Marina
Barbosa mbarbosa
Foto: Diego Nigro/JC Imagem
Há dez dias,
Vitória Maria Carneiro Leão deixou de andar. A jovem, de 16 anos, nunca teve
nenhuma deficiência, mas perdeu o movimento das pernas após tomar uma injeção
que só deveria eliminar a dor que sentia ao urinar. O medicamento foi aplicado
na semana passada no Hospital Petronila Campos, em São Lourenço da Mata, no
Grande Recife.
A adolescente
chegou na unidade de saúde na manhã do dia 8, andando. Após horas de espera
pelo atendimento, tomou a injeção e recebeu alta, mesmo sentindo a perna
formigar. No começo da noite, teve tonturas e desmaiou. Quando acordou na
Unidade de Pronto-Atendimento (UPA), não sentia mais os membros inferiores. Até
agora, não sabe o que aconteceu nem o que havia na seringa.
"Não recebi
nenhuma assistência do hospital, não disseram qual remédio tomei nem explicaram
o que houve com minhas pernas. Só estou nessa cadeira de rodas porque minha
vizinha me emprestou”, reclama a adolescente, que voltou ao Petronila Campos
depois de ser socorrida na UPA, mas foi encaminhada para o Hospital da
Restauração, no Derby, área central do Recife. Ela passou sete dias internada e
fez vários exames, mas até agora nada apontou a causa da deficiência repentina.
Só se sabe que, para voltar a andar, Vitória precisará de fisioterapia.Confira o video na fonte original:
“Estamos esperando o diagnóstico, mas sei que foi aquela
injeção. Minha filha saiu daqui boa e voltou assim, não há outra explicação, foi
displicência médica. Ela sentiu a perna formigar na hora que recebeu o remédio
e até agora sente dores no lugar da picada”, declara a mãe da jovem, a diarista
Cristiane Maria dos Santos, 33, que vai processar o hospital. “Não é pelo
dinheiro, é para aprenderem a ter respeito com os pacientes”, explica. “Até
porque o que eu quero eles não podem me dar”, emenda Vitória, que só tem um
desejo: voltar a andar. “Quero correr, subir escada, voltar à normalidade. Não
consigo fazer mais nada sozinha”, admite.
Por nota, a Prefeitura de São
Lourenço da Mata, que responde pelo Hospital Petronila Campos, afirmou que
Vitória só foi medicada com dipirona e antibiótico para tratar a infecção
urinária. “Ou seja, em nenhum momento foi aplicado qualquer medicamento em músculos,
que viesse a justificar a paralisia relatada”, afirma a nota. No dia seguinte,
já com as pernas sem movimento, ela teria sido orientada a procurar um
neurologista.
Extraído do http://jconline.ne10.uol.com.br/
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