“Filho meu, se os pecadores, com blandícias, te quiserem tentar, não consintas. Filho meu, não te ponhas a caminho com eles; desvia o teu pé das suas veredas. Porque os pés deles correm para o mal e se apressam em derramar sangue” (Pv 1.10;15,16).
Estamos vivendo numa época em
que o ser humano está cada vez mais vulnerável as influências negativas de
certas amizades, principalmente os nossos filhos, crianças, adolescentes e
jovens, o mais grave ainda é que tem aumentado o número de pessoas idosas
envolvidas em situações difíceis por causa das más companhias. As seduções são cada vez mais tentadoras envolvendo
crianças, adolescentes e jovens, no uso de bebidas alcoólicas, uma droga
considerada lícita, que sem dúvidas servirão de porta de entrada para outros tipos
de drogas mais nocivas.
Não faz muito tempo que as
crianças podiam brincar na rua com os amiguinhos sem inspirar muitos cuidados
aos pais, as amizades eram mais tranquilas, no entanto hoje tudo mudou.
Atualmente se faz debates e mais debates tentando descobrir como evitar os
nossos filhos contraírem más companhias, mas já surgiu um oponente muito mais
poderoso e este não está simplesmente nas ruas,
mas dentro de casa, às vezes dentro do quarto do seu filho ou lugar mais
sagrado da casa “INTERNET”, no entanto sabemos que toda ferramenta tem os seus
malefícios e benefícios, a faca que prepara o bife para saborearmos é a mesma
que fere o dedo da mão, ou seja, tanto pode ser benéfica como maléfica, os
cuidados devem ser constantes principalmente em relação aos filhos, e ao que
eles estão compartilhando.
Na fase de fazer amigos o
desafio é conviver com as diferenças. Isso vale para as crianças que aprendem a
lidar com os colegas, a ceder, a se impor, a negociar, a perdoar. É quando as
amizades são intensas, mas têm, ao mesmo tempo, tremendos altos e baixos. É
assim mesmo, o amigão de ontem torna-se o "maior inimigo", antes que
fiquem novamente "de bem". Não se assuste, tudo isso faz parte da
socialização.
O dia-a-dia nos surpreende com
situações em que temos que administrar conflitos. Lidar com as intransigências
dos amigos exige jogo de cintura, paciência e equilíbrio . Além disso, é comum
nos depararmos com nossas próprias contradições, implicâncias, idiossincrasias.
Em alguns momentos, somos capazes de perceber as inseguranças e medos, em
outros, o equilíbrio se vai e os preconceitos - e quem não os têm? - tomam
conta e são responsáveis por nossas reações e atitudes. Se tudo isso parece
verdade em várias situações, no caso das chamadas "más companhias",
confirma-se mais uma vez.
A pressão
e a influência de amigos podem ser boas! Jesus descreveu os seus discípulos
como o sal da terra e a luz do mundo (Mateus 5:14-16). Ele lhes disse que
brilhasse “também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas
boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus”. Devemos
influenciar e afetar as vidas dos outros. Influenciar e ensinar não são tarefas
apenas para os santos mais velhos. Há algo especial sobre um jovem que dá um bom
exemplo.
Devemos
tomar uma abordagem equilibrada para o nosso relacionamento com aqueles do
mundo e reconhecer o perigo que possa estar presente. Em 1 Coríntios 15:33,
Paulo claramente nos fala que “as más conversações corrompem os bons costumes”.
Um dos motivos que os maus companheiros, muitas vezes, têm uma influência que
corrompe é visto em Deuteronômio 22:10. Aí a lei proibia que lavrasse com junta
de boi e de jumento. Pense nisso um pouco – um boi forte, grande, de ombros
largos no mesmo jugo com um jumento diminutivo. Isso simplesmente não seria
justo ou humano. O boi tem uma vantagem óbvia e influência superior em relação
às ações do jumento. O mesmo é verdade entre algumas pessoas. Se os nossos
amigos mundanos têm os gênios mais fortes e são mais influentes que nós, então
estaríamos em jugo desigual. Acho que você consegue ver como tal influência
corromperia boas morais.
Muitas
vezes a pressão dos outros vêm por causa de sua própria culpa. Pedro fala daqueles
que “difamando-vos, estranham que não concorrais com eles ao mesmo
excesso de devassidão” (1 Pedro 4:3-4). Isso acontece porque aqueles
envolvidos com o pecado não querem que as suas práticas más sejam expostas pelo
exemplo justo de outro (veja João 3:19-21). Se puderem corromper os justos
então há uma luz justa a menos expondo a sua corrupção. Assim as suas
consciências são momentaneamente aliviadas.
A escolha
de amigos é uma das decisões mais desafiadoras e importantes de um jovem . Os
amigos ou encorajarão e apoiarão a espiritualidade ou promoverão e encorajarão
as coisas do mundo. Considerem, por um momento, o exemplo de Salomão. Em 1 Reis
3:16-28, Salomão tomou tempo do seu horário agitado de rei para ouvir a
discussão de duas prostitutas. Movido pela compaixão e preocupação com a vida
de um bebê inocente, Salomão usou de sua sabedoria para assegurar o lugar do
bebê ao lado da sua verdadeira mãe. Porém, em 1 Reis 11:7, encontramos Salomão
construindo um altar para o abominável Moloque. Este ídolo nojento tinha uma
barriga que era forno e aceitava o sacrifício de bebês vivos. O que aconteceu?
O que fez com que Salomão mudasse? 1 Reis 11:1,4 nos diz o que houve. Salomão
casou com muitas mulheres estrangeiras e quando ele ficou velho “suas
mulheres lhe perverteram o coração para seguir outros deuses”. Se um
homem com a sabedoria de Salomão pôde ter o seu coração desviado do Senhor pela
influência de amigos, certamente eu enfrento o mesmo perigo. A escolha de
amigos é uma das decisões mais importantes da vida.
Não
podemos evitar a influência do mundo, mas podemos limitar e controlar os seus
efeitos em nossas vidas. Muitas vezes ouvi explicarem assim: Não podemos evitar
que os pássaros voem por cima das nossas cabeças, mas podemos evitar que se
aninhem no nosso cabelo! Ou, se você deitar com os cães não se surpreenda se
acordar com pulgas!
"Diga-me
com quem andas e te direi quem és".
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