Lista de financiadores dos
arruaceiros mascarados mostra políticos do PSOL e até um delegado, além de um
juiz; em depoimento, Caio Silva de Souza, disparador do rojão que matou o
cinegrafista Santiago Andrade contou que tinha reuniões com deputado estadual
do Rio de Janeiro; Marcelo Freixo é o mais destacado quadro político da
legenda; Sininho, que aparece como influente Black Bloc, admitiu no Facebook
que vândalos recebem pagamento; ela também pegou; pagamentos eram regulares e
de até R$ 400 por quebra-quebra, o que explica episódios como invasão da Câmara
Municipal, fechamento da Avenida Rio Branco e depredação de ônibus e pontos
comerciais; apurações podem levar a cassação de registro; lista completa
247 – O
PSOL está em apuros. Acumulam-se os indícios e testemunhos de que o partido era
o grande gerenciador dos Black Blocs em seus ataques a edifícios públicos,
depredação de pontos comerciais e fechamento de grandes vias de tráfego no Rio
de Janeiro.
Principal líder da agremiação na cidade,
onde obteve 20% dos votos na última eleição para prefeito, o deputado Marcelo
Freixo foi citado pelo preso Caio Silva de Souza como espécie de mentor
intelectual, com quem realiza conversas, ao lado de outros integrantes da gang,
sobre a situação política.
Está em circulação uma lista com nome de
doares para uma manifestação organizada pelo PSOL. Entre os que receberam
quantias de até R$ 400 está a jovem conhecida como Sininho, considerada uma
espécie de porta-voz dos black blocs.
Já se sabe que os jovens encarregados de
promover o que é definido como "terrorismo social" eram recolhidos em
pontos determinados por vans, levados até os locais das manifestações e remunerados
com R$ 150 por participação. Um acampamento de semanas nas escadarias da
ocupada Câmara Municipal rendeu aos participantes diárias de R$ 350, de acordo
com comentários de funcionários da sede do poder legislativo municipal.
Atacar o Estado em todas as frentes está no
DNA de partidos como o PSOL e o PSTU. Nascidos de costelas do lado esquerdo do
PT, identificam-se com o pensador e ativista russo León Trotski, aquele da
revolução permanente. No tropicalizado quadro político nacional, ajuntamentos que
quase viraram partido político, como o Rede Sustentabilidade, disputam o mesmo
campo, buscando posições de extrema esquerda para ganhar nitidez ideológica.
Essas pregações ganharam cara efetiva numa espécie de tropa de elite desgarrada
do pensamento radical, os black blocs.
No Rio de Janeiro, um traço de união entre
os BBs e os comandantes do PSOL se efetivou, de acordo com todos os indícios e
depoimentos realizados até aqui. A invasão e depredação da Câmara Municipal; as
arruaças na avenida Rio Branco e seu bloqueio no horário do rush, durante
protestos contra o sistema de transportes; a quebra de agências bancárias, e a
imposição de fechamento ao comércio e penalizações aos trabalhadores foram
vistos com condescendência pelos chefes políticos dos dois blocos.
Marcelo Freixo funcionou, ora em encontros
de bastidores, ora pela ausência de uma resposta pública aos ataques, como um
dos vértices desse esquema. Um dos funcionários de seu gabinete já admitiu ter
ligações diretas com os arruaceiros., prestando assistência jurídica.
Logo após junho do ano passado, quando as primeiras labaredas de fogo tomaram as manifestações populares, os black blocs, que poucos ainda sabiam o significado do nome importado dos EUA, assumiram as primeiras páginas da mídia. Nas ruas, esperavam o momento anterior ao início das dispersões para promoverem o seu terror, despertando forte repressão policial sem, para muitos, perderem o charme da coragem e da ousadia.
Às primeiras ações de repressão
corresponderam ao despertar da solidariedade de gente famosa. Numa mensagem de
garoto propaganda, como se quisesse formar ao lado deles, o célebre Caetano
Veloso vestiu a máscara preta. Como revolucionário de fotografia, há quem
considere que ele até ficou bem. Sair na rua, não saiu, mas já dera seu pitaco,
contribuindo para um debate ideológico -- e não apenas policial – sobre o grupo
sem face.
O oportunismo fica latente no apoio e
complacência com que o PSOL conviveu até aqui com os Black Blocs, sem uma
crítica direta sobre a maneira de agir do grupo. Isso rende ao partido
identificação com a extrema esquerda.
A partir de agora, porém, com a primeira morte provocada por um participante de manifestações e as revelações de pagamentos por depredações e lista de doares para esse fim, o PSOL corre o risco até mesmo de ter o seu registro de partido integrante da democracia brasileira cassado.
A partir de agora, porém, com a primeira morte provocada por um participante de manifestações e as revelações de pagamentos por depredações e lista de doares para esse fim, o PSOL corre o risco até mesmo de ter o seu registro de partido integrante da democracia brasileira cassado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário