a cada patriota". O abaixo-assinado recolheu na internet 9 780 assinaturas a favor da mudança - e 687 contra. Na véspera das últimas eleições presidenciais, já se acreditava que o presidente russo, Vladimir Putin, rebatizaria a cidade para atrair eleitores. Membros do Clube de Especialistas de Volgogrado conseguiram mudar o nome da cidade por um dia em comemoração aos 70 anos da vitória das tropas soviéticas, em 2 de fevereiro. "A ideia é fazer disso uma tradição, enquanto não se resolve a questão da renomeação da cidade", diz o cientista político Vitáli Arkov, membro do grupo.
Stalin, batizado Iosif Vissarionovich Djugashvili, morreu em março de 1953. Desde então, a Rússia está na terceira onda de "desestalinização". A primeira, conduzida por Nikita Kruschev em seu discurso secreto no 20º Congresso do Partido Comunista da URSS, revelou os crimes de Stalin. Em 1961, quando Stalingrado foi rebatizada de Volgogrado, o corpo do tirano foi retirado do gélido mausoléu da Praça Vermelha, onde ainda hoje estão em exposição os restos de seu predecessor, Vladimir Lenin. Stalin foi enterrado próximo de um dos muros do Kremlin - ainda hoje é um dos túmulos mais visitados no local.
A segunda onda veio nos anos 80, com a perestroika de Mikhail Gorbachev. O líder que implodiu a URSS combatia qualquer manifestação de apoio ao totalitarismo. Um dos pontos altos dessa fase foi o filme Pokaianie (Confissão), de 1984. Uma crítica alegórica ao stalinismo, a ficção do georgiano Tenghiz Abuladze foi imediatamente proibida na União Soviética. Relançado três anos depois, com a abertura promovida por Gorbachev, ganhou a Palma de Ouro do Festival de Cannes em 1987.
Por fim, a terceira onda é recente. Iniciou-se em 2010 com a nomeação de Mikhail Fedotov ao cargo de chefe do Comitê Presidencial para os Direitos Humanos. Uma das primeiras ações de Fedotov foi declarar guerra ao culto a Stalin. Ele contava com o apoio do então presidente Dmitri Medvedev para a criação de um novo projeto de "desestalinização da consciência russa" a partir de 2011. A confirmação de Fedotov no cargo em 2012 levou os russos, que antes acreditavam na contrariedade de Putin ao processo, a crer no seu apoio à desestalinização, apesar de seu silêncio quanto ao assunto.
O silêncio se explica. Até hoje o tirano goza da simpatia de uma boa parcela da população russa. De acordo com estudo do VtsIOM (Centro Russo de Pesquisas de Opinião Pública) publicado em abril de 2011, um em cada quatro russos afirma que sua família sofreu repressão na era Stalin. Mas só 26% dos entrevistados apoiam a "desestalinização" - e quase metade consideram os esforços como "tagarelice" e "mitificação". Também cresceu o número de russos que consideram o papel de Stalin como positivo: de 15% em 2007 para 26% em 2011.
Avanços econômicos
Combater o georgiano, notaram logo as autoridades russas, não era tarefa fácil. Na primeira vez em que se ensaiou uma reabilitação do tirano, não havia transcorrido nem dez anos de sua morte. O líder Leonid Brejnev, considerado um neostalinista, citou Stalin nas comemorações dos 20 anos do fim da Grande Guerra Patriótica, o nome como os russos chamam a Segunda Guerra. "Não devemos encobrir os erros, mas também não podemos encobrir os méritos. Portanto, respeitemos Stalin", disse Brejnev, sob aplausos.
Que méritos são esses? O ex-vice-presidente da Comissão Presidencial Contra a Falsificação da História em Favor dos Interesses da Rússia Issaak Kalina é conhecido por defender o uso de livros de história da Federação Russa redigidos por Aleksandr Filippov, os quais se referem a Stalin como "um administrador eficiente" e à repressão civil como "custos" do progresso. De fato, a habilidade como "administrador" é o principal argumento dos que advogam em seu favor hoje. Mesmo durante sua vida, teve seus méritos reconhecidos, até pela insuspeita revista conservadora norte-americana Time, que o escolheu "homem do ano" duas vezes, em 1939 e 1942.
Basta uma análise de alguns números dos dois primeiros Planos Quinquenais soviéticos, tocados a mando de Stalin. Vale lembrar que o planeta enfrentava a Grande Depressão que sobreveio ao Crash de 1929 (a URSS era um país isolado, mas ainda assim os avanços são impressionantes). "A economia soviética, segundo as mais recentes e confiáveis estimativas, cresceu no mínimo 70% entre 1933 e 1938", registra Richard Overy, professor do King¿s College de Londres, em seu livro Os Ditadores. Ainda que os esforços soviéticos não tenham valorizado o consumo de massa, o planejamento econômico dos comunistas foi capaz de, entre 1928 e 1937, fazer a produção de máquinas crescer incríveis 2 425%. O número da produção de automóveis foi catapultado de 800 unidades anuais para 200 mil no mesmo período. Muitos fundamentos do estudo da macroeconomia, hoje matéria obrigatória em cursos de economia, são resultado do trabalho dos burocratas soviéticos.
"Vinte milhões de pessoas morreram em três ou quatro anos com a Guerra Civil, e a Primeira Guerra resultou em ainda mais 1,5 milhão de mortos. O país sumiu do mapa da política mundial, era apenas sangue, chamas, violência", diz o historiador Aléksandr Vershínin, do Centro de Análises da Governança. "Stalin surgiu do sangue da guerra civil. E, no lugar do caos, instalou a calmaria."
Se houve calma, foi a paz dos cemitérios. Não existem números definitivos, mas fala-se em 8 milhões de mortos de fome na URSS, 5 milhões dos quais na Ucrânia, por causa da política de industrialização e da coletivização forçada do campo. Stalin enviava comissários para checar a produção e identificar desvio de grãos, mas não dava ouvidos às críticas. Quando um funcionário ousou relatar o que ocorria na Ucrânia, Stalin o cortou, como relata Simon Sebag Montefiore em Stalin, a Corte do Czar Vermelho: "Fabricar tal conto de fadas sobre a fome! Achou que nos assustaria, mas não vai funcionar". Em seguida, sugeriu que o burocrata deixasse o comitê central do partido na Ucrânia e entrasse para a União dos Escritores, onde poderia se dedicar à ficção. Mas a fome era real. Tristemente real.
Linha do tempo
No site da organização, explica-se que "a posição do Sindicato dos Cidadãos da Rússia é simples e compreensível a cada patriota". O abaixo-assinado recolheu na internet 9 780 assinaturas a favor da mudança - e 687 contra. Na véspera das últimas eleições presidenciais, já se acreditava que o presidente russo, Vladimir Putin, rebatizaria a cidade para atrair eleitores. Membros do Clube de Especialistas de Volgogrado conseguiram mudar o nome da cidade por um dia em comemoração aos 70 anos da vitória das tropas soviéticas, em 2 de fevereiro. "A ideia é fazer disso uma tradição, enquanto não se resolve a questão da renomeação da cidade", diz o cientista político Vitáli Arkov, membro do grupo.
Stalin, batizado Iosif Vissarionovich Djugashvili, morreu em março de 1953. Desde então, a Rússia está na terceira onda de "desestalinização". A primeira, conduzida por Nikita Kruschev em seu discurso secreto no 20º Congresso do Partido Comunista da URSS, revelou os crimes de Stalin. Em 1961, quando Stalingrado foi rebatizada de Volgogrado, o corpo do tirano foi retirado do gélido mausoléu da Praça Vermelha, onde ainda hoje estão em exposição os restos de seu predecessor, Vladimir Lenin. Stalin foi enterrado próximo de um dos muros do Kremlin - ainda hoje é um dos túmulos mais visitados no local.
A segunda onda veio nos anos 80, com a perestroika de Mikhail Gorbachev. O líder que implodiu a URSS combatia qualquer manifestação de apoio ao totalitarismo. Um dos pontos altos dessa fase foi o filme Pokaianie (Confissão), de 1984. Uma crítica alegórica ao stalinismo, a ficção do georgiano Tenghiz Abuladze foi imediatamente proibida na União Soviética. Relançado três anos depois, com a abertura promovida por Gorbachev, ganhou a Palma de Ouro do Festival de Cannes em 1987.
Por fim, a terceira onda é recente. Iniciou-se em 2010 com a nomeação de Mikhail Fedotov ao cargo de chefe do Comitê Presidencial para os Direitos Humanos. Uma das primeiras ações de Fedotov foi declarar guerra ao culto a Stalin. Ele contava com o apoio do então presidente Dmitri Medvedev para a criação de um novo projeto de "desestalinização da consciência russa" a partir de 2011. A confirmação de Fedotov no cargo em 2012 levou os russos, que antes acreditavam na contrariedade de Putin ao processo, a crer no seu apoio à desestalinização, apesar de seu silêncio quanto ao assunto.
O silêncio se explica. Até hoje o tirano goza da simpatia de uma boa parcela da população russa. De acordo com estudo do VtsIOM (Centro Russo de Pesquisas de Opinião Pública) publicado em abril de 2011, um em cada quatro russos afirma que sua família sofreu repressão na era Stalin. Mas só 26% dos entrevistados apoiam a "desestalinização" - e quase metade consideram os esforços como "tagarelice" e "mitificação". Também cresceu o número de russos que consideram o papel de Stalin como positivo: de 15% em 2007 para 26% em 2011.
Avanços econômicos
Combater o georgiano, notaram logo as autoridades russas, não era tarefa fácil. Na primeira vez em que se ensaiou uma reabilitação do tirano, não havia transcorrido nem dez anos de sua morte. O líder Leonid Brejnev, considerado um neostalinista, citou Stalin nas comemorações dos 20 anos do fim da Grande Guerra Patriótica, o nome como os russos chamam a Segunda Guerra. "Não devemos encobrir os erros, mas também não podemos encobrir os méritos. Portanto, respeitemos Stalin", disse Brejnev, sob aplausos.
Que méritos são esses? O ex-vice-presidente da Comissão Presidencial Contra a Falsificação da História em Favor dos Interesses da Rússia Issaak Kalina é conhecido por defender o uso de livros de história da Federação Russa redigidos por Aleksandr Filippov, os quais se referem a Stalin como "um administrador eficiente" e à repressão civil como "custos" do progresso. De fato, a habilidade como "administrador" é o principal argumento dos que advogam em seu favor hoje. Mesmo durante sua vida, teve seus méritos reconhecidos, até pela insuspeita revista conservadora norte-americana Time, que o escolheu "homem do ano" duas vezes, em 1939 e 1942.
Basta uma análise de alguns números dos dois primeiros Planos Quinquenais soviéticos, tocados a mando de Stalin. Vale lembrar que o planeta enfrentava a Grande Depressão que sobreveio ao Crash de 1929 (a URSS era um país isolado, mas ainda assim os avanços são impressionantes). "A economia soviética, segundo as mais recentes e confiáveis estimativas, cresceu no mínimo 70% entre 1933 e 1938", registra Richard Overy, professor do King¿s College de Londres, em seu livro Os Ditadores. Ainda que os esforços soviéticos não tenham valorizado o consumo de massa, o planejamento econômico dos comunistas foi capaz de, entre 1928 e 1937, fazer a produção de máquinas crescer incríveis 2 425%. O número da produção de automóveis foi catapultado de 800 unidades anuais para 200 mil no mesmo período. Muitos fundamentos do estudo da macroeconomia, hoje matéria obrigatória em cursos de economia, são resultado do trabalho dos burocratas soviéticos.
"Vinte milhões de pessoas morreram em três ou quatro anos com a Guerra Civil, e a Primeira Guerra resultou em ainda mais 1,5 milhão de mortos. O país sumiu do mapa da política mundial, era apenas sangue, chamas, violência", diz o historiador Aléksandr Vershínin, do Centro de Análises da Governança. "Stalin surgiu do sangue da guerra civil. E, no lugar do caos, instalou a calmaria."
Se houve calma, foi a paz dos cemitérios. Não existem números definitivos, mas fala-se em 8 milhões de mortos de fome na URSS, 5 milhões dos quais na Ucrânia, por causa da política de industrialização e da coletivização forçada do campo. Stalin enviava comissários para checar a produção e identificar desvio de grãos, mas não dava ouvidos às críticas. Quando um funcionário ousou relatar o que ocorria na Ucrânia, Stalin o cortou, como relata Simon Sebag Montefiore em Stalin, a Corte do Czar Vermelho: "Fabricar tal conto de fadas sobre a fome! Achou que nos assustaria, mas não vai funcionar". Em seguida, sugeriu que o burocrata deixasse o comitê central do partido na Ucrânia e entrasse para a União dos Escritores, onde poderia se dedicar à ficção. Mas a fome era real. Tristemente real.
Linha do tempo
1902 - A primeira das sete prisões de Stalin, que usava o
codinome Koba, tirado de um romance
1905 - Atende ao congresso do partido, na Finlândia, onde atrai pouca atenção
1912 - Por indicação de Lenin, entra para o comitê central do partido e adota o nome Stalin
1913 - Publica um artigo sobre marxismo e questão nacional que vai ajudá-lo a crescer no partido
1917 - Torna-se editor responsável do Pravda, o jornal oficial dos bolcheviques
1917 - Na Revolução de Outubro, é ofuscado pelas ações de Leon Trotski
1918 - Destaca-se em vários fronts na Guerra Civil. Também vira comissário de nacionalidades
1921 - Em seu testamento político, Lenin pede que Stalin não ocupe o secretariado
1922 - Assume o posto que só deixaria morto: secretário-geral do comitê central do Partido Comunista
1924 - Lenin morre. Stalin e aliados eclipsam Trotski, o sucessor natural na liderança da União Soviética
1924 - Stalin assume o poder em um triunvirato, ao lado de Grigory Zinoviev e Lev Kamenev
1928 - Começa o processo de industrialização e de coletivização da agricultura na URSS
1929 - Stalin manda Trotski para o exílio, acusado de trair a revolução. Ele seria morto no México, em 1940
1934 - Sergo Kirov é assassinado em Leningrado. Foi o pretexto para os expurgos no partido
1936 - Kamenev e Zinoviev são julgados por traição, depois de confessarem sob tortura, condenados e mortos
1937 - Mikhail Tukhachevsky, maior autoridade militar do país, é condenado à morte por traição
1939 - URSS e Alemanha assinam o pacto de não agressão, que garante aos comunistas o leste da Polônia
1941 - Com a Operação Barbarossa, a Alemanha invade a URSS e em outubro chega perto de Moscou
1945 - Tropas soviéticas entram em Berlim e colocam a bandeira comunista no alto do Reichstag
1948 - Tito, o líder comunista da Iugoslávia, é o primeiro dirigente a romper com o stalinismo
1947 - Jdanov, membro do comitê central, inicia uma série de expurgos entre intelectuais e cientistas soviéticos
1953 - Stalin comanda a prisão e morte de médicos, a maioria judeus, que trabalhavam no Kremlin
1953 - Stalin morre sozinho em sua dacha depois de ser vítima de um acidente vascular cerebral
1956 - No 20º Congresso do Partido Comunista, Nikita Kruschev denuncia os crimes de Stalin
A vida íntima do ditador
Certa vez, Stalin perdeu a compostura com seu filho Vassíli, que havia se aproveitado do sobrenome famoso. "Mas eu sou um Stalin também", rebateu o filho. A tréplica foi colérica: "Não, você não é. Você não é Stalin e eu não sou Stalin. Stalin é o poder soviético. Stalin é o que ele é nos jornais e nos retratos, não você, nem mesmo eu!"
1905 - Atende ao congresso do partido, na Finlândia, onde atrai pouca atenção
1912 - Por indicação de Lenin, entra para o comitê central do partido e adota o nome Stalin
1913 - Publica um artigo sobre marxismo e questão nacional que vai ajudá-lo a crescer no partido
1917 - Torna-se editor responsável do Pravda, o jornal oficial dos bolcheviques
1917 - Na Revolução de Outubro, é ofuscado pelas ações de Leon Trotski
1918 - Destaca-se em vários fronts na Guerra Civil. Também vira comissário de nacionalidades
1921 - Em seu testamento político, Lenin pede que Stalin não ocupe o secretariado
1922 - Assume o posto que só deixaria morto: secretário-geral do comitê central do Partido Comunista
1924 - Lenin morre. Stalin e aliados eclipsam Trotski, o sucessor natural na liderança da União Soviética
1924 - Stalin assume o poder em um triunvirato, ao lado de Grigory Zinoviev e Lev Kamenev
1928 - Começa o processo de industrialização e de coletivização da agricultura na URSS
1929 - Stalin manda Trotski para o exílio, acusado de trair a revolução. Ele seria morto no México, em 1940
1934 - Sergo Kirov é assassinado em Leningrado. Foi o pretexto para os expurgos no partido
1936 - Kamenev e Zinoviev são julgados por traição, depois de confessarem sob tortura, condenados e mortos
1937 - Mikhail Tukhachevsky, maior autoridade militar do país, é condenado à morte por traição
1939 - URSS e Alemanha assinam o pacto de não agressão, que garante aos comunistas o leste da Polônia
1941 - Com a Operação Barbarossa, a Alemanha invade a URSS e em outubro chega perto de Moscou
1945 - Tropas soviéticas entram em Berlim e colocam a bandeira comunista no alto do Reichstag
1948 - Tito, o líder comunista da Iugoslávia, é o primeiro dirigente a romper com o stalinismo
1947 - Jdanov, membro do comitê central, inicia uma série de expurgos entre intelectuais e cientistas soviéticos
1953 - Stalin comanda a prisão e morte de médicos, a maioria judeus, que trabalhavam no Kremlin
1953 - Stalin morre sozinho em sua dacha depois de ser vítima de um acidente vascular cerebral
1956 - No 20º Congresso do Partido Comunista, Nikita Kruschev denuncia os crimes de Stalin
A vida íntima do ditador
Certa vez, Stalin perdeu a compostura com seu filho Vassíli, que havia se aproveitado do sobrenome famoso. "Mas eu sou um Stalin também", rebateu o filho. A tréplica foi colérica: "Não, você não é. Você não é Stalin e eu não sou Stalin. Stalin é o poder soviético. Stalin é o que ele é nos jornais e nos retratos, não você, nem mesmo eu!"
Amor de pai: Svetlana era a
filha querida, mas sofreu com o suicídio da mãe e a ausência paterna. Foi uma
jovem rebelde e renegou o pai quando adulta
A vida pessoal do ditador foi um grande tumulto. Iosif Vissarionovich Djugashivili nasceu 1878 em Gori, na Geórgia. Vissarion, seu pai beberrão, trabalhou como sapateiro e costumava espancar a mãe, a lavadeira Ekaterina (Keké) e o pequeno Soso - ele morreu numa briga e foi enterrado como indigente. Seus dois irmãos morreram na infância e ele mesmo sobreviveu à varíola. O menino estudou em um seminário e conviveu com dúvidas sobre a paternidade. "É possível que Stalin seja filho de seu padrinho, um rico estalajadeiro", diz Simon Montefiore. O próprio ditador disse uma vez que seu pai era um padre.
Em 1899, expulso do seminário, tornou-se revolucionário em tempo integral e assaltava bancos para ajudar o caixa do partido. Adotou o nome Koba, um personagem fora da lei do romance O Parricida. Foi preso pela primeira vez em 1902 e enviado para a Sibéria. Fugindo da cadeia e voltando a ela, casou-se com Ekaterina Svanidze, com quem teve um filho, Iákov. Ela sucumbiu a uma tuberculose, aos 29 anos. No enterro, Stalin disparou uma frase premonitória: "Ela morreu e com ela morreram meus últimos sentimentos ternos pelas pessoas".
Stalin, codinome que adotou em 1912, significa aço, ou feito de aço. O viúvo se casou com um antiga datilógrafa de Lenin, Nádia Alliluyeva. Ele tinha 41, ela 18. Tiveram dois filhos, Vassíli e Svetlana. Nádia se suicidou com um tiro, dentro do Kremlin.
O primogênito Iákov, oficial de artilharia, foi preso no início da Segunda Guerra e os nazistas tentaram envolvê-lo numa troca de prisioneiros. Stalin rejeitou a proposta e seu filho morreu no campo de concentração de Sachsenhausen. Vassíli foi um jovem desregrado, piloto da aeronáutica. Morreu em 1962, em decorrência do alcoolismo. Svetlana, a queridinha, depois de vários casamentos infelizes, fugiu da URSS, voltou, e por fim se estabeleceu nos EUA. Escreveu duas autobiografias e ficou rica. Perdeu todo o dinheiro e morreu na obscuridade.
Saiba mais
Livros
Stalin, a Corte do Czar Vermelho, Simon Sebag Montefiore, Companhia das Letras, 2003
Stalin, Triunfo e Tragédia, Dmitri Volkogonov, Nova Fronteira, 2004
Os Ditadores - A Rússia de Stalin e a Alemanha de Hitler, Richard Overy, José Olympio, 2009
A vida pessoal do ditador foi um grande tumulto. Iosif Vissarionovich Djugashivili nasceu 1878 em Gori, na Geórgia. Vissarion, seu pai beberrão, trabalhou como sapateiro e costumava espancar a mãe, a lavadeira Ekaterina (Keké) e o pequeno Soso - ele morreu numa briga e foi enterrado como indigente. Seus dois irmãos morreram na infância e ele mesmo sobreviveu à varíola. O menino estudou em um seminário e conviveu com dúvidas sobre a paternidade. "É possível que Stalin seja filho de seu padrinho, um rico estalajadeiro", diz Simon Montefiore. O próprio ditador disse uma vez que seu pai era um padre.
Em 1899, expulso do seminário, tornou-se revolucionário em tempo integral e assaltava bancos para ajudar o caixa do partido. Adotou o nome Koba, um personagem fora da lei do romance O Parricida. Foi preso pela primeira vez em 1902 e enviado para a Sibéria. Fugindo da cadeia e voltando a ela, casou-se com Ekaterina Svanidze, com quem teve um filho, Iákov. Ela sucumbiu a uma tuberculose, aos 29 anos. No enterro, Stalin disparou uma frase premonitória: "Ela morreu e com ela morreram meus últimos sentimentos ternos pelas pessoas".
Stalin, codinome que adotou em 1912, significa aço, ou feito de aço. O viúvo se casou com um antiga datilógrafa de Lenin, Nádia Alliluyeva. Ele tinha 41, ela 18. Tiveram dois filhos, Vassíli e Svetlana. Nádia se suicidou com um tiro, dentro do Kremlin.
O primogênito Iákov, oficial de artilharia, foi preso no início da Segunda Guerra e os nazistas tentaram envolvê-lo numa troca de prisioneiros. Stalin rejeitou a proposta e seu filho morreu no campo de concentração de Sachsenhausen. Vassíli foi um jovem desregrado, piloto da aeronáutica. Morreu em 1962, em decorrência do alcoolismo. Svetlana, a queridinha, depois de vários casamentos infelizes, fugiu da URSS, voltou, e por fim se estabeleceu nos EUA. Escreveu duas autobiografias e ficou rica. Perdeu todo o dinheiro e morreu na obscuridade.
Saiba mais
Livros
Stalin, a Corte do Czar Vermelho, Simon Sebag Montefiore, Companhia das Letras, 2003
Stalin, Triunfo e Tragédia, Dmitri Volkogonov, Nova Fronteira, 2004
Os Ditadores - A Rússia de Stalin e a Alemanha de Hitler, Richard Overy, José Olympio, 2009
segunda-feira, 8 de setembro de 2014
A importância do debate político
Por: João de Tidinha
Ao se aproximar a data das
eleições o cidadão precisa conhecer o candidato a quem ele confiará o destino
do seu município nos próximos quatro anos. Nesse aspecto, os debates políticos
entre os candidatos são essenciais para o eleitor avaliar com clareza as
propostas e as prioridades de cada candidato. O debate aprimora o nosso sistema
democrático.
Com o debate, o eleitor terá a
oportunidade de discutir, mesmo que superficialmente, os problemas do município
e apontar ou sugerir soluções. Por meio do debate os candidatos, sem
artificialismo da propaganda produzida que por muitas vezes fazem o eleitor
acreditar que eles são demais, poderiam apresentar as suas principais propostas
e o seu plano de governo, bem como discutir as ideias do adversário. É uma
oportunidade de o eleitor avaliar com mais critério o perfil de cada candidato,
a sua linha de trabalho, competência, sinceridade e comprometimento com a
solução dos problemas do município. Nesse sentido, o debate público estimula a
discussão e os compromissos feitos pelo futuro gestor.
Tendo clara a importância de
se pensar o futuro do nosso município, seus problemas e as possíveis soluções,
e entendendo o processo eleitoral como fundamental para a nossa democracia,
todos os candidatos deveriam aproveitar ao máximo os debates políticos para
exporem as suas ideias, seus planos e sua visão de futuro. Não obstante, a
cultura da dádiva e do favor, do clientelismo, da política como balcão de
negócios ainda ter muita força, já avançamos muito e temos uma grande parcela da
população crítica e consciente de seus direitos de cidadania.
Diante de tudo isto, é
importante refletirmos: Vale a pena votar em candidatos que não valorizam os
debates? Não expõe suas ideias e propostas? Não dialoga com o povo?
SINTONIZANDO O LEITOR:
Por que não realizar em São Lourenço da Mata?É perfeitamente viável a realização de um debate desta magnitude e importância para o fortalecimento da democracia,só basta vontade em realização deste programa por parte da imprensa local e candidatos para que esta ideia saia do papel.O debate seria transmitido pela uma emissora de radio e online,alcançado assim todos de São lourenço da mata.
sábado, 6 de setembro de 2014
Entenda o Ice Bucket Challenge: desafio que transforma banhos gelados em solidariedade
Se você viu na sua timeline um vídeo com alguém tomando um banho com um
balde cheio de água e gelo, saiba que a brincadeira tem uma causa nobre. A campanha Ice
Bucket Challenge, ou ''desafio do balde de gelo',' mobilizou famosos
do mundo e do Brasil, e é o novo viral das redes sociais.
O que é o Ice
Bucket Challenge?
O desafio nada mais
é que uma campanha solidária para ajudar a ALS Association,
uma organização americana sem fins lucrativos que arrecada fundos para
financiar pesquisa e ajudar pacientes com a Esclerose Lateral Amiotrófica,
também conhecida como doença de Lou Gehrig.
Como funciona o
desafio?
O desafio
funciona assim: a pessoa toma banho de água gelada, publica a cena nas redes
sociais, e depois desafia os amigos. Quem for desafiado tem 24 horas para
aceitar e, então, encher um balde de gelo com água e fazer o mesmo. Se não
fizer, deve doar US$ 100 para a associação. Mas é claro que a ideia é fazer os
dois: o desafio, para divulgar a causa, e a doação.Segundo comunicado divulgado pela ALS Association, a
campanha arrecadou US$ 15,6 milhões em doações no período de 29 de julho a
18 de agosto.
Por que um banho?
Segundo Élica
Fernandes, gerente executiva e social da Associação
Brasileira de Esclerose Amiotrófica o gesto é simbólico:
– Receber o
diagnóstico de ELA é como receber um balde de água gelada na cabeça pois a
doença é rara e não tem cura.
Qual a origem do
viral?
De acordo com o
Facebook, o viral teria começado na cidade de Boston e se espalhado pelo
mundo. O motivo seria o ex-jogador de baseball Pete Frates, que foi
diagnosticado com a doença em 2012. A campanha ganhou grandes proporções quando o fundador do
Facebook, Mark Zuckerberg tomou o banho gelado
e depois desafiou Bill Gates, fundador da Microsoft a tomar um banho de
balde também. Segundo a rede social, mais de 1,2 milhão de vídeos relacionados ao desafio já
foram publicados no site.
O que é a
esclerose lateral amiotrófica?
A Esclerose Lateral
Amiotrófica – (ELA) é considerada uma doença degenerativa do sistema nervoso,
que acarreta paralisia motora progressiva, irreversível, de maneira limitante.
A doença tem como característica a degeneração progressiva dos neurônios
motores no cérebro (neurônios motores superiores) e na medula espinhal
(neurônios motores inferiores).
Até o momento, não
se conhece a causa específica da doença. O principal sintoma é a fraqueza
muscular, seguida da deterioração dos músculos (amiotrófica), começando nas
extremidades, usualmente em um lado do corpo (lateral). Outros sintomas também
são tremores musculares, cãibras, reflexos exaltados, atrofia,
espasticidade e diminuição da sensibilidade. Os fatores de risco são: pertencer
ao sexo masculino, desempenhar atividade física intensa, ter sofrido algum tipo
de trauma mecânico, ter sido vítima de choque elétrico.
E no Brasil ?
Segundo
dados da Associação
Brasileira de Esclerose Amiotrófica, a ELA afeta 1,5 pacientes para
cada 100 mil habitantes. A estimativa é de que surjam dois mil
casos novos a cada ano. Após o diagnóstico não existe uma estimativa de vida
fechada. Algumas pesquisas mostram que os pacientes vivem de dois a cinco
anos. Entretanto, na ABrELA existem casos de pessoas que convivem
com a doença há mais de 20 anos.
Como
o viral chegou ao Brasil, um acordo foi firmado entre ABrELA, Instituto Paulo
Gontijo e a ALS Association para
que todas as doações brasileiras fossem revertidas para institutos e
associações do Brasil. Para doar acesse:http://www.abrela.org.br/ ou http://www.ipg.org.br/ipg/faca-uma-doacao/lan/br
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