Delegado Maurício Luciano
reafirmou que a possibilidade de manifestantes receberem dinheiro para fazer
atos violentos nos protestos faz parte de uma outra investigação que vem sendo
desenvolvida pela Polícia Civil do Rio; segundo ele, caso não interfere no
relatório que será entregar ao Ministério Público sobre a morte do cinegrafista
da TV Bandeirantes, Santiago Andrade
Cristina Indio do Brasil - Repórter da Agência Brasil
O delegado Maurício Luciano, responsável pelo inquérito que apura a morte do cinegrafista da TV Bandeirantes, Santiago Andrade, disse que o fato de Caio Silva de Souza ter dito em depoimento, que há aliciamento de manifestantes, não interfere no relatório que vai entregar hoje (14) ao Ministério Público. O delegado reafirmou que a possibilidade de manifestantes receberem dinheiro para fazer atos violentos nos protestos faz parte de uma outra investigação que vem sendo desenvolvida pela Polícia Civil do Rio.
O delegado Maurício Luciano, responsável pelo inquérito que apura a morte do cinegrafista da TV Bandeirantes, Santiago Andrade, disse que o fato de Caio Silva de Souza ter dito em depoimento, que há aliciamento de manifestantes, não interfere no relatório que vai entregar hoje (14) ao Ministério Público. O delegado reafirmou que a possibilidade de manifestantes receberem dinheiro para fazer atos violentos nos protestos faz parte de uma outra investigação que vem sendo desenvolvida pela Polícia Civil do Rio.
“O fato dele eventualmente receber dinheiro
para praticar atos ou não, não interfere em nada [no inquérito]. Esta
investigação poderá ajudar em outras investigações. O que ele citou de partidos
políticos, ou que alguém leva apetrechos explosivos para manifestações, que,
eventualmente, ele possa até ter recebido algum tipo de remuneração para
praticar atos de vandalismo, isso não interessa aqui para o inquérito. Repito,
para o inquérito nada mudou. Tudo permanece como está, com ambos [Caio Silva de
Souza e Fábio Raposo, suspeitos de terem praticado o crime] indiciados por
homicídio qualificado, por emprego de artefato explosivo e crime de explosão”,
explicou.
Para o delegado, o possível envolvimento dos
manifestantes com partidos políticos, conforme tinha denunciado o advogado dos
suspeitos, Jonas Tadeu Nunes, não interfere na questão da morte do
cinegrafista. “O que não posso, como presidente deste inquérito, é deixar que
essas questões interfiram na investigação. Esta investigação não pode ser
contaminada por qualquer outra informação. Não posso trazer ingrediente
político para cá. Não posso discutir se essas manifestações são patrocinadas,
se alguém banca, se alguém tem interesse em quebrar. Eu preciso apenas entregar
ao Ministério Público uma investigação de homicídio”, disse.
O delegado explicou, no entanto, que o crime
não está em aliciar ou pagar alguém para fazer manifestação, o que para ele
pode ser discutido sobre o ponto de vista moral e eleitoral, caso parta mesmo
de partidos políticos. O crime, para ele, é se isso acontecer no caso de os
manifestantes serem pagos para praticar atos violentos. “O que é crime é pagar
para incentivar a violência. Atos de hostilidade, de vandalismo. Isso que é
crime, e pode configurar uma organização criminosa. Se tenho alguém que
incentiva grupos a praticar um número indeterminado, de forma dividida, com
divisão de tarefas ou algum comando, que não precisa ser sofisticado, existe a
figura da organização criminosa”, analisou.
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