Se você viu na sua timeline um vídeo com alguém tomando um banho com um
balde cheio de água e gelo, saiba que a brincadeira tem uma causa nobre. A campanha Ice
Bucket Challenge, ou ''desafio do balde de gelo',' mobilizou famosos
do mundo e do Brasil, e é o novo viral das redes sociais.
O que é o Ice
Bucket Challenge?
O desafio nada mais
é que uma campanha solidária para ajudar a ALS Association,
uma organização americana sem fins lucrativos que arrecada fundos para
financiar pesquisa e ajudar pacientes com a Esclerose Lateral Amiotrófica,
também conhecida como doença de Lou Gehrig.
Como funciona o
desafio?
O desafio
funciona assim: a pessoa toma banho de água gelada, publica a cena nas redes
sociais, e depois desafia os amigos. Quem for desafiado tem 24 horas para
aceitar e, então, encher um balde de gelo com água e fazer o mesmo. Se não
fizer, deve doar US$ 100 para a associação. Mas é claro que a ideia é fazer os
dois: o desafio, para divulgar a causa, e a doação.Segundo comunicado divulgado pela ALS Association, a
campanha arrecadou US$ 15,6 milhões em doações no período de 29 de julho a
18 de agosto.
Por que um banho?
Segundo Élica
Fernandes, gerente executiva e social da Associação
Brasileira de Esclerose Amiotrófica o gesto é simbólico:
– Receber o
diagnóstico de ELA é como receber um balde de água gelada na cabeça pois a
doença é rara e não tem cura.
Qual a origem do
viral?
De acordo com o
Facebook, o viral teria começado na cidade de Boston e se espalhado pelo
mundo. O motivo seria o ex-jogador de baseball Pete Frates, que foi
diagnosticado com a doença em 2012. A campanha ganhou grandes proporções quando o fundador do
Facebook, Mark Zuckerberg tomou o banho gelado
e depois desafiou Bill Gates, fundador da Microsoft a tomar um banho de
balde também. Segundo a rede social, mais de 1,2 milhão de vídeos relacionados ao desafio já
foram publicados no site.
O que é a
esclerose lateral amiotrófica?
A Esclerose Lateral
Amiotrófica – (ELA) é considerada uma doença degenerativa do sistema nervoso,
que acarreta paralisia motora progressiva, irreversível, de maneira limitante.
A doença tem como característica a degeneração progressiva dos neurônios
motores no cérebro (neurônios motores superiores) e na medula espinhal
(neurônios motores inferiores).
Até o momento, não
se conhece a causa específica da doença. O principal sintoma é a fraqueza
muscular, seguida da deterioração dos músculos (amiotrófica), começando nas
extremidades, usualmente em um lado do corpo (lateral). Outros sintomas também
são tremores musculares, cãibras, reflexos exaltados, atrofia,
espasticidade e diminuição da sensibilidade. Os fatores de risco são: pertencer
ao sexo masculino, desempenhar atividade física intensa, ter sofrido algum tipo
de trauma mecânico, ter sido vítima de choque elétrico.
E no Brasil ?
Segundo
dados da Associação
Brasileira de Esclerose Amiotrófica, a ELA afeta 1,5 pacientes para
cada 100 mil habitantes. A estimativa é de que surjam dois mil
casos novos a cada ano. Após o diagnóstico não existe uma estimativa de vida
fechada. Algumas pesquisas mostram que os pacientes vivem de dois a cinco
anos. Entretanto, na ABrELA existem casos de pessoas que convivem
com a doença há mais de 20 anos.
Como
o viral chegou ao Brasil, um acordo foi firmado entre ABrELA, Instituto Paulo
Gontijo e a ALS Association para
que todas as doações brasileiras fossem revertidas para institutos e
associações do Brasil. Para doar acesse:http://www.abrela.org.br/ ou http://www.ipg.org.br/ipg/faca-uma-doacao/lan/br
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