segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Psol não faz mais parte do movimento União Independente

Bastidores da politica de São Lourenço da Mata



Na Manhã desta segunda-feira (27) em uma conversa rápida com, o presidente do Psol  municipal André Justino o mesmo confirmou a saída da sigla do movimento renova São Lourenço, os motivos da saída ele não adiantou, vamos espera os próximos passos que o Psol ira seguir para as eleições de 2012.Testo nodificado,extraído do Blog do Brito.2008 está se repetindo,Será!

domingo, 26 de fevereiro de 2012

NOTA DO MOVIMENTO RENOVA SÃO LOURENÇO.


O Movimento “RENOVA SÃO LOURENÇO”, não autorizou, criou ou divulgou, sob qualquer argumento, nenhum blog referente as suas movimentações na cidade de São Lourenço da Mata.
Absolutamente ninguém, está autorizado a utilizar os nomes dos integrantes, partidos ou ações desenvolvidas pelo movimento.
O uso indevido do nome das pessoas ou partidos envolvidos no RENOVA SÃO LOURENÇO para divulgação de notícias fictícias, enganosas ou mentirosas, nos levará a acionar judicialmente as pessoas envolvidas.
Sem mais,
RENOVA SÃO LOURENÇO

OPINIÃO DESTE BLOG(Magno Dantas)
Esta nota não se refere as divulgações realizadas pelos órgão de imprensa da cidade de São Lourenço da Mata. 

Como enfrentar o medo chamado: Mudança

"As pessoas têm medo das mudanças. Eu tenho medo que as coisas nunca mudem". Chico Buarque de Holanda

O simples assunto "mudança" causa calafrios em diversos profissionais. As razões que levam executivos, já de longa data, a temerem alterações no seu cotidiano são as mais diversas. E, na verdade, poderíamos ficar horas discutindo o mérito entre as vantagens de mudar e não mudar, entre os prós e os contras de cada tipo de mudança e até os fatores que influenciam os mais diversos ângulos do processo.

A ansiedade traduz o medo do desconhecido que faz toda mudança parecer um monstro. Numa pesquisa rápida e informal que você faça com as pessoas com quem convive, pergunte o que acham de mudanças. A maioria, sem sombra de dúvidas, vai citar o medo do desconhecido como algo que os faz achar a mudança algo negativo. Tanto que é comum utilizarmos o verbo "sofrer" para dizer que houve uma mudança. 

                                                                                                        
Veja: "o calendário deste ano sofreu algumas mudanças...". Por isso, baixar o nível de ansiedade entre as pessoas da equipe é uma tarefa necessária no gerenciamento de mudanças. Em algumas situações, trabalhando a ansiedade você trabalhará a questão de poder simultaneamente.

O ideal é compreender, digerir e interiorizar que a mudança faz parte da realidade atual – na qual estamos profundamente mergulhados. A mudança de qualquer amplitude e seus possíveis efeitos influencia tanto nas organizações e nos resultados que são almejados, primeiro dos departamentos de recursos humanos e, depois, espalhando-se por todas as equipes da organização. Porque é natural que a mudança, seja onde for, afete todos dentro da organização de forma positiva ou negativa.  
                                                                                                                              Essa preocupação incentivou diversos autores, a estudar profundamente o ambiente empresarial e suas equipes quando mudam, precisam mudar ou sofrem mudanças. Esses autores analisaram os processos e deram suporte conceitual para o que se chama hoje de gerenciamento de mudanças ou changing management. Gerenciar as mudanças hoje é fundamental para reduzir os riscos de perdas de produtividade, confiança, autoestima e outros traumas. Dentro desse processo de gerenciamento há a possibilidade de prever a mudança e planejá-la – por ser necessário mudar – ou mesmo atuar corretivamente num processo de mudança que não foi bem direcionado. O processo de gerenciamento de mudanças deve sempre buscar mudanças gradativas que possam ser planejadas em pequenos passos e em pequenas abrangências.
                                                                                                                                Por isso, existem algumas dicas a serem seguidas que podem proporcionar um controle maior sobre todo o processo. Entre as mais efetivas estão:

·         Construir o suporte dos grupos-chave de poder, detectar grupos de pessoas que detêm o poder e gerenciar positivamente suas reações
·         Utilizar o comportamento de líderes para gerar suporte isto é, fazer uso da força dos já líderes e colocá-los na participação do processo
·         Definir pontos de estabilidade entre o "novo" e o "velho". Deixar claro quais pontos não entram em conflito entre o cenário já existente e o que se quer construir.

Com esses pontos claramente identificados as condições de entrar na zona de estabilidade em todos os momentos que houver grandes problemas e confrontos, serão duplicadas. 
                                                                                                                                    .         A questão não está em mudar ou não. Está em como mudar. E a novidade é que gerenciar esse processo pode definir a utilização ou não do verbo "sofrer" para definir a mudança na sua organização.
                                                                                                                            Faltam 224 dias para decidimos o futuro da nossa cidade, onde podemos continuar na mesmice que significa,sem uma expectativa de desenvolvimento e progresso ou optamos por uma mudança que pode significa a sobrevivência moral, éticos e promissor da sociedade de São Lourenço da Mata.  
                                                                                                                           Poucos são os homens que tem coragem, determinação e inteligência de optar por uma renovação radical. Mais temos que ter, para que depois não venhamos nos a arrepender por não ter tentado.
Que juntos possamos construir um presente melhor e justo para que possamos nos orgulhamos do nosso passado e bater no peito e dizer eu contribuir na construção vitoriosa da nossa cidade São Lourenço da Mata a capital nacional do Pau-brasil e a Cidade da copa. 
                                                                                                                                                                                                                                                  ´        ´´Tudo Flui e nada permanece tudo se afasta e nada fica parado...Você não consegue se banhar duas vezes no mesmo rio, pois outras águas e ainda outras sempre vão fluindo... É na mudança que as coisas acham repouso...``


sábado, 18 de fevereiro de 2012

Qual será o futuro do ex-prefeito ?


Já chegou à câmara de Vereadores de São Lourenço da Mata, o processo de nº 050 16 18-8 oriundo do tribunal de contas do estado, referente à prestação de conta do ex., prefeito de São Lourenço da mata, Jairo Pereira quando o mesmo era prefeito do município no ano de 2004.
A primeira câmara do tribunal de contas do estado julgar irregulares as contas do Sr. Jairo Pereira de Oliveira, relativas ao exercício financeiro de 2004, determinando-se que devolva aos cofres públicos municipais a quantia de R$153.161,64. Ainda Aplica-se ao ordenador de Despesa, Jairo Pereira de Oliveira, uma multa no valor de R$ 7.000,00, bem como, que sejam aplicadas multas de R$ 3.500,00, aos Srs. Germana Lúcia Macambira, Flavio Costa de Silva, José Carlos Borba e Izabel Lúcia Bandeira Galvão.

Veja os principais itens da decisão:
Considerando a ausência do recolhimento da obrigação patronal para o fundo previdenciário municipal.
Considerando o repasse irregular do duodécimo feito a câmara municipal.
Considerando que houve despesa indevida a obras de serviços público bem como superfaturamento de obras e renúncia de receitas.
 
Fonte:Texto e foto extraído do blog do Magno dantas

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

100% BOATO

Circula-se pela cidade que o ilustre cidadão Samuca seria o vice do candidato a prefeito o cantor Marcos Antonio e do ex-prefeito Jairo Pereira seria o ex-veriador Thiago Dantas.Boatos totalmente absurdo e irreal.Qualquer pessoas que tem um pouquinho que seja de juizo,sabe que vai entrar numa fria,fazendo aliança com o cantor gospel.Além disso Samuca não iria joga fora todo seu prestigio e conhecimento por causa de uma capricho pessoal e egoísta do ex-deputado.E em relação ao ex-veriador,ele tinha tudo para se consolidar na política de São Lourenço da Mata,quando recebeu o convite para ser vice prefeito do atual gestor,recusou e preferiu sair com uma candidatura propria e de no que deu,hoje esta morto politicamente na cidade.Dificilmente acertaria um convite deste pote e como também Jairo Pereira convidaria o ex-veriador para a função.

Mais vale um pássaro na mão do que dois voando


  

Não vá com muita sede ao pode."Quem muito corre, acaba por não saciar a sua sede...."

Tudo demasiadamente em excesso torna se perigoso, e nos faz perder a moderação, até mesmo nossos maiores desejos.É  claro que pra tudo nesta vida devemos nos empenhar em querer e lutar , e com certeza quanto mais nos empenharmos mais rápidos e melhores serão os resultados
Quando estamos com muita sede a tendência que temos é ir tão exageradamente ao pote e corremos o risco de tropeçarmos, ou até mesmo na ânsia derramarmos toda a água e  até quebrarmos o pote , tornando nossa incansável busca totalmente em vão.
A ansiedade ela nos torna dependentes dela, ao ponto de encobrir nossa visão,e nos impedir de ver o caminho correto a trilhar, nos faz ir além de nossos conceitos, e até passar por cima do que não devemos pra alcançarmos mais rápido o que almejamos de uma forma impensada e indevida..
Quando queremos muito algo e não temos a paciência em esperar acabamos por aceitar o que é talvez parecido mas não era totalmente o que desejava, simplesmente para satisfazer o ego do querer muito, e quando se acorda logo vem a frustração de não ser exatamente aquilo o tão sonhado querer.é preciso ter uma vida tranquila, calma, planejada e principalmente paciente para se obter maiores conquistas e verdadeiras realizações.

Quem muito corre, acaba por não saciar a sua sede....
Cecilia sfalsin



segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Fortalecimento da Democracia em SLM


A palavra democracia  tem sua origem na Grécia Antiga (demo=povo e kracia=governo). Este sistema de governo foi desenvolvido em Atenas(uma das principais cidades da Grécia Antiga). Embora tenha sido o berço da democracia, nem todos podiam participar nesta cidade. Mulheres, estrangeiros, escravos e crianças não participavam das decisões políticas da cidade. Portanto, esta forma antiga de democracia era bem limitada.Atualmente a democracia é exercida, na maioria dos países, de forma mais participativa. É uma forma de governo do povo e para o povo.
As eleições são um momento importante na vida de todo os  cidadão Brasileiro. Não tanto pela decisão final que escolhe os mandatários dos cargos que pretendem representar a população, mas por forçar todos os brasileiros e brasileiras a discutir, ainda que minimamente, os problemas do nosso país e as possíveis soluções para resolvê-los. Esse é o aspecto mais importante das eleições e que não esta sendo aproveitado como deveria pelos cidadãos brasileiros.
O debate que é feito durante as eleições, os temas que são pautados, as demandas que são apresentadas pela sociedade, são tão ou mais importantes que as pessoas escolhidas como representantes. Os debates e compromissos feitos no debate público afetam as posições que esses representantes tomarão em seu mandato através dos compromissos firmados durante as eleições.
Mas, tendo clara a importância de se pensar o Brasil, nossos problemas e as possíveis soluções, e entendendo o momento eleitoral como importante nesse sentido, o candidato ou a candidata não pode se furtar a participação no debate. Muito pelo contrário, deve aproveitar ao máximo as oportunidades de expor suas idéias à criticas e opiniões. Através do processo de diálogo com os setores da sociedade devem definir suas posições e seus argumentos em relação aos diversos temas que incorporam a agenda do poder.
Seria de extrema importância para o fortalecimento da Democracia em São Lourenço da Mata, realizações de debates políticos entre os candidatos a prefeito. 
Como SLM Não possui TV Local, este Debate seria transmitido ao vivo pela internet. Atráves de parceria com a justiça eleitoral, a radio Damata FM, que na cidade é pioneira no assunto, pois já transmite o campeonato municipal e faz cobertura das eleições de SLM em tempo real e o Portal SLNET1, que também tem experiencia, pois transmite as reunião ordinarias da Camara de Veriadores.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Texto complementa para a postagem: Liberdade de expressão é direito garantido por lei.


Quando se fala em julgar, a primeira frase de que lembramos é: "não julgue para não ser julgado". Esta frase bíblica é muitas vezes pronunciada e repetida para justificar atitudes erradas, com o objetivo de fazer o impiedoso censor se calar. Não podemos ler versículos, analisá-los individualmente ou fora de contexto. A frase "não julgue para não ser julgado" tem base nos versículos de Mateus 7:1-2, quando Jesus está ensinando a multidão e os discípulos.

Mateus 7:1-5 diz "Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós. E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão."

Jesus enfatiza que uma pessoa não pode condenar outra e enfatiza sobre a atitude de apontar defeitos em uma pessoa a partir de sua própria opinião sem reconhecer os fatos.  Jesus condena o julgamento hipócrita.

Algumas pessoas vivem criticando, sempre procurando e destacando as falhas dos outros, e ainda convidam outros a serem críticos também. Mas a palavra de Deus nos fala que não nos é permitido fazer julgamento calunioso (Mt 7.1,2).
"Não admitirás falso boato, e não porás a tua mão com o ímpio, para seres testemunha falsa."
Êxodo 23.1

Recentemente fui vítima de alguns julgamentos equivocados. que seria facilmente evitados se as pessoas procurasse ouvir os dois lados e não só aquela que lhe convém.
"Não sejais meninos no juízo; na malícia, sim, sede crianças; quanto ao juízo,
sede homens amadurecidos." I Coríntios 14:20

LIBERDADE DE EXPRESSÃO DIREITO GARANTIDO POR LEI.


Os blogs radio novo som cultural , Fábio Cavalcante  e do fundador do renova Magno Dantas reproduziram o meu texto :Renova São Lourenço Oportunista ou revolucionaria? Fui crucificado pelos lideres do renova por expressão a minha opinião. Veja  os comentários dos lideres do renova fizeram a meu respeito, extraído do blog de Fábio Cavalcante.

Adeildo Santos(Presidente do PDT de SLM) -->Estava digitando uma resposta ao LIBERTA-TE 2028. Mas, por curiosidade, fui consultar o seu perfil. Vejamos abaixo o quer encontrei: "Nasci na cidade do Recife na década de 80,mais desde pequeno moro em cidade São Lourenço da Mata. Cristão e Varguista fervoroso racional. Me chamam de louco por ter convicções fortes e por ser a frente do meu tempo. Crio o liberta-te 2028, com objetivo de ser o pior blog da cidade, levado as noticias com imparcialidade ,independência e além de um olhar critico-analítica dos fatos. Pego o sentido oposto da maioria dos blogs, levanto a bandeira do autoritarismo. Acredito que Só com uma sociedade desunida, desorganizada e individualista é que teremos uma possibilidade real de mundo melhor. Que Deus e Nossa Santa Aguilera abençoem e ilumine a todos nós. Amém" Daí desisti de responder.
OBSEVAÇÂO IMPOTANTE:
O senhor Adeildo não publicou meu perfil na integrar e completo com vocês leitores do meu blog podem conferir ao lado.Tem a letra da música Cálice de Chico Buarque , que fala da ditadura de forma metafórica.O cálice no caso representa o "cale-se", justamente condenando a falta de liberdade de expressão do AI-5 e  também da forte opressão e violência dos militares com os cidadãos Brasileiros. Além de uma indicação do filme The Land of Blood and Honey(Nas terras de sangue e mel) de Angelina Jolie,que aborda o sofrimentos das mulheres que sofreram abusos na guerra da Bósnia.


OBSERVAÇÃO DO BLOG DO MAGNO DANTAS
Mediante o exposto acima, retiro convite para conversa e cerveja. Só falo com quem tem coragem e peito de assumir o que escreve. - O comentário abaixo continuará postado por que o fiz de forma objetiva, clara e transparente. Isso me parece coisa de militar frustrado com o fim do golpe de 1964. Excluam-se ai os convites.

OPINIÃO DESTE BLOG(Magno Dantas,presidente do PCdoB de SLM)
Estou cansado deste blablabla de Labanca x Jairo e vice e versa. Estou cansado destas falações sem fundamento e esses apegos desmedidos aos donatários de São Lourenço da Mata. Estou cansado de arroubos em defesa do indefensável. Embora o 'Liberte-se 2028' não tenha a assinatura do responsável, gostei das ponderações e críticas direcionadas ao RENOVA SÃO LOURENÇO. Estamos finalmente saindo do gosmento posicionamento de falar bem ou mal de um ou de outro. Quando o RENOVA é mote para tamanha dissertação, significa que no mínimo estamos conseguindo ser ouvidos, coisa que todos sabem quase impossível em terras de Sininho e Peter-pan. Para continuar as primeiras defesas usarei uma frase da música "Jura Secreta" da cantora e compositora Simone: 'Só uma coisa me entristece..." e continuo com mais um pedaço da canção;"Só uma palavra me devora...Aquela que meu coração não diz...Só o que me cega, o que me faz infeliz...É o brilho do olhar que não sofri" . Aprendi, depois de muitas porradas, que não devemos nos omitir quanto a autoria das posições. Não seja um "sujeito oculto' em suas colocações. Exponha-se e você verá quantas pessoas estarão corroborando de suas ideia. Gostei de seus questionamentos e de sua posição. Suas dúvidas são as de todos. Seus sonhos também são os sonhos de quem, assim como eu, sonha ver São Lourenço da Mata uma cidade melhor. Sei que você conhece bem as faces dos eternos administradores de São Lourenço da Mata, mas a nossa você não conhece. Procure-nos sem compromisso, apenas para nos conhecer... Bater um papo... Tomar uma cervejinha (somos humanos)... Esclareceremos tudo. Transparência é o nosso lema.

RESTOSTA DO BLOG LIBERTA-TE 2028
Fiquei espantado com as reações dos membros do Renova São Lourenço. Me julgaram  de forma irresponsável e imatura. Isto não é uma postura de um movimento democrático que quer ser uma terceira alternativa. Vocês estão dando oportunidade para pessoas maldosa de dizerem: Qual é a diferencia deste movimento para com seus antecessores e mais  qual a diferencia deles para aqueles que estão no poder? E dirão ´´ Adotam  praticas diferentes apenas no detalhe, porque, na essência, são iguais!`` Temos que ter cuidado em que falamos, pois somos jugados pela nossos atitudes e principalmente homens públicos, tem que dar exemplo. Não faça afirmações apócrifos e precipitadas. Não sei de onde vocês concluíram que eu sou um covarde, militar frustrado e não entendi qual é o problema com meu perfil, por favor ilumine a minha mente .Participei de algumas reunião do renova e tenho certeza absoluta, que esta não é a postura deles, acredito com a correria do cotidiano e um ato sem pensa ,cometeram este equivoco dantesco a minha pessoas ,que também faço parte do movimento.  Somos seres humanos, cometermos erros. Mas a maior virtude que temos é reconhecer o erros(humildade) e perdi perdão. Só expressei minha opinião é um direito democrático que tenho, como também é direito seu não concordar ,mais não pode desrespeita e debochar quem quer que seja a opinião alheira.

SINTONIZANDO O   LEITOR:                                                                                                          NO BRASIL
Liberdade de expressão é o direito de manifestar livremente opiniões, ideias e pensamentos. É um conceito basilar nas democracias modernas nas quais a censura não tem respaldo moral.No Brasil, desde a Constituição do Império havia a garantia da liberdade de expressão, o que foi preservado até a Constituição de 1937. Já no período conhecido como Estado Novo durante o governo do presidente Vargas, o princípio constitucional da liberdade de pensamento desapareceu. Foi adotada a censura como meio de impedir a publicação ou a reprodução de determinadas informações. A censura nasceu reprimindo a liberdade de expressão. Com o período da redemocratização, a Constituição de 1946 foi responsável por colocar e assegurar, no novo ordenamento jurídico, a manifestação do pensamento. O texto constitucional dispunha a livre manifestação do pensamento, sem dependências da censura, salvo quanto a espetáculos e diversões públicas, respondendo cada um, por abusos cometidos, conforme disposição legal.
Quando Getúlio Vargas ocupou o poder novamente, ele se preocupou em editar a lei da imprensa (Lei 2083 de 1953) com a devida regulamentação dos crimes de imprensa. Em seu bojo, a lei trouxe vários defeitos, como a exacerbada repressão à liberdade de imprensa.
A Constituição de 1967, já outorgada nos governos militares, não aboliu o princípio da liberdade de pensamento, mas impôs uma delimitação que restringia sua aplicação, condicionando-os aos parâmetros da ordem pública e dos bons costumes.
O ordenamento jurídico de 1967 restringiu, ainda, a liberdade da livre manifestação do pensamento, ao impor sansões jurídicas a todo aquele que abusasse do direito individual com o objetivo de opor-se ao governo. Essa disposição ficou explícita nos artigos:
•    Constituição Federal de 1967, artigo 150 parágrafo 8.
•    Carta de Magna de 1967, artigo 151.
O direito a liberdade de expressão é caracterizado como direito da personalidade, integrante do estatuto do ser humano, fundamental para a concretização do princípio da dignidade da pessoa humana e determinada, para quem o incorpora, especificas funções. Ele e garantia individual e protege a sociedade contra o arbítrio e as soluções de força.
Vale ressaltar que, quando se restringe a liberdade de um indivíduo, não somente o direito deste e atingido, mas também o de toda a comunidade de receber e debater as informações, Caracteriza-se, assim que a liberdade de expressão atinge o indivíduo e a interação da sociedade.
Na atual Constituição Federal, promulgada em 5 de outubro de 1988, várias inovações foram conferidas em relação a liberdade de manifestação do pensamento, dando maior amplitude no rol de direitos e garantias individuais. Em todas as suas formas, a liberdade de expressão e um direito fundamental e intransferível, inerente a todas a pessoas, e um requisito para a existência de uma sociedade democrática.
Constituição brasileira de 1988
•    Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
o    V - o pluralismo político
•    Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, liberdade, igualdade, segurança e a propriedade, nos termos seguintes:
o    IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
o    VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
o    IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença
•    Art. 220º A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.
o    § 2º - É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística.

Liberdade de Expressão e a Democracia
A liberdade de expressão, sobretudo sobre política e questões públicas é o suporte vital de qualquer democracia. Os governos democráticos não controlam o conteúdo da maior parte dos discursos escritos ou verbais. Assim, geralmente as democracias têm muitas vozes exprimindo ideias e opiniões diferentes e até contrárias.
Segundo os teóricos da democracia, um debate livre e aberto resulta geralmente que seja considerada a melhor opção e tem mais probabilidades de evitar erros graves.
A democracia depende de uma sociedade civil educada e bem informada cujo acesso à informação lhe permite participar tão plenamente quanto possível na vida pública da sua sociedade e criticar funcionários do governo ou políticas insensatas e tirânicas. Os cidadãos e os seus representantes eleitos reconhecem que a democracia depende de acesso mais amplo possível a ideais, dados e opiniões não sujeitos a censura.
A liberdade de expressão é um direito fundamental consagrado na Constituição Federal de 1988, no capítulo que trata dos Direitos e Garantias fundamentais e funciona como um verdadeiro termômetro no Estado Democrático. Quando a liberdade de expressão começa a ser cerceada em determinado Estado, a tendência é que este se torne autoritário. A liberdade de expressão serve como instrumento decisivo de controle de atividade governamental e do próprio exercício do poder. O princípio democrático tem um elemento indissociável que é a liberdade de expressão, em contraposição a esse elemento, existe a censura que representa a supressão do Estado democrático. A divergência de ideias e o direito de expressar opiniões não podem ser restringidos para que a verdadeira democracia possa ser vivenciada.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Como mudar o mundo?

Como mudar o mundo? artigo de Esther Vivas

Publicado em janeiro 23, 2012 por
Compartilhe:

Esther Vivas

[EcoDebate] Como mudar o mundo? Esta é a pergunta que se fazem milhares de pessoas empenhadas em mudar as coisas, a pergunta que se repete frequentemente nos encontros sociais alternativos… uma pergunta que como bem dizia o filósofo francês Daniel Bensaïd não têm resposta porque “Não nos enganemos, ninguém sabe como mudar o mundo”. Não temos um manual de instruções mas sim temos algumas pistas de como fazê-lo e algumas hipóteses de trabalho.
A luta na rua e nos movimentos sociais é a primeira premissa, já que não haverá mudanças espontâneas desde cima. Aqueles que hoje ostentam o poder não renunciarão sem mais a seus privilégios. Qualquer processo de mudança será fruto da tomada de consciência dos de baixo e do combate para recuperar nossos direitos desafiando desde a rua os que mandam. Assim demonstra a história.
Mas também é necessário construir alternativas políticas que avancem mais além da mobilização social, já que não podemos limitar-nos a ser um lobby daqueles que mandam. É necessário ser capaz de propor opções políticas alternativas antagônicas às hoje dominantes e que tenham seu centro de gravidade nas lutas sociais. Sendo muito conscientes de que o sistema não se muda desde dentro das instituições mas sim desde a rua, mas que não podemos renunciar a espaços que também nos pertencem.
Hoje as instituições estão sequestradas pelos interesses privados e do capital. Uma minoria social, que é a que detém o poder econômico, está totalmente sobre representada nas mesmas e conta com o apoio incondicional da maior parte de quem ostenta cargos eletivos. A dinâmica de ‘portas giratórias’: aqueles que na atualidade estão nas instituições e amanhã nos conselhos assessores das principais empresas do país é uma constante e uma realidade. Nos apresentam a ideologia neoliberal como socialmente dominante… e isto é falso. E por isso pensamos que vocês anti-capitalistas e anti-sistema seriam úteis nas instituições rompendo com o discurso político hegemônico. Demonstrando que “outros mundos” são viáveis e que “outra prática política” é tão possível como necessária.
Há que avançar em ambas direções e subordinar esta última a primeira, criando mecanismos de controle de baixo para cima e aprendendo com os erros do passado tanto da esquerda política como social. Partindo de que ninguém tem verdades absolutas, de que o processo de mudanças será coletivo ou não será, de que há que aprender uns com os outros, de que é necessário trabalhar sem sectarismos nem seguidismos e que frequentemente os rótulos separam mais que unem. Sem por isso cair em relativismos nem em renúncias ideológicas. Seguramente estas sejam as lições mais difíceis: romper com o domínio moral e ideológico do sistema capitalista e patriarcal.
E como mudar o mundo não é coisa de dois dias… mas sim que é uma tarefa de longo percurso, se requer constância, perseverança e de uma “lenta impaciência”, como assinalava de novo Daniel Bensaïd, é necessário ir avançando em nossas utopias desde o cotidiano em paralelo a mobilização social contra as políticas atuais e em defesa de outras medidas. Modificando o mundo em nosso dia a dia. Demonstrando com nossa prática que “outra maneira de viver” é tão possível como desejável. Alternativas desde a economia cooperativa e autogestionária, o consumo crítico e agroecológico, as finanças éticas, os meios de comunicação alternativos… são iniciativas imprescindíveis para caminhar até outro modelo de sociedade.
Sendo conscientes de que estas não são um fim em si mesmo mas sim um meio para avançar sem perder de vista um horizonte de sociedade mais justa e equitativa para todas e todos. Apostar por uma economia solidária no dia a dia e reivindicar também uma economia fiscal progressiva, que os que mais têm paguem mais, que se eliminem as SICAV, se combata a fraude fiscal; construir projetos agroecológicos e trabalhar também para que se proíbam os transgênicos, a favor de um banco público de terras; ter nossas poupanças em uma cooperativa de crédito mas reivindicar um sistema bancário público a serviço dos de baixo. O caminho se demonstra andando e não podemos esperar amanhã.
Ainda que não esqueçamos que uma mudança de modelo social requer a mobilização consciente da maioria da população e um processo de ruptura com o atual marco institucional e econômico. A irrupção da “revolução” no panorama político, a raiz das revoluções de Túnez e Egito, a pesar de suas debilidades e limites, é por isso uma magnífica e inesperada notícia que nos deparamos neste 2011.
Assim mesmo temos que situar nosso papel no mundo e o impacto de nossas práticas no ecosistema. Vivemos em um planeta finito, ainda que o sistema capitalista se encarregue de que nos esqueçamos frequentemente disso. Nosso consumo tem um impacto direto ali onde vivemos e se todo o mundo consumir como fazemos aqui um só planeta não bastaria. Mas igualmente nos estimulam a um consumismo desenfreado e compulsivo, prometendo-nos que quanto mais consumo mais felicidade, ainda que a promessa depois nunca se cumpra. Há que começar a propor que talvez possamos “viver melhor com menos”.
De todos modos, nos querem fazer culpados da práticas que nos impõem. Nos dizem que vivemos em uma sociedade consumista porque as pessoas gostam de comprar, que existe agricultura industrial e transgênica porque assim queremos… mentira. Nosso modelo de consumo se baseia na lógica de um sistema capitalista que produz mercadorias em grande escala e que necessita que alguém as comprem para que o modelo siga funcionando. Nos querem fazer cúmplices de políticas que somente eles se beneficiam. Afortunadamente o mito do mais e melhor começou a romper-se. A crise ecológica que vivemos acendeu as luzes de alarme e sabemos que esta crise climática tem suas raízes em um sistema produtivista e de curto prazo.
Hoje uma onda de indignação recorre a Europa e o mundo… rompendo o ceticismo e a resignação, que durante anos tem prevalecido em nossa sociedade, e recuperando a confiança en que a ação colectiva serve e é útil para mudar a atual ordem das coisas. Aprendemos da Primavera árabe, do “não pagaremos sua dívida” do povo islandes, do levante popular, greve geral após greve geral, na Grécia e agora o grito de Occupy Wall Street no “coração da besta” que assinala que frente ao 1% que manda somos o 99%. Os tempos se comprimem e se aceleram. Sabemos que podemos.

*Esther Vivas, colaboradora internacional do EcoDebate, é co-autora de “Resistencias globales. De Seattle a la crisis de Wall Street”, entre outros livros. Artígo publicado na revista Iglesia Viva.
Tradução: Paulo Marques.

EcoDebate, 23/01/2012
[ O conteúdo do EcoDebate é “Copyleft”, podendo ser copiado, reproduzido e/ou distribuído, desde que seja dado crédito ao autor, ao Ecodebate e, se for o caso, à fonte primária da informação ]
Inclusão na lista de distribuição do Boletim Diário do Portal EcoDebate
Caso queira ser incluído(a) na lista de distribuição de nosso boletim diário, basta clicar no LINK e preencher o formulário de inscrição. O seu e-mail será incluído e você receberá uma mensagem solicitando que confirme a inscrição.
O EcoDebate não pratica SPAM e a exigência de confirmação do e-mail de origem visa evitar que seu e-mail seja incluído indevidamente por terceiros.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

NINGUÉM É DONO DA VERDADE



Inicialmente, podemos considerar que a maior verdade que existe, é que não existe verdade absoluta, portanto, ninguém pode considerar-se como dono da verdade.  Toda verdade, por mais verdadeira que seja, sempre será passível de uma segunda interpretação, que poderá demonstrar não ser tão verdadeira assim.  Parece confuso? Mas essa é a verdade, que sempre poderá ser manejada, torcida ou destorcida para confundir alguém.
Contudo, aqueles que se julgam os senhores da verdade, sempre tentarão convencer a todos de que sua maneira de ver as coisas, é a única real e exata. Há que se considerar que sequer a matemática é uma ciência exata, que se dizer então da verdade humana, sempre sujeita a falhas e a interpretações diferentes, conforme a personalidade ou a maneira de encarar a vida de cada um.
Muitas vezes, essas pessoas, mesmo quando colocadas diante da argumentos irrefutáveis, insistem, e procuram torcer as coisas,  não admitindo opiniões contrárias. Por vezes sequer admitem opiniões favoráveis, fixando-se em seus pontos de vista, e defendendo-os a qualquer custo.  São irredutíveis em suas opiniões.   O preto é azul, e pronto, não se discute.
São sempre aqueles que em geral se escondem atrás do que desconhecem, tentando ocultar os fatos reais, para fazer prevalecer suas idéias.  Batem o pé até o fim para deixar bem claro suas opiniões e pontos de vista, que devem ser aceitas sem qualquer discussão, ou sequer uma possibilidade de discussão, pois uma conversa mais funda, poderia destruir seus argumentos. Chegam a alterar fatos que possam desmentir seus pontos de vista.  E por vezes conseguem convencer aos demais, por um grande poder de persuasão.
Acreditam que só eles sabem tudo direitinho, acreditando poder consertar o mundo, e que todos os demais estão errados.  Acreditam que suas idéias são sempre salvadoras.  Somente se as coisas foram feitas à sua maneira, é que poderá haver a possibilidade de sucesso.  E mais ninguém sabe de nada.  Quem não conhece alguém assim?
Se todos agirem como ele acha ser a maneira correta, o mundo finalmente será endireitado.
Sempre encontram seguidores que acreditam fielmente em suas palavras.  Pessoas sem personalidade que se deixam convencer por qualquer um que fale com convicção.  Geralmente essas pessoas tem o dom da palavra, e conseguem convencer multidões.  Os exemplos de "Donos da Verdade" são muitos na História Mundial.  E os resultados de sua ação nefasta todos conhecem... Podemos citar como exemplos em escala mundial, “gênios” como Hitler, Mussolini, Stalin, Aiatolá Khomeini, Bin Laden, George Bush, entre outros menos votados, mas que tenho a certeza de que cada um poderá se lembrar de alguém que se encaixe nesses parâmetros.
Todos conhecemos pessoas que não admitem réplica para suas palavras, e sequer aceitam sugestões sobre seus atos. É assim, e pronto. Na verdade, o que falta para os Donos da Verdade, é humildade, para respeitar o que o outro pensa ou fala. E sempre importante ouvirmos opiniões, pois escutando outro parecer, poderemos reformular nossos pontos de vista, melhorando nossa maneira de agir.  Isso se aplica em todos os campos de atividade.
Ninguém deve ser absolutista.
Para pessoas assim, só sua opinião prevalece, e acham que mais ninguém tem direito a qualquer ponto de vista.  Contudo, na  realidade,  temos que ter presente  que cada qual tem  direito  a uma opinião, um parecer,  e respeitá-lo faz parte da boa educação e do bom senso.  Afinal, sempre poderá existir uma idéia melhor do que a nossa. Ou então uma outra maneira de se fazer o que pretendemos.  E se não surgir nenhuma proposta melhor, pelo menos estaremos conhecendo alguma coisa diferente.  E o saber nunca ocupa lugar. Sempre deveremos estar abertos a idéias novas.
Pelo menos deveremos ouvir outras opiniões, dar oportunidade a que outros exponham seus argumentos, que poderão ou não ser aceitos, mas que deverão ao menos ser considerados, e respeitados.  Afinal são idéias que, embora sejam diferentes das nossas, podem ser aproveitáveis.
Vamos aprender a ouvir? É importante saber faze-lo, pois usando esse dom adequadamente, sempre poderemos tirar muito proveito.  Basta termos a humildade de saber aceitar o fato de que sempre alguém poderá saber mais do que nós, poderá ter melhores idéias, que poderemos usar em nosso benefício.
Apesar de não ser dono da verdade, penso que todos concordam comigo que a melhor maneira de viver, é procurando ter UM LINDO DIA.


Texto de Marcial Salaverry

Do Muito e do Pouco



A Manipulação do Homem através da Linguagem

Alfonso López Quintás
lquintas@filos.ucm.es
(Tradução: Elie Chadarevian)

O grande humanista e cientista Albert Eisntein fez esta severa advertência: "A força desencadeada pelo átomo transformou tudo menos nossa forma de pensar. Por isso caminhamos para uma catástrofe sem igual". Que forma de pensar deveríamos ter mudado para evitar esta hecatombe? Sem dúvida, Einstein se referia ao estilo de pensar objetivista, dominador e possessivo que se esgotou com a primeira guerra mundial e não foi substituído por um modo de pensar, sentir e querer mais adequado à nossa realidade humana. 
Os pensadores mais lúcidos têm insistido desde o entre-guerras a mudar o ideal, realizar uma verdadeira metanoia e, mediante uma decidida vontade de servir, superar o afã de poder. Esta mudança foi realizada em círculos restritos, mas não nas pessoas e nos grupos que decidem os rumos da sociedade. Nestes continuou operante um afã descontrolado de domínio, domínio sobre coisas e sobre pessoas.
O domínio e controle sobre os seres pessoais se leva a cabo mediante as técnicas de manipulação. O exercício da manipulação das mentes tem especial gravidade hoje por três razões básicas: 1) Continua orientando a vida para o velho ideal de domínio, que provocou duas hecatombes mundiais e hoje não consegue preencher nosso espírito pois já não podemos crer nele. 2) Impede de se dar uma reviravolta para um novo ideal que seja capaz de levar à plenitude de nossa vida. 3) Incrementa a desordem espiritual de uma sociedade que perdeu o ideal que perseguiu durante séculos e não consegue descobrir um novo que seja mais de acordo com a natureza humana.
Se quisermos colaborar eficazmente a construir uma sociedade melhor, mais solidária e mais justa, devemos identificar os ardis da manipulação e aprender a pensar com todo o rigor. Não é muito difícil. Um pouco de atenção e agudeza crítica nos permitirá desmascarar as prestidigitações de conceitos que se estão cometendo e aprender a fazer justiça à realidade. Esta fidelidade ao real nos proporcionará uma imensa liberdade interior.
Não basta viver num regime democrático para ser livres de verdade. A liberdade deve ser conquistada dia a dia opondo-se àqueles que ardilosamente tentam dominar-nos com os recursos dessa forma de ilusionismo mental que é a manipulação. Esta conquista só é possível se tivermos uma idéia clara a respeito de quatro questões: 1º) O que significa manipular? 2º) Quem manipula? 3º) Para que manipula? 4º) Que tática utiliza para este fim? A análise destes quatro pontos permitir-nos-á discernir se é possível dispor de um antídoto para a manipulação. Estamos a tempo de defender nossa liberdade pessoal e tudo o que ela representa. Façamo-lo decididamente. 

1. O que significa manipular?
Manipular equivale a manejar. De per si, somente os objetos são suscetíveis de manejo. Posso utilizar uma esferográfica para minhas finalidades, guardá-la, trocá-la, descartá-la. Estou no meu direito, porque se trata de um objeto. Manipular é tratar uma pessoa ou grupo de pessoas como se fossem objetos, a fim de dominá-los facilmente. Essa forma de tratamento significa um rebaixamento, um aviltamento.
Esta redução ilegítima das pessoas a objetos é a meta do sadismo. Ser sádico não significa ser cruel, como geralmente se pensa. Implica em tratar uma pessoa de uma forma que  a rebaixa de condição. Esse rebaixamento pode realizar-se através da crueldade ou através da ternura erótica. Quando, ainda em tempos recentes, introduzia-se um grupo numeroso de prisioneiros num vagão de trem como se fossem embrulhos, e os faziam viajar durante dias e noites, o que se pretendia não era tanto fazê-los sofrer, mas aviltá-los. Sendo tratados como meros objetos, em condições subumanas, acabavam considerando-se mutuamente seres abjetos e repelentes. Tal consideração os impedia de unirem-se e formar estruturas sólidas que poderiam gerar uma atitude de resistência. Reduzir uma pessoa à condição de objeto para dominá-la sem restrições é uma prática manipuladora sádica. Já a carícia erótica reduz a pessoa ao corpo, a mero objeto de prazer. É reducionista, e, nessa mesma medida, sádica, ainda que pareça terna. A carícia pode ser de dois tipos: erótica e pessoal. Para compreender o que, a rigor, o erotismo é, recordemos que, segundo a pesquisa ética contemporânea, o amor conjugal apresenta quatro aspectos ou ingredientes:
1) A sexualidade, na medida em que implica atração instintiva pela outra pessoa, de prazer sensorial, de comoção psicológica...;
2) A amizade, forma de unidade estável, afetuosa, compreensiva, colaboradora, que deve ser criada de modo generoso, já que não possuímos instintos que, postos em jogo, dêem lugar a uma relação deste gênero;
3) A projeção comunitária do amor. O homem, para viver como pessoa, deve criar vida comunitária. O amor começa sendo dual e privado, mas abriga em si uma força interior que o leva a adquirir uma expansão comunitária. Isto acontece no dia do casamento, quando a comunidade de amigos e - no caso religioso - de fiéis acolhe o amor dos novos esposos;
4) A relevância e fecundidade do amor. O amor conjugal tem um poder singular para incrementar o afeto entre os esposos e dar vida a novos seres. Não há nada maior no universo do que uma vida humana e o amor verdadeiro por outra pessoa. Por isso o amor conjugal tem uma relevância singular, uma plenitude de sentido e um valor impressionantes.
Estes quatro elementos (sexualidade, amizade, projeção comunitária, relevância) não devem estar meramente justapostos, um ao lado do outro. Devem estar estruturados. Uma estrutura é uma constelação de elementos articulados de tal forma que, se um falha, o conjunto desmorona.
Agora podemos compreender de modo preciso o que é o erotismo. Consiste em isolar o primeiro elemento, a sexualidade, para obter uma recompensa passageira, e prescindir dos outros três. Essa separação puramente passional destrói o amor na raiz, privando-o de seu sentido pleno e de sua identidade. Por isso é violento ainda que pareça cordial e terno. Exerço a sexualidade isolada, porque interessa a meus próprios fins, e prescindo da amizade. Na realidade, não amo a outra pessoa; desejo o prazer que me é dado por algumas de suas qualidades. Deixo também de lado a expansão comunitária do amor. Não presto atenção à vida de família que o amor está chamado a promover. Recolho-me à solidão de meus proveitos  imediatos. Por isso reduzo a outra pessoa a mera fonte de satisfações para mim. Essa redução desconside-rada é violenta e sádica. Posso jurar amor eterno, mas serão palavras vãs, pois o que aqui entendo por amor é simplesmente interesse de saciar minha avidez erótica.
É muito conveniente distinguir nitidamente nossos dois planos: o corpóreo e o espiritual, o que é passível de ser manejado e o que requer respeito. Quando uma pessoa acaricia a outra, põe seu corpo em primeiro plano, concede-lhe uma atenção especial. Sempre que umas pessoas se relacionam com outras, seu corpo assume certo papel na medida em que lhes permite falar, ouvir, ver... Se não se trata de uma comunicação afetiva, o corpo exerce a função de trampolim para passar ao mundo das significações que se querem transmitir. Falamos durante horas sobre uma  coisa e outra, e ao final lembramos perfeitamente o que dissemos, a atitude que tomamos, os fins que perseguimos, mas possivelmente não sabemos de que cor são os olhos do nosso interlocutor. Estivemos juntos, mas não detivemos nossa atenção na vertente corpórea. Não acontece assim nos momentos de trato amoroso. Nestes, o corpo da pessoa amada adquire uma densidade peculiar e prende a atenção daqueles que manifestam seu amor. O amante volta-se de modo intenso para o corpo da amada. Vê-se nele a expressão sensível do ser amado e toma seu gesto de ternura como um ato no qual está incrementando seu amor à pessoa, seu modo de acariciar terá um caráter pessoal. Em tal caso, o corpo acariciado adquire honras de protagonista, mas não exclui a pessoa, antes a torna presente de modo tangível e valioso. A carícia pessoal não se limita ao corpo, se estende à pessoa. Quando duas pessoas se abraçam, seus corpos entrelaçados assumem um papel de destaque, mas não constituem a meta da atenção; são o meio de expressão do afeto mútuo. A pessoa, em tal abraço, não fica relegada a um segundo plano. É, pelo contrário, realçada. Porém, se a atenção se detém no corpo acariciado, simplesmente pela atração sensorial que tal gesto implica, o corpo invade todo o campo da pessoa. Esta é vista como objeto, realidade de que se pode dispor, manejar, possuir, desfrutar... Ora, um objeto não pode ser amado, mas somente apetecido. Daí o caráter triste da expressão "mulher-objeto" aplicada a certas figuras femininas exibidas como objeto de contemplação em alguns espetáculos ou tomadas como objeto de posse no dia-a-dia.   
O amor erótico dos sedutores do tipo Dom Juan é possessivo, e na mesma medida une-se ao engodo e à violência. Dom Juan, o "Burlador de Sevilha" - segundo a perspicaz formulação de Tirso de Molina -, se comprazia em burlar as vítimas de seus enganos e resolver as situações comprometedoras com o manejo eficaz da espada. Esta violência inata, muitas vezes encoberta, do amor erótico explica como se pode passar sem solução de continuidade de situações de máxima "ternura" aparente a outras de extrema violência. Na realidade, aí não há ternura, mas sim redução de uma pessoa a objeto. A violência de tal redução não fica menor ao afirmar que se trata de um objeto adorável, fascinante. Estes adjetivos não retiram do substantivo "objeto" o que ele tem de injusto, de não ajustado à realidade. Rebaixar uma pessoa do nível que lhe corresponde é uma forma de manipulação agressiva que gera os diferentes modos de violência que a sociedade atual registra. A principal tarefa dos manipuladores consiste em ocultar a violência sob o véu sedutor do fomento das liberdades.
Na origem da cultura ocidental, Platão entendeu por "eros" a força misteriosa que eleva o homem a regiões cada vez mais altas de beleza, bondade e perfeição. Atualmente, se entende por "erotismo" o manejo desenfreado das forças sexuais, sem outro critério e norma que o da própria satisfação imediata. Obviamente, este encerramento no plano do proveito  imediato indica uma regressão cultural.

2. Quem manipula?
Manipula aquele que quer vencer-nos sem convencer-nos, seduzir-nos para que aceitemos o que nos oferece sem dar-nos razões. O manipulador não fala à nossa inteligência, não respeita nossa liberdade; atua astutamente sobre nossos centros de decisão a fim de arrastar-nos a tomar as decisões que favorecem seus propósitos.
Em um comercial de televisão apresentou-se um carro luxuoso. Em seguida, no lado oposto da tela, apareceu a figura de uma belíssima jovem. Não disse uma só palavra, não fez o menor gesto; simplesmente mostrou sua encantadora imagem. Imediatamente o carro começou a andar por paisagens exóticas, e uma voz nos sussurrou amavelmente ao ouvido: "Deixe rolar  todo tipo de sensações!". Nesse anúncio não se dá razão alguma para se escolher esse carro em vez de outro. Sua imagem articula-se com realidades atrativas para milhões de pessoas e envolve todas no halo de uma frase impregnada de aderências sentimentais. Desse modo, o carro fica aureolado de prestígio. Quando você for à concessionária, você se sentirá inclinado a escolher este carro. E o carro você leva, mas não a mulher. Na verdade, ninguém tinha prometido que, se você comprasse o carro, teria a possibilidade de acesso à mulher, o que teria sido um modo de dirigir-se à sua inteligência. Limitaram-se a influir sobre sua vontade de forma tortuosa, astuta. Não lhe enganaram; lhe manipularam, que é uma forma sutil de engano. Estimularam teu apetite com sensações gratificantes a fim de orientar tua vontade para a compra deste produto, não para satisfazer ou ajudar a desenvolver tua personalidade. Você foi  reduzido a mero cliente. Essa forma de reducionismo é a quintessência da manipulação.  
Este tipo de manipulação comercial costuma acompanhar outra muito mais perigosa ainda: a manipulação ideológica, que impõe idéias e atitudes de forma oculta, graças à força de arrasto de certos recursos estratégicos. Assim, a propaganda comercial difunde, muitas vezes, a atitude consumista e a faz valer sob o pretexto de que o uso de tais e quais artefatos é sinal de alta posição social e de progresso. Um anúncio de um carro luxuoso dizia: "O carro dos vencedores. Você que é um vencedor deve usar este carro, que vence na estrada. Carro tal: o vitorioso!"
Quando se quer impor atitudes e idéias referentes a questões básicas da existência - a política, a economia, a ética, a religião...-, a manipulação ideológica torna-se extremamente perigosa. Atualmente, muitas vezes se entende por "ideologia" um sistema de idéias esclerosadas, rígido, que não suscita adesões por carecer de vigência e, portanto, de força persuasiva. Se um grupo social assume radicalmente este sistema como programa de ação e quer impô-lo, só dispõe de dois recursos: 1. A violência, que se encaminha para a tirania, 2. A astúcia e recorre à manipulação. As formas de manipulação praticadas por razões "ideológicas" costumam mostrar um notável refinamento, já que são programadas por profissionais de estratégia

3. Para que se manipula?
A manipulação corresponde, em geral, à vontade de dominar pessoas e grupos em algum aspecto da vida e dirigir sua conduta. A manipulação comercial quer converter-nos em clientes, com o simples objetivo de que adquiramos um determinado produto, compremos entradas para certos espetáculos, nos associemos ao clube tal... O manipulador ideólogo pretende modelar o espírito de pessoas e povos a fim de adquirir domínio sobre eles de forma rápida, contundente, massiva e fácil. Como é possível dominar um povo desta forma? Reduzindo-o de comunidade a massa.
As pessoas, quando têm idéias valiosas, convicções éticas sólidas, vontade de desenvolver todas as possibilidades de seu ser, tendem a unir-se solidariamente e estruturar-se em comunidades. Devido à sua coesão interna, uma estrutura comunitária torna-se inexpugnável. Pode ser destruída de fora com meios violentos, mas não dominada interiormente por meio de assédio espiritual. Se as pessoas que integram uma comunidade perdem a capacidade criadora e não se unem entre si com vínculos firmes e fecundos, deixam de integrar-se numa autêntica comunidade; dão lugar a um punhado amorfo de meros indivíduos: uma massa. O conceito de massa é qualitativo, não quantitativo. Um milhão de pessoas que se manifestam numa praça com um sentido bem definido e ponderado não constituem uma massa, mas sim uma comunidade, um povo. Duas pessoas, um homem e uma mulher, que compartilham a vida numa casa mas não se encontram devidamente unidas formam uma massa. A massa se compõe de seres que agem entre si como se fossem objetos, através de justaposição e choque. A comunidade é formada por pessoas que unem seus âmbitos de vida para dar lugar a novos âmbitos e enriquecer-se mutuamente.
Ao carecer de coesão interna, a massa é facilmente dominável e manipulável pelos sequiosos do poder. Isso explica que a primeira preocupação de todo tirano -tanto nas ditaduras como nas democracias, já que em ambos os sistemas políticos existem pessoas desejosas de vencer sem necessidade de convencer- seja a de privar as pessoas, na maior medida possível, da capacidade criadora. Tal despojamento se leva a cabo mediante as táticas de persuasão dolosa que a manipulação mobiliza. 
   
4. Como se manipula?
Numa democracia as coisas não são fáceis para o tirano. Ele quer dominar o povo, e deve faze-lo de forma dolosa para que o povo não perceba, pois, numa democracia, o que os governantes prometem é, antes de tudo, liberdade. Nas ditaduras se promete eficácia à custa das liberdades. Nas democracias se prometem níveis nunca alcançados de liberdade ainda que à custa da eficácia. Que meios um tirano tem à sua disposição para submeter o povo enquanto o convence de que é mais livre do que nunca?
Esse meio é a linguagem. A linguagem é o maior dom que o homem possui, mas também, o mais arriscado. É ambivalente: a linguagem pode ser terna ou cruel, amável ou displicente, difusora da verdade ou propagadora da mentira. A linguagem oferece possibilidades para, em comum, descobrir a verdade, e proporciona recursos para tergiversar as coisas e semear a confusão. Basta conhecer tais recursos e manejá-los habilmente, e uma pessoa pouco preparada mas astuta pode dominar facilmente as pessoas e povos inteiros se estes não estiverem de sobreaviso. Para compreender o poder sedutor da linguagem manipuladora, devemos estudar quatro pontos: os termos, o esquemas, as propostas e os procedimentos.
A) Os termos
A linguagem cria palavras, e em cada época da história algumas delas adquirem um prestígio especial de forma que ninguém ousa questioná-la. São palavras "talismã" que parecem condensar em si tudo que há de excelente na vida humana.
A palavra talismã de nossa época é liberdade. Uma palavra talismã tem o poder de prestigiar as palavras que dela se aproximam e desprestigiar as que se opõem ou parecem opor-se a ela. Hoje aceita-se como óbvio -o manipulador nunca demonstra nada, assume como evidente o que lhe convém- que a censura -todo tipo de censura - sempre se opõe à liberdade. Conseqüentemente, a palavra censura está atualmente desprestigiada. Já as palavras independência, autonomia, democracia, co-gestão estão unidas com a palavra liberdade e convertem-se, por isso, numa espécie de termos talismã por aderência
O manipulador dos termos talismã, sabe que, ao introduzi-los num discurso, o povo fica intimidado, não exerce seu poder crítico, aceita ingenuamente o que lhe é proposto. Quando, em certo país europeu, realizou-se uma campanha a favor da introdução da lei do aborto, o ministro responsável de tal lei tentou justificar-se com o seguinte raciocínio: "A mulher tem um corpo e é necessário dar à mulher liberdade para dispor desse corpo e de tudo que nele acontece". A afirmação de que "a mulher tem um corpo" é desmontada pela melhor filosofia desde há quase um século. Nem a mulher nem o homem temos corpo; somos corpóreos. Há um abismo enorme entre estas duas expressões. O verbo ter é adequado quando se refere a realidades possuíveis ou seja: objetos. Mas o corpo humano, o da mulher e o do homem, não é algo possuível, algo do qual possamos dispor, é uma vertente de nosso ser pessoal, como o é o espírito. Estendo a mão para cumprimentar e você sente a vibração do meu afeto pessoal. É toda minha pessoa que sai ao seu encontro. O fato de que meu ser pessoal inteiro vibre na palma de minha mão põe em evidência que o corpo não é um objeto. Não há objeto, por excelente que seja, que tenha esse poder. O ministro intuiu sem dúvida que a frase "a mulher tem um corpo" é muito frágil, não se sustenta no estado atual da pesquisa filosófica e, para dar força a seu argumento, introduziu imediatamente o termo talismã liberdade: "A mulher te um corpo e é necessário dar à mulher liberdade para dispor desse corpo...". Ele sabia que, com a mera utilização desse termo supervalorizado no momento atual, milhões de pessoas iam encolher-se timidamente: "É melhor não contestar essa sentença porque o que está em jogo é a liberdade e serei tachado de anti-democrata, de fascista, de radical". E assim efetivamente aconteceu.   
Se queremos ser interiormente livres de verdade, devemos perder o medo da linguagem do manipulador e matizar o sentido das palavras. O ministro não indicou a que tipo de liberdade se referia, porque o primeiro mandamento do demagogo é não matizar a linguagem. De fato, ele aludia à liberdade, à "liberdade de manobra", à liberdade -neste caso- de cada um manobrar, segundo seu capricho, a vida nascente: respeitá-la ou eliminá-la. A "liberdade de manobra" não é propriamente uma forma de liberdade; é antes uma condição para ser livre. Alguém começa a ser livre quando, podendo escolher entre diversas possibilidades, -liberdade de manobra- opta por aquelas que lhe permitem desenvolver sua personalidade de modo completo -liberdade criativa-. Mas uma pessoa que utilize essa liberdade de manobra contra a semente da vida, que corre aceleradamente até a plena constituição de um ser humano, estará se orientando para a plenitude de seu ser pessoal? Viver pessoalmente é viver fundando relações comunitárias, criando vínculos. Aquele que rompe vínculos fecundíssimos com a vida que nasce destrói na raiz seu poder criador e, portanto, bloqueia seu desenvolvimento como pessoa.   
Tudo isto se vê claramente quando se reflete. Mas o demagogo, o tirano, o que deseja conquistar o poder pela via rápida da manipulação, age com extrema rapidez para não dar tempo de pensar e submeter à reflexão pausada cada um dos temas. Com isso não se detém nunca para matizar os conceitos e justificar o que afirma; como se houvesse um grande consenso expõe com termos ambíguos, imprecisos. Isso lhe permite a cada momento destacar dos conceitos o aspecto que interessa a seus fins. Quando realça um aspecto, o faz como se fosse o único, como se todo o alcance de um conceito se limitasse a essa vertente. Dessa forma evita que as pessoas a quem se dirige tenham elementos de juízo suficientes para esclarecer as  questões por si mesmas e fazerem uma idéia serena e bem ponderada dos problemas tratados. Ao não poder aprofundar-se numa questão, o homem está predisposto a deixar-se arrastar. É uma árvore sem raízes que qualquer vento leva, principalmente  se este sopra a favor das próprias tendências elementares. Para facilitar seu trabalho de arraste e sedução, o manipulador afaga as tendências inatas das pessoas e se esforça em obstruir seu sentido crítico
Toda forma de manipulação é uma espécie de malabarismo intelectual. Um mágico, um ilusionista faz truques surpreendentes que parecem "mágica" porque realiza movimentos muito rápidos que o público não percebe. O demagogo procede, desse mesmo modo, com estudada precipitação, a fim de que as multidões não percebam seus truques intelectuais e aceitem como possíveis as escamoteações mais inverossímeis de conceitos. Um manipulador proclama, por exemplo, às pessoas que "lhes devolveu as liberdades", mas não se detém para precisar a que tipo de liberdades se refere: se são as liberdades de manobra que podem levar a experiências de fascinação -que precipitam o homem na asfixia- ou a liberdade para serem criativos e realizar experiências de encontro, que leva ao pleno desenvolvimento da personalidade. Basta pedir a um demagogo que matize um conceito para desvirtuar suas artes hipnóticas.
Na verdade, Ortega y Gasset tinha razão ao advertir: "Cuidado com os termos, que são os déspotas mais duros que a humanidade padece!". Um estudo, por sumário que seja, da linguagem nos revela que "na história as palavras são freqüentemente mais poderosas que as coisas e os fatos". (M. Heidegger.
B) Os esquemas mentais
Do mau uso dos termos decorre uma interpretação errônea dos esquemas que articulam nossa vida mental. Quando pensamos, falamos e escrevemos, estamos sendo guiados por certos pares de termos: liberdade-norma, dentro-fora, autonomia-heteronomia... Se pensamos que estes esquemas são dilemas, de forma que devamos escolher entre um ou outro dos termos que os constituem, não poderemos realizar nenhuma atividade criativa na vida. A criatividade é sempre dual. Se penso que o que está fora de mim é diferente, distante, externo e estranho a mim, não posso colaborar com aquilo que me rodeia e anulo minha capacidade criativa em todos os níveis.
Um dia uma aluna disse em classe o seguinte: "Na vida temos que escolher: ou somos livres ou aceitamos normas; ou agimos conforme o que nos vem de dentro ou conforme o que nos vem imposto de fora. Como eu quero ser livre, deixo de lado as normas". Esta jovem entendia o esquema liberdade-norma como um dilema. E assim, para ser autêntica, para agir com liberdade interior se sentia obrigada a prescindir de tudo o que lhe tinham dito de fora sobre normas morais, dogmas religiosos, práticas piedosas, etc. Com isso se afastava da moral e da religião que lhe foi dada e -o que é ainda mais grave- tornava impossível toda atividade verdadeiramente criativa.
Aqui está o temível poder dos esquemas mentais. Se um manipulador lhe sugere que para ser autônomo em seu agir você deve deixar de ser heterônomo e não aceitar nenhuma norma de conduta que lhe seja proposta do exterior, diga-lhe que é verdade mas só em um caso: quando agimos de modo passivo, não criativo. Seus pais pedem que você faça algo, e você obedece forçado. Então você não age autonomamente. Mas suponhamos que você percebe o valor do que foi sugerido e o assume como próprio. Esse seu agir é ao mesmo tempo autônomo e heterônimo, porque é criativo.
Quando era criança, minha mãe me dizia: "Pega esse sanduíche e dá ao pobre que tocou a campainha". Eu resistia porque era um senhor de barba comprida e me dava medo. Minha mãe insistia: "Não é um bandido; é um necessitado. Vai lá e dá para ele". Minha mãe queria que eu me iniciasse no campo de irradiação do valor da piedade. O valor da piedade me vinha sugerido de fora, mas não imposto. Ao reagir positivamente ante esta sugestão de minha mãe fui, pouco a pouco, assumindo o valor da piedade, até que se converteu numa voz interior. Com isso, este valor deixou de estar fora de mim para converter-se no impulso interno do meu agir. Nisto consiste o processo de formação. O educador não penetra na área de imantação dos grandes valores, e nós os vamos assumindo como algo próprio, como o mais profundo e valioso de nosso ser.
Agora vemos com clareza a importância decisiva dos esquemas mentais. Um especialista em revoluções e conquista de poder, Stalin, afirmou o seguinte: "De todos os monopólios de que desfruta o Estado, nenhum será tão crucial como seu monopólio sobre a definição das palavras. A arma essencial para o controle político será o dicionário". Nada mais certo, desde que vejamos os termos dentro do quadro dinâmico dos esquemas, que são o contexto em que desempenham seu papel expressivo.
C) As abordagens (planteamientos) estratégicas
Com os termos da linguagem se propõem (plantean) as grandes questões da vida. Devemos ter o máximo cuidado com o que se propõe (planteamientos). Se você aceita uma proposta (planteamiento), vai ter que ir para onde o levem. Desde a infância deveríamos estar acostumados a discernir quando uma proposta (planteamiento) é autêntica e quando é falsa. Nos últimos tempos as coisas estão mal colocadas (planteadas), com a finalidade estratégica de dominar o povo, temas tão graves como o divórcio, o aborto, o amor humano, a eutanásia... Quase sempre são abordados (plantean) de forma sentimental, como se apenas se tratasse de resolver problemas agudos de certas pessoas. Para comover o povo, apresentam-se cifras  exageradas de matrimônios dissolvidos, de abortos clandestinos, realizados em condições desumanas... Tais cifras são um ardil do manipulador. O Dr. B. Nathanson, diretor da maior clínica abortista dos EUA, manifestou que foi ele e sua equipe que inventaram a cifra de 800.000 abortos por ano em seu país. E ficavam surpresos ao ver que a opinião pública engolia o dado e o propagava com total ingenuidade. Hoje, convertido à defesa da vida, sente vergonha de tal fraude e recomenda vivamente que não se aceitem as cifras apresentadas para apoiar certas campanhas.
D) Os procedimentos estratégicos
Há diversos meios para dominar o povo sem que este repare. Vejamos um exemplo; nele eu não minto mas manipulo. Três pessoas falam mal de uma Quarta, e eu conto a esta exatamente o que me disseram, mas altero um pouco a linguagem. Em vez de dizer que tais pessoas concretas disseram isso, digo que é o pessoal que anda falando. Passo do particular ao coletivo. Com isso não só infundo medo a essa pessoa mas também angústia, que é um sentimento muito mais difuso e penoso. O medo é um temor ante algo adverso que nos enfrenta  de maneira aberta e nos permite tomar medidas. A angústia é um medo envolvente. Você não sabe a que recorrer. Onde está "o pessoal" que te atacou com maledicências? "O pessoal" é uma realidade anônima, envolvente, como neblina que nos envolve. Sentimo-nos angustiados. 
Tal angústia é provocada pelo fenômeno sociológico do boato, que parece ser tão poderoso quanto covarde devido a seu anonimato. "Andam dizendo tal ministro praticou um desvio de verbas". Mas quem anda dizendo? "O pessoal, ou seja, ninguém em concreto e potencialmente todos".
Outra forma tortuosa, sinuosa, sub-reptícia, de vencer o povo sem preocupar-se em convencê-lo é a de repetir uma e outra vez, através dos meios de comunicação, idéias ou imagens carregadas de intenção ideológica. Não se entra em questões, não se demonstra nada, não se vai ao fundo dos problemas. Simplesmente lançam-se chavões, fazem-se afirmações contundentes, propagam-se slogans na forma de senten-ças carregadas de sabedoria. Este bombardeio diário modela a opinião pública, porque as pessoas acabam tomando o que se afirma como o que todos pensam, como aquilo de que todos falam, como o que se usa, o atual, o normal, o que faz norma e se impõe.
Atualmente, a força do número é determinante, já que o que é decisivo depende do número de votos. O número é algo quantitativo, não qualitativo. Daí a tendência a igualar todos os cidadãos, para que ninguém tenha poder de direção de ordem espiritual e a opinião pública possa ser modelada impunemente por quem domina os meios de comunicação. Uma das metas do demagogo é anular, de uma forma ou outra, aqueles que podem descobrir suas trapaças, seus truques de ilusionista.
A redundância desinformativa tem um poder insuspeitável de criar opinião, fazer ambiente, estabelecer  um clima propício a toda classe de erros. Basta criar um clima de superficialidade no tratamento dos temas básicos da vida para tornar possível a difusão de todo tipo de falsidades. Segundo Anatole France, "uma tolice repetida por muitas bocas não deixa de ser uma tolice". Certamente, mil mentiras não fazem uma só verdade. Mas uma mentira ou uma meia verdade repetidas por um meio poderoso de comunicação se converte em uma verdade de fato, incontrovertida; chega a construir uma "crença", no sentido orteguiano de algo intocável, de base, em que se assenta a vida intelectual do homem e que não cabe discutir sem expor-se ao risco de ser desqualificado. A propaganda manipuladora tende a formar este tipo de "crenças" com vistas a ter um controle oculto da mente, da vontade e do sentimento da maioria.
O grande teórico da comunicação MacLuhan cunhou a expressão:  "o meio é a mensagem"; não se diz algo porque seja verdade; toma-se como verdade porque se diz. A televisão, o rádio, a imprensa, os espetáculos de diversos tipos têm um imenso prestígio para quem os vê como uma realidade prestigiosa que se impõe a partir de um lugar inacessível para o cidadão comum. Aquele que está sabendo do que se passa nos bastidores tem algum poder de discernimento. Mas o grande público permanece fora dos centros que irradiam as mensagens. É insuspeitável o poder que implica a possibilidade de fazer-se presente nos cantos mais afastados e penetrar nos lares e falar ao ouvido de multidões de pessoas, sem levantar a voz, de modo sugestivo. 

Antídoto contra a manipulação
A prática da manipulação altera a saúde espiritual de pessoas e grupos. Eles possuem defesas naturais contra esse vírus invasor? É possível contar com algum antídoto contra a manipulação demagógica?
Atualmente é impossível de fato reduzir o alcance dos meios de comunicação ou submetê-los a um controle de qualidade eficaz. Não há defesa mais confiável do que a devida  preparação por parte de cada cidadão. Tal preparação inclui três pontos básicos:
1) Estar alerta, conhecer detalhadamente os ardis da manipulação.
2) Pensar com rigor, saber utilizar a linguagem com precisão, propor bem as questões, desenvolve-las com lógica, não cometer saltos no vazio. Pensar com rigor é uma arte que devemos cultivar. Aquele que pensa com rigor dificilmente é manipulável. Um povo que não cultive a arte de pensar, com a precisão devida, está à mercê dos manipuladores.
3) Viver criativamente. O que há de mais valioso na vida somente se pode aprender verdadeiramente quando se vive. Se você, por exemplo, promete criar um lar com outra pessoa e for fiel a essa promessa, vai aprendendo dia a dia que ser fiel não se reduz à capacidade de agüentar. Agüentar é para muros e colunas. O homem está chamado a algo mais alto, a ser criativo, ou seja: a ir criando em cada momento o que prometeu criar. A fidelidade tem um caráter criativo. Quando o manipulador de plantão diz a seu ouvido: "Chega de agüentar, procure satisfações fora do casamento, pois isso é que é imaginativo e criador", você saberá responder adequadamente: "Amigo, não estou para agüentar, mas para ser fiel, que é bem diferente". Você dirá isso porque saberá por dentro o que é a virtude da fidelidade e suas conseqüências.  

A mobilização de um contra-antídoto: a confusão da vertigem com êxtase
Se tomamos estas três medidas, seremos livres apesar da manipulação. Mas aqui surge um grave perigo: quem deseja dominar-nos está pondo em jogo um contra-antídoto, que consiste em confundir dois grandes processos de nossa vida: o da vertigem e o do êxtase. Se caímos nesta armadilha, perderemos definitivamente a liberdade.
A vertigem é um processo espiritual que começa com a adoção de uma atitude egoísta. Se sou egoísta na vida, tendo a considerar-me como o centro do universo e a tomar tudo o que me rodeia como meio para meus fins. Quando me encontro com uma realidade -por exemplo, uma pessoa- que me atrai porque pode saciar meus apetites, me deixarei fascinar por ela. Deixar-se fascinar por uma pessoa significa deixar-se arrastar pela vontade de dominá-la para pô-la a meu serviço. Quando estou a caminho de dominar aquilo que inflama meus instintos, sinto euforia, exaltação interior. Parece que estou para obter uma rápida e comovedora plenitude pessoal. Mas essa comoção eufórica degenera imediatamente em decepção, porque, ao tomar uma realidade como objeto de domínio, não posso encontrar-me com ela, e não me desenvolvo como pessoa. Lembremos que o homem é um ser que se constitui e desenvolve através do encontro. Essa decepção profunda me produz tristeza. A tristeza sempre acompanha a consciência de não estar a caminho do desenvolvimento como pessoa. Essa tristeza, quando se repete uma e outra vez, se torna envolvente, asfixiante, angustiante. Vejo-me esvaziado de tudo o que necessito para ser plenamente homem. Ao vislumbrar esse vazio, sinto vertigem espiritual, angústia.
Se o sentimento de angústia é irreversível porque não sou capaz de mudar minha atitude básica de egoísmo, a angústia dá lugar ao desespero: a consciência lúcida e amarga de que tenho todas as saídas fechadas para minha realização pessoal.
Um jovem estudante um dia se esforçou em convencer uma amiga viciada em drogas  de que ela estava se destruindo. Ela o interrompeu e disse com desalento: "Não perca seu tempo. Sei perfeitamente que estou à beira do abismo. O que acontece é que não posso voltar atrás, o que é muito diferente". Esta consciência de não ter saída é o desespero. O desespero leva rapidamente à destruição, própria ou alheia, física ou moral. (Digamos entre parêntesis que este processo se refere àqueles que em perfeito estado de saúde se entregam ao afã de possuir o que deslumbra os próprios apetites, não àqueles que sofrem algum tipo de depressão por motivos fisiológicos).
Resumindo: a vertigem não exige nada no princípio, promete tudo e tira tudo no final. A vertigem te enche de ilusões (ilusiones) e acaba convertendo-te num iludido.
Vejamos agora o processo oposto: o do êxtase ou criatividade. Se não sou egoísta, mas generoso, não reduzo o que me rodeia a meio para meus fins. Eu sou um centro de iniciativa, mas você também o é. Por isso lhe respeito como você é e no que você está chamada a ser. Este respeito me leva a colaborar com você, não a lhe dominar. Colaborar é articular minhas possibilidades com as suas. E esta articulação é o encontro. Ao encontrar-me, desenvolvo-me como pessoa e sinto alegria. Esta alegria, em seu grau máximo, se chama entusiasmo. Entusiasma-me encontrar realidades que me oferecem tantas possibilidades de agir criativamente que me elevam ao melhor de mim mesmo. Essa elevação é o êxtase. Quando me sinto próximo à realização de minha vocação mais profunda, experimento uma grande felicidade interior. Esta felicidade me leva à construção de minha personalidade, da minha e as daqueles que se encontram comigo. Aqui está um dado decisivo: No processo de êxtase o encontro cria vida de comunidade. O processo de vertigem a destrói.
O êxtase é um processo espiritual que ao princípio exige de você por inteiro, lhe promete tudo e ao final lhe dá tudo. O que é que exige no princípio? Generosidade. Você não encontrará nem uma só ação que seja criativa no esporte, na vida de relação, na vida estética ou religiosa que não tenha em sua base alguma dose de generosidade. Se você for egoísta ao praticar esporte, você reduzirá o jogo a mera competição, que é uma das formas de vertigem da ambição. Você vai tomar os companheiros de jogo como meios para seus fins. Você não construirá unidade mas dissensão, e vai gerar violência. 
Ficam claras as conseqüências da vertigem e do êxtase:
·                     A vertigem anula pouco a pouco a criatividade humana -porque impossibilita o encontro, e toda forma de criatividade ocorre no homem através da construção de diversos modos de encontro-, diminui ao máximo a sensibilidade para os grandes valores, torna impossível a construção de formas elevadas de unidade.
·                     O êxtase, ao contrário, incrementa a criatividade, a sensibilidade para os grandes valores, a capacidade de unir-se de forma sólida e fecunda com as realidades ao redor.
Agora podemos responder lucidamente à pergunta que deixamos pendente. Dizíamos que o tirano domina os povos reduzindo as comunidades a meras massas. Faz isso minando a capacidade criadora de cada uma das pessoas que constituem tais comunidades. Este empobrecimento das pessoas se consegue orientando-as para diversas formas de vertigem não para o êxtase. Para isso o demagogo manipulador confunde ambas as formas de experiência, e diz às pessoas, sobre tudo aos jovens: "Concedo a vocês todo tipo de liberdades para realizarem experiências exaltantes de vertigem. Essa exaltação é a verdadeira forma de entusiasmo, e conduz à felicidade e à plenitude".
Se caímos nesta armadilha ardilosa, não teremos futuro como pessoas. Vertigem e êxtase são polarmente opostos em sua origem -que é a atitude de egoísmo, por um lado, e a de generosidade, por outro- e são diferentes em seus fins: A vertigem tende ao ideal de dominar e  desfrutar; o êxtase se orienta para o ideal da unidade e solidariedade. Confundir ambas as experiências significa projetar o prestígio secular das experiências que os gregos denominavam êxtase -elevação ao que há de melhor em si mesmo- sobre as experiências de vertigem e dar uma justificação aparente às práticas que conduzem o homem a formas de exaltação aniquiladora.
Nossa vontade de sobrevivência como seres pessoais nos leva a perguntar se há um antídoto contra a confusão entre vertigem e êxtase. Afortunadamente, há, e se baseia na convicção de que o ideal é que decide tudo em nossa vida. Somo seres dinâmicos, devemos configurar nossa vida de acordo com um ideal; temos liberdade para assumir um ideal ou outro como meta da existência, impulso e sentido de nosso agir, mas não podemos evitar que o ideal do egoísmo e de domínio nos exalte primeiro e nos destrua ao final, e que o ideal da generosidade e de unidade nos exija no princípio um grande desprendimento e nos dê a plenitude no final. O fato de orientar a vida para este ideal plenificante nos impulsiona a escolher em cada momento o que é mais adequado para nosso verdadeiro ser. Esta liberdade interior nos imuniza em boa medida contra a manipulação.

A configuração de um Novo Humanismo
Uma vez que recuperemos a linguagem seqüestrada pelos manipuladores e ganhemos liberdade interior, podemos abordar com garantia de êxito a grande tarefa que a humanidade atual tem diante de si: dar vida a uma nova forma que assuma as melhores realizações da Idade Moderna e supere suas deficiências, as que provocaram duas hecatombes mundiais. Esta tarefa, que em linguagem religiosa está sendo chamado de "re-evangelização", somente poderá levar-se a cabo se formos à raiz de nosso agir. A raiz é o ideal que nos move.
Desde o período de entre-guerras pede-se na Europa uma mudança no estilo de pensar, de sentir e agir. Essa mudança não se realizou, Daí o desconcerto e a apatia da sociedade contemporânea. É hora de abandonar a indecisão e lançar as bases de uma concepção de vida ponderada, mais ajustada à verdadeira condição do ser humano. Isso requer ter a valentia de optar pelo ideal da generosidade, da unidade, da solidariedade. Esse ideal -e a cultura  correspondente- tem uma antiga e prestigiosa tradição na Europa, mas, diante de épocas anteriores à nossa, apresenta-se a nós como uma novidade. Se o assumimos com garra, sem restrição alguma, veremos nossa vida cheia de alegria, pois, como bem dizia o grande Bergson, "a alegria anuncia sempre que a vida triunfou". E não há maior triunfo que o de criar modos autênticos de união pessoal.
Levar a cabo esta tarefa criativa na sociedade atual depende em boa medida dos meios de comunicação. Um dia e outro, com o poder de persuasão exercido pela insistência, os meios abrem ante o homem atual duas vias opostas: a via da criatividade e a edificação cabal da personalidade, e a via da fascinação e o desmoronamento da vida pessoal. Quando se fala de manipulação, se alude a uma forma de abuso dos meios de comunicação que tendem a encaminhar as pessoas por uma via destrutiva.
Cabe, no entanto, outra forma de uso que assuma todas as possibilidades de tais meios e lhes confira uma profunda nobreza e uma grande fecundidade. Somente quando as pessoas se orientem por esta via terão garantido sua liberdade no seio dos regimes democráticos, que -é bom lembrar- não geram liberdade interior automaticamente.