Um dos 12 apóstolos de Jesus Cristo, nascido em Kerioth, localidade da Judéia, foi o
que traiu Cristo e cuja traição deu origem a expressão beijo de Judas que passou a significar a
traição. Único que não era galileu, era filho de Simão de Queriote (Jo 6, 71; 13, 26), sendo seu
nome uma helenização do nome hebraico Judá. Por isso alguns estudiosos entendem que o nome Judas foi diabolizado no
Novo Testamento, com a intenção de agredir o povo judeu, como sendo
responsáveis morais pela morte de Cristo. Durante muito tempo, a Igreja Católica associou
a sua figura ao povo judeu por não terem aceitado Cristo como o prometido Messias e esta convicção tornou-se uma
das justificativas antissemitistas. Segundo as tradições foi um dos primeiros a
juntar-se a Cristo e provavelmente por isso e por
ser um dos poucos instruídos, tomou-se o tesoureiro dos Apóstolos, ou seja, foi
designado para cuidar do dinheiro comum. Por causa de seu amor ao dinheiro,
também foi enganado pelos sacerdotes que o induziram a mostrar onde estava Jesus a troco de 30 moedas de prata,
que naquele tempo correspondia ao preço de um escravo, prometendo que só o
prenderiam durante as festividades da Páscoa
Judaica. Depois
da última ceia, Jesus foi orar com os apóstolos no
jardim de Getsêmani. Aproximava-se da meia-noite, quando por entre os arvoredos
do Getsêmani, ele chegou acompanhado por um destacamento da guarda romana e
grande multidão de pessoas, com espadas, paus, lanternas e archotes, vindos por
ordem do Sumo Sacerdote José Ben Caifás, para prender Jesus. O traidor conhecia muito bem
os lugares onde O Salvador gostava de ficar e foi fácil
localizá-lo. Conforme o combinado, em troca de trinta moedas de prata,
identificou-o para os soldados romanos, beijando-o e chamando-o de mestre.
Imediatamente preso os soldados levaram Jesus para a casa de Caifás, onde também se
encontrava Anás, seu sogro e
diversos outros sacerdotes. Lá mesmo, improvisaram uma sessão extraordinária do
Conselho, o que habitualmente era realizado pela manhã no Templo, com a
presença de todos os membros. Conta Mateus (27:3-10), que ele se
arrependeu amargamente depois que viu a crucificação de Jesus, jogou as 30
moedas aos pés dos sacerdotes e em seguida, dominado pelo remorso, suicidou-se
enforcando-se numa figueira. Também segundo a tradição, os sacerdotes pegaram o
dinheiro e compraram um terreno para servir de cemitério aos estrangeiros,
sendo posteriormente chamado de Campo do Sangue. No folclore brasileiro é tradição a malhação de Judas no sábado de aleluia: um boneco de
palha, é enforcado em um poste ou galhos de árvores e depois de derrubado a
tiros é estraçalhado ou queimado pelo povo.
Figura
copiada do blogspot UBANDA: O REINO DA PAZ:
Fonte:dec.ufcg.edu.br
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