quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Carnaval de 2014 será em março


Brasília - Que folião nunca experimentou um clima de melancolia após o fim do carnaval? Os mais ansiosos já começam a lamentar o tempo que falta para que o feriado mais aguardado do calendário se repita outra vez.
A má notícia é que falta mais de um ano para que os confetes novamente coloram as ruas do país. A próxima terça-feira de carnaval acontecerá apenas em 4 de março de 2014. A data tem origem católica e é flutuante pois é calculada de acordo com a Páscoa, quando se celebra a ressurreição de Jesus Cristo.


Com base em relatos bíblicos e históricos, os católicos acreditam que a ressurreição de Jesus Cristo ocorreu em um dia de lua cheia, próximo ao equinócio da primavera no hemisfério norte (que corresponde ao equinócio de outono no hemisfério sul).
No ano 325, a Igreja Católica realizou o Concílio de Niceia e decidiu que a Páscoa seria celebrada sempre no domingo subsequente ao surgimento da primeira lua cheia após o equinócio da primavera. Com a adoção do calendário gregoriano, a data acontece entre os dias 22 de março e 25 de abril.
A terça-feira de carnaval, por sua vez, acontece 47 dias antes do domingo de Páscoa. Por isso, sempre será entre 4 de fevereiro e 9 de março. A data também tem origem religiosa: a expressão em latim carne vale significa "adeus carne". Na tradição católica, a terça-feira de carnaval é o último dia onde se permite o consumo de carne. Na quarta-feira de cinzas, tem início o jejum da quaresma.
Parte inferior do formulário
Nessa contagem, o período de quaresma não dura somente 40 dias, como é comum acreditar. São 40 dias entre a quarta-feira de cinzas e o domingo de Ramos, que dá início à Semana Santa. Mas para a Igreja Católica, o jejum da quaresma deve ser realizado até o fim do domingo de Páscoa, totalizando 47 dias.
Feriado
Embora o comércio tenha o hábito de fechar as portas do sábado que antecede a terça de carnaval até o meio-dia da quarta-feira de cinzas, não existe nenhuma lei federal que institui as datas como feriados nacionais.
Alguns municípios e estados possuem uma legislação própria para a questão. No Rio de Janeiro, a lei estadual 5243/2008 definiu a terça-feira de carnaval como feriado. Também existem capitais que transformaram a data em feriado municipal, como Belo Horizonte (MG) e Curitiba (PR).

Onde não existe lei sobre o tema, muitas empresas tradicionalmente fazem a opção de conceder folga aos empregados. A prática, porém, não é uma obrigação e precisa ser negociada. Em alguns casos, são realizados acordos individuais ou coletivos para compensação desses dias.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Sobre o socialismo


Se é um bom sistema político deveria ter várias Nações ou pelo menos um, que lhes sirvam de modelos ? Embora prometesse a prosperidade, a igualdade e a segurança, só proporcionou pobreza, miséria e tirania.
O grande problema do socialismo é que miguem comungar com a mesma ideia e como é um sistema que abranger a todos consequentemente tem que ter apoio de todos, como isto não é possível a única maneira de sair do papel é na base da força, pois nada neste mundo tem maioria absoluta,tem que fazer o povo engolir a ideia...Outro fato que dificultava seu funcionamento é que ninguém gosta de parasita, pois segundo Karl Marx definiu o "socialismo" como uma fase de transição entre o capitalismo e o comunismo, ou seja vivem em associação com outros dos quais retiram os meios para a sua sobrevivência, normalmente prejudicando o organismo hospedeiro.
É tão bom na teoria pois na pratica nem eles mesmo querem! Seus militantes em sua maioria vivem no estilo capitalista: Possuem bens privadas como carros, casas, apartamentos algo que vai contra os princípios socialista pois não existe propriedade privada qualquer que seja. O correto seria moradias com cortiços, usa transportes públicos como ônibus e metrôs(vale salienta que existe em todo lugar na face da terra, por que não usam?) É o pior de tudo usam e enaltecer o símbolo máximo do capitalismo que é o consumismo. Possuem roupas e sapatos de marcas, compram computadores, notebook, celulares de ultimas gerações, tablete entre outro aparatos tecnológicos de ultima geração individualista e privados.Os avanços tecnológicos e científicos não estariam tão avançados como são hoje!
Todos que defender o socialismo são hipócrita usam a teoria de Karl Max para sobreviverem, pois é impossível do socialismo existir, a ideia de não ter expectativa de melhor de vida de acordo seu esforço , o homem seria acomodados pois receberia qualquer jeito o valor de seu dinheiro com esforço ou não. Os índios são os povo que mais chegou próximo de uma sociedade socialista. É isto querem que vivemos como índio?
O que vocês acham?


sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Delegado indicia responsáveis pela morte de cinegrafista

Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil Edição: Fábio Massalli
O delegado Maurício Luciano, titular da 17ª Delegacia de Polícia, responsável pelas investigações sobre a morte do cinegrafista Santiago Andrade, entregou hoje (14) o inquérito ao Ministério Público (MP). O delegado indiciou os jovens Fábio Raposo e Caio Silva de Souza por homicídio com dolo eventual.
 “O dolo eventual é quando a pessoa prevê um resultado, sabe que pode causar um determinado dano, mas ainda assim concorda em acontecer o dano. Prossegue, mesmo sabendo que pode ocorrer um dano. Eles sabiam que a deflagração daquele artefato, em um local com multidão, poderia causar um resultado letal, como acabou ocorrendo. E, mesmo assim, eles assumiram o risco de produzir. No dolo eventual não se tem intenção direta de matar, mas se assume o risco de produzir isso”, explicou o titular da 17ª DP.
O delegado comentou ainda o depoimento prestado ontem (13) por Caio de Souza, no presídio, sem a presença de um advogado. “Ele não foi pressionado. Pediu para falar. Talvez ele tenha querido falar longe do advogado”, sustentou.
Luciano entregou o inquérito, com 175 páginas, à promotora Vera Regina de Almeida, da 8ª Promotoria de Investigação Penal. O delegado chegou ao MP às 15h e deixou o prédio pouco antes das 17h.

A promotora que recebeu o inquérito tem prazo de cinco dias úteis para oferecer a denúncia à Justiça ou pedir novas diligências ao delegado.

Governo vai propor projeto para regulamentar manifestações e inibir violência


Paulo Victor Chagas – Repórter da Agência Brasil Edição: Nádia Franco
O governo vai encaminhar nos próximos dias ao Congresso Nacional um projeto para regulamentar manifestações populares. Segundo o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, o objetivo da medida é garantir a segurança dos manifestantes e dos jornalistas que cobrem os protestos e impedir atos “inaceitáveis” de vandalismo.

“A ideia é fazer uma uma lei equilibrada, sem excessos, afirmada no contexto da democracia brasileira, que não aceita atos ilícitos, que não tolera a violência, mas que garanta a liberdade das pessoas de se manifestar independentemente do conteúdo de suas manifestações”, afirmou o ministro.
José Eduardo Cardozo pediu aos secretários de Segurança Pública dos estados que contribuam com o texto do projeto de lei, que será encaminhado aos parlamentares em regime de urgência. “A maior parte dos secretários opinou pela necessidade de uma nova lei”, disse o ministro, após se reunir com eles. De acordo com Cardozo, aqueles que atuam no campo policial serão ouvidos nos próximos dias a fim de aprimorar o texto.
A elaboração de um documento unificado que defina a atuação das polícias militares em todo o Brasil também foi tema da 53ª Reunião do Colégio Nacional de Secretários de Segurança Pública, em Aracaju. Segundo o ministro, a proposta não vai desrespeitar a autonomia de cada corporação estadual. “O que propomos é uma orientação para atuação das nossas polícias, para que a sociedade saiba como atuam as polícias, os parâmetros e limites da sua atuação”, explicou. A sugestão é trabalhada em conjunto com os secretários estaduais.
Na última terça-feira (11), José Eduardo Cardozo disse que ainda não é possível concluir se amorte do cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Andrade pode ser considerada crime contra a imprensa e a liberdade de expressão.
Para o ministro, definir o uso proporcional da força  vai permitir “saber quando há transgressão e quando não há, para que policiais não sejam acusados injustamente ou para que situações indevidas de atuação policial sejam coibidas e punidas na forma da lei”.
Na reunião também foi discutido o esquema policial que será implantado para garantir a segurança na Copa do Mundo deste ano. Cardozo informou que vai se reunir novamente com os secretários de Segurança Pública com o objetivo de ajustar o plano de segurança para o Mundial de Futebol. Há possibilidade de as Forças Armadas serem convocadas para trabalhar em algumas cidades-sede. “Garanto que esse plano de segurança está bem feito, mas queremos ouvir ainda mais os estados, para que possamos ajustar, fazer a sintonia final, nesta reta de chegada para esses grandes eventos”, disse ele.

Em entrevista coletiva após a reunião, o ministro da Justiça também comentou as denúncias de que manifestantes estão sendo cooptados por partidos políticos para participar dos protestos. “À medida em que denúncias de que pessoas, por alguma razão, teriam sido induzidas a atos de violência, isso será investigado pelas polícias competentes. Às polícias cabe investigar. Havendo ilícito, cabe ao Judiciário punir”, acrescentou.

BLACK BLOCS AMEAÇAM, NA INTERNET, EX-INTEGRANTES DO GRUPO

A partir da morte do cinegrafista Santiago Andrade, morto por um rojão lançado por dois mascarados, o grupo Black Bloc entrou em crise; ex-integrantes passaram a expor detalhes das ações, o que tem gerado insatisfação dos que permanecem no grupo; "Pensam que não estamos de olho? Ninguém, absolutamente ninguém, tem o direito de expor a imagem de qualquer pessoa que esteja na luta fazendo acusações sem provas", diz texto publicado na página do grupo do Rio

247 - Diante da imensa repercussão envolvendo as ações mais recentes do grupo, a página "Black Bloc RJ" fez, nesta sexta-feira (14) uma ameaça a integrantes do movimento a quem acusam de traição. "Ninguém, absolutamente ninguém tem o direito de expor a imagem de qualquer pessoa que esteja na luta fazendo acusações sem provas", diz a mensagem. "Se continuarem, medidas serão tomadas", diz outro trecho.
A partir da morte do cinegrafista Santiago Andrade, morto por um rojão lançado por dois mascarados, jovens que se apresentam como "ex-black blocs" ou que se dizem decepcionados com o movimento passaram a expor detalhes do grupo. A mensagem também parece ser um recado para o auxiliar de serviços gerais Caio Silva de Souza, 22 anos, preso e indiciado pela morte do repórter. 
Leia a íntegra da mensagem:
"Pensam que não estamos de olho????
NINGUÉM, ABSOLUTAMENTE NINGUÉM TEM O DIREITO DE EXPOR A IMAGEM DE QUALQUER PESSOA QUE ESTEJA NA LUTA FAZENDO ACUSAÇÕES SEM PROVAS.
Manifestantes que se diziam "Brabos" agora estão com medo e expondo a imagem de pessoas que não tem nada a ver. NÃO TEM OUTRO NOME PRA ISSO DO QUE COVARDIA E TRAIÇÃO.
SE CONTINUAREM, MEDIDAS SERÃO TOMADAS
Vamos expor todos os "falsos manifestantes"
Batem nas suas costas dizendo que são irmãos, mas na verdade estão ali pra te f¨%$ e expor sua vida quando percebem o perigo se aproximando. NÃO TEM A CAPACIDADE DE ENFRENTAR E ENTÃO PONHE O DO OUTRO PRA TIRAR O SEU DA RETA.. COVARDES!
É isso que o governo quer (não sermos unidos e com isso diminuir as manifestações). Essa é a hora onde separamos claramente os verdadeiros dos traíras!

NÃO PASSARÃO
AGUARDEM"

SININHO É CHAVE DO QUEBRA-CABEÇA DOS BLACK BLOCS

Bem articulada, a ativista radical Elisa Quadros, mais conhecida como Sininho, já se tornou conhecida em todo o país; adepta da estratégia Black Blocs, ela foi citada por Caio Silva (acusado de matar o cinegrafista Santiago Andrade) como quem "manipula a forma como a manifestação vai acontecer"; em sua página no Facebook, numa postagem de 19 de janeiro, ela assume que foi a responsável por colocar "a questão do dinheiro" na pauta da reunião e afirma que políticos deram dinheiro sim; contra críticas, ela  avisa que não vão conseguir tirá-la das ruas; "Em relação aos políticos, que se fodam. Como vocês também, vou detonar as eleições esse ano", afirma

247 - O apelido faz referência à singela fadinha que acompanha o garoto que não quer se tornar adulto, o Peter Pan. Mas as semelhanças param por aí. A Sininho da vida real, a mais famosa Black Bloc do Brasil, é uma ativista radical que tem praticado nos últimos meses, no Rio, terrorismo social, travestido de protesto e manifestação violentas "contra tudo que está aí". Nem de longe, Elisa Quadros lembra a personagem infantil quase angelical do desenho da Walt Disney. Na verdade, ela é, segundo o depoimento do acusado de matar o cinegrafista Santiago Andrade, Caio Silva de Souza, quem "manipula a forma como a manifestação vai acontecer". E é também quem gerencia o dinheiro que custeia o movimento e que paga os manifestantes.
Em sua página no Facebook, numa postagem de 19 de janeiro, Sininho afirma que foi ela mesmo quem colocou "a questão do dinheiro". Logo depois ela diz que "eles deram dinheiro sim e não foi nenhum segredo". E quem são "eles"? A resposta vem dela no próprio texto: "políticos que doaram como civis". Reportagem publicada mais cedo pelo 247 mostra quem são os políticos envolvidos (leia aqui) - todos de partido de extrema-esquerda. 
Sobre a morte do cinegrafista Santiago Andrade, a Sininho gravou um vídeo tentando se justificar, sem demonstrar qualquer sentimento pelo ocorrido: "Também não vamos tirar a responsabilidade da Band, não só da Band, da Band, da Globo, da Record, dessas emissoras que mandam seus jornalistas pra uma manifestação, que sabe que vai ter bomba, que vai ter bomba da polícia. (...) E aí depois que acontece essa tragédia, a culpa é só dos manifestantes que estão na rua?"
No Facebook, Sininho mostra disposição quase infinita para o que ela chama de "revolução" e avisa que não vão conseguir tirá-la das ruas. "Não tô aqui para fazer bonito pra ninguém. Em relação aos políticos, que se fodam. Como vocês também, vou detonar as eleições esse ano", afirma.
Dentro da estratégia Black Bloc de tumultuar e tornar insustentáveis todas as iniciativas do poder público, seja o reajuste das tarifas de ônibus, seja a realização da Copa do Mundo no país, a ativista Elisa Quadros cumpre bem o seu papel. É toda de boa capacidade de retórica e domina bem as premissas do grupo. Ou seja, é a peça principal para inflamar potenciais manifestantes e "tocar o terror" nos protestos que se tornaram tão comuns no país. 
Nos próximos dias, Sininho deve entrar no foco da polícia. Segundo o delegado que investiga o caso, o aliciamento de manifestantes será próxima questão a ser tratada. Abaixo matéria da Agência Brasil sobre isto:
Aliciamento de manifestantes tem que ser apurado em separado, diz delegado
Cristina Indio do Brasil - Repórter da Agência Brasil
O delegado Maurício Luciano, responsável pelo inquérito que apura a morte do cinegrafista da TV Bandeirantes, Santiago Andrade, disse que o fato de Caio Silva de Souza ter dito em depoimento, que há aliciamento de manifestantes, não interfere no relatório que vai entregar amanhã (14) ao Ministério Público. O delegado reafirmou que a possibilidade de manifestantes receberem dinheiro para fazer atos violentos nos protestos faz parte de uma outra investigação que vem sendo desenvolvida pela Polícia Civil do Rio.
“O fato dele eventualmente receber dinheiro para praticar atos ou não, não interfere em nada [no inquérito]. Esta investigação poderá ajudar em outras investigações. O que ele citou de partidos políticos, ou que alguém leva apetrechos explosivos para manifestações, que, eventualmente, ele possa até ter recebido algum tipo de remuneração para praticar atos de vandalismo, isso não interessa aqui para o inquérito. Repito, para o inquérito nada mudou. Tudo permanece como está, com ambos [Caio Silva de Souza e Fábio Raposo, suspeitos de terem praticado o crime] indiciados por homicídio qualificado, por emprego de artefato explosivo e crime de explosão”, explicou.
Para o delegado, o possível envolvimento dos manifestantes com partidos políticos, conforme tinha denunciado o advogado dos suspeitos, Jonas Tadeu Nunes, não interfere na questão da morte do cinegrafista. “O que não posso, como presidente deste inquérito, é deixar que essas questões interfiram na investigação. Esta investigação não pode ser contaminada por qualquer outra informação. Não posso trazer ingrediente político para cá. Não posso discutir se essas manifestações são patrocinadas, se alguém banca, se alguém tem interesse em quebrar. Eu preciso apenas entregar ao Ministério Público uma investigação de homicídio”, disse.

O delegado explicou, no entanto, que o crime não está em aliciar ou pagar alguém para fazer manifestação, o que para ele pode ser discutido sobre o ponto de vista moral e eleitoral, caso parta mesmo de partidos políticos. O crime, para ele, é se isso acontecer no caso de os manifestantes serem pagos para praticar atos violentos. “O que é crime é pagar para incentivar a violência. Atos de hostilidade, de vandalismo. Isso que é crime, e pode configurar uma organização criminosa. Se tenho alguém que incentiva grupos a praticar um número indeterminado, de forma dividida, com divisão de tarefas ou algum comando, que não precisa ser sofisticado, existe a figura da organização criminosa”, analisou.

PATROCÍNIO DO PSOL AOS BLACK BLOCS AFUNDA FREIXO

Lista de financiadores dos arruaceiros mascarados mostra políticos do PSOL e até um delegado, além de um juiz; em depoimento, Caio Silva de Souza, disparador do rojão que matou o cinegrafista Santiago Andrade contou que tinha reuniões com deputado estadual do Rio de Janeiro; Marcelo Freixo é o mais destacado quadro político da legenda; Sininho, que aparece como influente Black Bloc, admitiu no Facebook que vândalos recebem pagamento; ela também pegou; pagamentos eram regulares e de até R$ 400 por quebra-quebra, o que explica episódios como invasão da Câmara Municipal, fechamento da Avenida Rio Branco e depredação de ônibus e pontos comerciais; apurações podem levar a cassação de registro; lista completa

247 – O PSOL está em apuros. Acumulam-se os indícios e testemunhos de que o partido era o grande gerenciador dos Black Blocs em seus ataques a edifícios públicos, depredação de pontos comerciais e fechamento de grandes vias de tráfego no Rio de Janeiro.
Principal líder da agremiação na cidade, onde obteve 20% dos votos na última eleição para prefeito, o deputado Marcelo Freixo foi citado pelo preso Caio Silva de Souza como espécie de mentor intelectual, com quem realiza conversas, ao lado de outros integrantes da gang, sobre a situação política.
Está em circulação uma lista com nome de doares para uma manifestação organizada pelo PSOL. Entre os que receberam quantias de até R$ 400 está a jovem conhecida como Sininho, considerada uma espécie de porta-voz dos black blocs.
Já se sabe que os jovens encarregados de promover o que é definido como "terrorismo social" eram recolhidos em pontos determinados por vans, levados até os locais das manifestações e remunerados com R$ 150 por participação. Um acampamento de semanas nas escadarias da ocupada Câmara Municipal rendeu aos participantes diárias de R$ 350, de acordo com comentários de funcionários da sede do poder legislativo municipal.
Atacar o Estado em todas as frentes está no DNA de partidos como o PSOL e o PSTU. Nascidos de costelas do lado esquerdo do PT, identificam-se com o pensador e ativista russo León Trotski, aquele da revolução permanente. No tropicalizado quadro político nacional, ajuntamentos que quase viraram partido político, como o Rede Sustentabilidade, disputam o mesmo campo, buscando posições de extrema esquerda para ganhar nitidez ideológica. Essas pregações ganharam cara efetiva numa espécie de tropa de elite desgarrada do pensamento radical, os black blocs.
No Rio de Janeiro, um traço de união entre os BBs e os comandantes do PSOL se efetivou, de acordo com todos os indícios e depoimentos realizados até aqui. A invasão e depredação da Câmara Municipal; as arruaças na avenida Rio Branco e seu bloqueio no horário do rush, durante protestos contra o sistema de transportes; a quebra de agências bancárias, e a imposição de fechamento ao comércio e penalizações aos trabalhadores foram vistos com condescendência pelos chefes políticos dos dois blocos.
Marcelo Freixo funcionou, ora em encontros de bastidores, ora pela ausência de uma resposta pública aos ataques, como um dos vértices desse esquema. Um dos funcionários de seu gabinete já admitiu ter ligações diretas com os arruaceiros., prestando assistência jurídica.

Logo após junho do ano passado, quando as primeiras labaredas de fogo tomaram as manifestações populares, os black blocs, que poucos ainda sabiam o significado do nome importado dos EUA, assumiram as primeiras páginas da mídia. Nas ruas, esperavam o momento anterior ao início das dispersões para promoverem o seu terror, despertando forte repressão policial sem, para muitos, perderem o charme da coragem e da ousadia.
Às primeiras ações de repressão corresponderam ao despertar da solidariedade de gente famosa. Numa mensagem de garoto propaganda, como se quisesse formar ao lado deles, o célebre Caetano Veloso vestiu a máscara preta. Como revolucionário de fotografia, há quem considere que ele até ficou bem. Sair na rua, não saiu, mas já dera seu pitaco, contribuindo para um debate ideológico -- e não apenas policial – sobre o grupo sem face.

O oportunismo fica latente no apoio e complacência com que o PSOL conviveu até aqui com os Black Blocs, sem uma crítica direta sobre a maneira de agir do grupo. Isso rende ao partido identificação com a extrema esquerda.
A partir de agora, porém, com a primeira morte provocada por um participante de manifestações e as revelações de pagamentos por depredações e lista de doares para esse fim, o PSOL corre o risco até mesmo de ter o seu registro de partido integrante da democracia brasileira cassado.

ALICIAMENTO EM PROTESTOS TERÁ INQUÉRITO SEPARADO

Delegado Maurício Luciano reafirmou que a possibilidade de manifestantes receberem dinheiro para fazer atos violentos nos protestos faz parte de uma outra investigação que vem sendo desenvolvida pela Polícia Civil do Rio; segundo ele, caso não interfere no relatório que será entregar ao Ministério Público sobre a morte do cinegrafista da TV Bandeirantes, Santiago Andrade

Cristina Indio do Brasil - Repórter da Agência Brasil
O delegado Maurício Luciano, responsável pelo inquérito que apura a morte do cinegrafista da TV Bandeirantes, Santiago Andrade, disse que o fato de Caio Silva de Souza ter dito em depoimento, que há aliciamento de manifestantes, não interfere no relatório que vai entregar hoje (14) ao Ministério Público. O delegado reafirmou que a possibilidade de manifestantes receberem dinheiro para fazer atos violentos nos protestos faz parte de uma outra investigação que vem sendo desenvolvida pela Polícia Civil do Rio.
“O fato dele eventualmente receber dinheiro para praticar atos ou não, não interfere em nada [no inquérito]. Esta investigação poderá ajudar em outras investigações. O que ele citou de partidos políticos, ou que alguém leva apetrechos explosivos para manifestações, que, eventualmente, ele possa até ter recebido algum tipo de remuneração para praticar atos de vandalismo, isso não interessa aqui para o inquérito. Repito, para o inquérito nada mudou. Tudo permanece como está, com ambos [Caio Silva de Souza e Fábio Raposo, suspeitos de terem praticado o crime] indiciados por homicídio qualificado, por emprego de artefato explosivo e crime de explosão”, explicou.
Para o delegado, o possível envolvimento dos manifestantes com partidos políticos, conforme tinha denunciado o advogado dos suspeitos, Jonas Tadeu Nunes, não interfere na questão da morte do cinegrafista. “O que não posso, como presidente deste inquérito, é deixar que essas questões interfiram na investigação. Esta investigação não pode ser contaminada por qualquer outra informação. Não posso trazer ingrediente político para cá. Não posso discutir se essas manifestações são patrocinadas, se alguém banca, se alguém tem interesse em quebrar. Eu preciso apenas entregar ao Ministério Público uma investigação de homicídio”, disse.

O delegado explicou, no entanto, que o crime não está em aliciar ou pagar alguém para fazer manifestação, o que para ele pode ser discutido sobre o ponto de vista moral e eleitoral, caso parta mesmo de partidos políticos. O crime, para ele, é se isso acontecer no caso de os manifestantes serem pagos para praticar atos violentos. “O que é crime é pagar para incentivar a violência. Atos de hostilidade, de vandalismo. Isso que é crime, e pode configurar uma organização criminosa. Se tenho alguém que incentiva grupos a praticar um número indeterminado, de forma dividida, com divisão de tarefas ou algum comando, que não precisa ser sofisticado, existe a figura da organização criminosa”, analisou.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Vereadores e delegado aparecem em lista de doadores dos Black Blocs

Gabriel Castro, de Brasília, e Pâmela Oliveira, do Rio

Foto:CONTADORA – Ativista Sininho na porta do 17ª DP, no Rio. Planilhas mostram que ela era uma das responsáveis pela contabilidade dos Black Blocs (Gabriel de Paiva/Agência O Globo)

Uma planilha obtida pelo site de VEJA revela, pela primeira vez, nomes de políticos e autoridades do Rio de Janeiro que doaram dinheiro ao grupo Black Bloc, responsável por protagonizar cenas de depredação e vandalismo em manifestações pelo país. A lista cita dois vereadores do PSOL, um delegado de polícia e um juiz.

O repasse de dinheiro por políticos e autoridades não configura ilegalidade. Porém, as doações são um caminho para identificar o elo entre políticos e os mascarados que aparecem na linha de frente quando os protestos degeneram em tumulto e confusão. Um dos mais recentes chegou ao extremo de provocar a morte do cinegrafista Santiago Andrade.

A contabilidade da planilha a que o site de VEJA teve acesso se refere a um ato realizado pelo grupo no dia 24 de dezembro, batizado "Mais amor, menos capital". A manifestação – convocada como um ato cultural – não terminou em vandalismo, como outras organizadas pelo mesmo grupo. Mas a lista de doadores sugere ligações entre autoridades e militantes. A tabela foi repassada por Elisa Quadros, conhecida como Sininho, em um grupo fechado do Facebook.

Neste documento, aparecem os nomes dos vereadores Jefferson Moura (PSOL) e Renato Cinco (PSOL), apontados como doadores de 400 reais e 300 reais, respectivamente. O juiz João Damasceno aparece como doador de 100 reais, e o delegado Orlando Zaccone, de 200 reais.
Damasceno é um antigo apoiador das manifestações de rua. Ele chegou a gravar um vídeo em apoio aos protestos, apesar da violência causada pelo grupo que se veste de preto e promove depredações. O delegado Orlando Zaccone tem um perfil pouco convencional para delegados, e é conhecido crítico da atuação da própria polícia.
Na planilha, além de Sininho, outros nomes aparecem como arrecadadores: Paula, Rosi, Julinho e Pâmela. Também há menções a duas colaborações do grupo cracker Anonymous, que divulga manifestações na internet e invade sites. 
Quando as menções a doações de vereadores começaram a surgir nas redes sociais, Sininho se irritou. "Eles deram dinheiro, sim, e não foi nenhum segredo, teve reuniões e isso foi discutido e questionado", escreveu ela no Facebook. "Eles doaram como civis e não políticos."

Mais um detalhe: a discussão ocorreu na página do Facebook chamada de "Censura Negada". Um dos administradores das postagens é identificado no mundo virtual como Dik ou Dikvigari Vignole. O nome dele no mundo real: Caio Silva de Souza. É o jovem que disparou o rojão que matou o cinegrafista Santiago Andrade.
Respostas – A assessoria de Jefferson Moura admitiu que a doação mencionada na planilha partiu de funcionários do gabinete do parlamentar. Mas afirmou que o vereador já estava de recesso quando os militantes pediram as doações. Porém, disse que o parlamentar provavelmente doaria o dinheiro se estivesse presente.
O delegado Zaccone confirmou ter doado 200 reais, mas disse que o dinheiro não era destinado aos Black Blocs. Ele disse ter recebido um telefonema de Sininho, até então uma desconhecida para ele, propondo que participasse de um debate no evento “Ceia dos Excluídos”, em 23 de dezembro do ano passado. Como delegado de polícia, ele deveria apresentar sua visão sobre direito de manifestação, Copa do Mundo e cerceamento de liberdade. Segundo ele, advogados e representantes de movimentos sociais integravam o grupo. “Achei interessante falar na Cinelândia. Já dei palestras em universidades e me interesso pelo tema”, disse.
“Fiz  a doação para um evento cultural e vi para o que estava doando. Quando a Sininho ligou, explicou que estava buscando aproximação com instituições e pessoas que não visse o movimento com olhar criminalizante. A doação foi para o ‘Ocupa Câmara’, não foi para o Black Bloc. Não tenho nada a omitir em relação a isso. A Constituição garante o direito de se fazer tudo que não é proibido em lei. No Brasil não é proibido fazer doação para evento com distribuição de alimento”, afirmou. “Sou policial. Como vou financiar ou contribuir com pessoas que entram em conflito com policiais?", disse.

O juiz Damasceno negou ter contribuído financeiramente "para qualquer manifestação ou entidade da sociedade civil que as convoque".

A assessoria do vereador Renato Cinco informou que ele está fora do Rio de Janeiro, em viagem. Em nota, confirmou a doação feita, mas negou que os 300 reais tenham sido destinados a black blocs. "O objetivo era oferecer um jantar natalino a moradores de rua na Cinelândia, Centro do Rio de Janeiro. Tanto que a lista inclui água, gelo, pão, rabanada e toalha papel", afirma o comunicado. "O vereador e seu partido repudiam ações violentas", acrescenta.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

O blog Liberta-te 2028 agora é liberta-te são lourenço da Mata


Liberdade, igualdade, justiça e fraternidade
São Lourenço da Mata/Manifesto 

Esse é o Povo que te protege?
Esse é o Povo que protege você?                                                                       E este é o ser humano fardado que invade sua casa e destrói tudo o quer vê.
Homens e mulheres constroem suas vidas com egoísmos, mentiras, hipocrisias...
Não deixando lugar para o humilde pastor.
Ele espanca seus amigos e destrói seu lar.
E agora você  percebe que não há mais jeito,
Que não existe solução.

Esse é o seu povo que te protege?
São Lourenço da Mata peço-lhe perdão,

Hoje são eles quem mandam e desmandam em nossa cidade
Com o nosso consentimento (voto).
O resultado disso é um misto de destruição, miséria e atraso.
É inadmissível que em pleno século XXI, este sistema ultrapassado e decadente continue a existir.
Que possamos nos inspirar nos exemplos de Lourenço de Huesca, Getúlio Vargas e do nosso Senhor Jesus Cristo.
Que em nossa cidade possamos nos encher da mesma determinação, coragem e força destes homens; para libertar a cidade, para que depois não venhamos a nos arrepender por não ter tentado.
Mas acredito que este mesmo povo que se omite, será o mesmo que lhe libertará das amarras da opressão.
Deus irá dar sabedoria, coragem e entendimento para acontecer.
Amanhã há de ser outro dia; eu pergunto a você onde vai se esconder da enorme euforia? Como vai proibir, quando o galo insistir em cantar?
Água nova brotando e a gente se amando sem parar.
Quando chegar o momento esse meu sofrimento,
Vou cobrar com juros. Juro!
Todo esse amor reprimido, esse grito contido.
Você que inventou a tristeza, ora tenha a fineza de "reinventar"
Você vai pagar, e é dobrado.
Cada lágrima rolada nesse meu penar.
Apesar de você, amanhã há de ser outro dia.
Ainda pago pra ver, o jardim florescer

Qual você não queria.
Você vai se amargar vendo o dia raiar, sem lhe pedir licença.
E eu vou morrer de rir e esse dia há de vir antes do que você pensa.
Amanhã há de ser outro dia.
Você vai ter que ver, a manhã renascer e esbanjar poesia.
Como vai se explicar, vendo o céu clarear, de repente e Impunemente?
Como vai abafar, nosso coro a cantar na sua frente
Amanhã há de ser outro dia. Você vai se dar mal.

Uma pessoa sozinha pode não representar nada, mas se todos se juntam...
Uma pessoa sozinha forma um exercito de libertação, pode significar a mudança de um pais.
Só com uma sociedade unida, organizada e PARTICIPATIVA é que teremos uma possibilidade real de um mundo melhor e não através de governos fajutos. Ideias não são só carne e osso. Ideias são a prova de balas. E você o que PENSA?


Ricardo Mendonça Justino, Cidadão São Lourencense                  
texto:10 de Janeiro de 2012

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Adolf Hitler, um Artista Frustrado pelas Ruas de Viena


SAIBA MAIS:

Os 100 anos de estreia de Charles Chaplin no Cinema

Por Hallyson Alves
Em 1913, Chaplin fazia parte da Karno Company, um grupo de companhias teatrais muito famosa na Inglaterra, comandada por Fred Karno. Nesse ano, pôs-se em turnê pelos Estados Unidos, onde foi descoberto por Mack Sennett, então diretor da Keystone Studios, em companhia de sua namorada e atriz principal, Mabel Normand, em Nova York (essa é a versão de Sennett, pois para Chaplin o encontro foi em Los Angeles). Impressionado com a atuação do inglês, Sennett, embora interessado, ainda estava com receio em convidá-lo para juntar-se à ele no ramo cinematográfico (que ainda dava seus primeiros, passos até então):
O Garoto é bem bonito. – Disse Mabel.
- Acha que ele é bonito o bastante para o cinema? – eu perguntei.
- Pode ser… – Mabel respondeu.
- Não sei. – eu disse a Mabel. – Ele conhece os truques e as rotinas, e sabe como cair (…). Mas aquela maquiagem e roupas inglesas, não sei.
Assim, Chaplin assinou um contrato de um ano com Mack Sennett. Oficialmente, em 1914, Chaplin muda-se para os Estados Unidos, definitivamente, com o desejo de fazer cinema. Ao final do mesmo ano, já havia rodado mais de trinta e cinco filmes com a Keystone.

Turnê da Companhia Karno. Charles Chaplin à direita.

A forma de fazer comédia no cinema (e principalmente na Keystone), eram estranhas para Chaplin. Não havia roteiros na maioria das vezes, apenas sendo necessária uma boa e engraçada ideia, para que as câmeras fossem ligadas e logo as cenas seriam gravadas. Segundo Robinson (2011), “os filmes da Keystone derivavam do vaudeville, do circo, dos esquetes cômicos do teatro de variedades, ao mesmo tempo em que também eram derivados da realidade da América do início do século XX”. Assim, era comum o uso de elementos como perseguições policiais, ou mesmo a figura de uma bela dama, acompanhada de uma senhora matrona, ao passo que alguns espertinho tenta conquistá-la. Chaplin, acostumado com o rigor inglês, até na hora de fazer comédia, e a tradição do music hall cuja referência era sua própria mãe, não conseguia familiarizar-se com o método novo. Ele precisava ter o controle criativo dos seus filmes – e teve, em alguns deles, pelo menos. Logo, tornou-se o principal artista da Keystone e sua carreira deslanchou de uma vez. Ele já era conhecido onde quer que passasse e suas comédias eram solicitadas em todas as salas de exibição. Isso tudo acontecera apenas em um ano de atuação e, já em 1915, Chaplin muda-se para a Essanay Studios, onde teria todo o controle de suas produções (e um salário maior). Em 1917, deixou a Essanay para assinar um contrato com a Mutual Films, onde gravou 12 curtas, já com uma visível maturidade e evidente controle e estética própria. A Mutual foi a última empresa onde Chaplin trabalhou como contratado, pois logo fundaria, em 1919, juntamente com Douglas Fairbanks, Mary Pickford e D. W. Griffith, a United Artists. Com estúdio, funcionários e verba própria, agora teria o controle total de suas produções.
A cada novo lançamento, seu sucesso aumentara de forma impressionante. O cinema lhe deu fama e dinheiro – muito dinheiro, aliás, pois tornou-se o primeiro artista a tornar-se milionário com a sétima arte, isso com apenas trinta anos de idade.

Making a Living

No dia 02 de fevereiro de 1914, estreava Making a Living (Carlitos Repórter, no Brasil), sob a direção de Henry Lehrman. “Não havia história” – escreveu Chaplin em sua autobiografia. “Era um documentário sobre um vigarista com alguns toques de comédia”. Curiosamente, a primeira aparição do Vagabundo (The Tramp), o principal personagem de Charles Chaplin, que o fez ser conhecido por todo o mundo, não foi em Making a Living. Apesar do título brasileiro indicar o nome do personagem (para fins publicitários), a estreia do vagabundo ocorreu apenas no filme posterior a sua estreia, chamado Kid Auto Races at Venice (Corrida de Automóveis para Crianças), onde já havia a caracterização deste (chapéu-coco, bengala, terno apertado, calças largas, grandes sapatos e o bigodinho) mas a psicologia do vagabundo ainda não estava completamente formada, isso aconteceu na medida que suas atuações foram evoluindo. A caracterização do personagem de Chaplin em Making a Living era um pouco diferente e suas atitudes demonstravam mais em se tratar de um certo mau caráter, que tenta se dar bem a todo custo:
Ele usava uma cartola cinza, um colete xadrez, colarinho engomado, echarpe de bolinhas e monóculo. O mais surpreendente foi o grande bigode curvado de vilão triste dos palcos. No começo do filme, ele estabelece o embuste, que são suas elegantes pretensões, ao pedir um empréstimo a um amigo moribundo (interpretado por Lehrman). A primeira gag tipicamente chaplinesca é quando ele rejeita desdenhosamente a moeda oferecida, por ser muito desprezível, mas depois a agarra apressadamente, antes que o amigo possa mudar de ideia. (ROBINSON, 2011. p108)
O primeiro personagem de Chaplin no Cinema, em Making a Living, de 1914.

Ao que se sabe, a repercussão do primeiro filme de Chaplin na Keystone não foi a esperada por Sennett, que inclusive teria dito à ele algo do tipo: “Faça melhor no próximo”. Chaplin também teria odiado o filme, principalmente por ter verificado que, na edição, Lehrman teria cortado boa parte de suas gags, que fariam uma diferença positiva no resultado final. A urgência de Chaplin em compor um personagem novo para o segundo filme deu-se, sobretudo, por esse motivo.
Entretanto, as críticas por parte da imprensa da época, foram positivas: “O esperto ator que interpreta o trapaceiro… é um comediante da mais alta qualidade”. Ganhando cada vez mais o público e a crítica, Charles Chaplin estava  mesmo destinado a tornar-se uma lenda na história do cinema.
Ficha Técnica

Direção: Henry Lehrman|Roteiro: Reed Heustis|Produção: Mack Sennett|Direção de Fotografia: Enrique Juan Vallejo, Frank D. Williams|Intérpretes principais: Charles Chaplin – o escroque, Henry Lehrman – o noivo, Virgínia Kirtely – a jovem|Duração:12’54”, preto e branco|Estreia: 02 de fevereiro de 1914

Extraído do http://charliechaplin.wordpress.com/2014/02/01/os-100-anos-de-estreia-de-charles-chaplin-no-cinema/