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Em 1808, tropas
francesas comandadas pelo imperador Napoleão Bonaparte invadiram Portugal como
forma de retaliação ao país ibérico por sua recusa em participar do embargo
comercial contra o Reino Unido. Fugindo da perseguição, a família real portuguesa transferiu a corte portuguesa de Lisboa para o
Rio de Janeiro, então capital do Brasil Colônia.
Em 1815, o príncipe regente D. João VI criou o Reino
Unido de Portugal, Brasil e Algarves, elevando o Brasil à condição
de reino subordinado
a Portugal, aumentando as independências administrativas da colônia.
Em 1820, uma revolução política irrompeu em
Portugal, forçando o retorno da família real. O herdeiro de D. João VI, o
príncipe D. Pedro de Alcântara, permaneceu no Brasil. Em
1821, a Assembleia Legislativa portuguesa determinou que o Brasil retornasse à
sua condição anterior de subordinação, assim como o retorno imediato do
príncipe herdeiro do trono português. D. Pedro, influenciado pelo Senado da
Câmara do Rio de Janeiro se recusou a retornar em 9 de janeiro de 1822, na data
que ficaria conhecida como Dia do Fico.
Em 3 de junho de
1822, dom Pedro convocou a primeira Assembleia Constituinte brasileira. Em
1º de agosto, declarou inimigas as tropas portuguesas que desembarcassem no
Brasil e, dias depois, assinou o Manifesto às Nações Amigas, justificando o
rompimento das relações com a corte de Lisboa e garantindo a independência do
país, como reino irmão de Portugal.
Em 2 de setembro de
1822, um novo decreto com as exigências portuguesas chegou ao Rio de Janeiro,
enquanto D. Pedro estava em viagem a São Paulo.
Sua esposa, a princesa Maria Leopoldina, atuando como princesa
regente, se encontrou com o Conselho de Ministros e decidiu enviar ao marido
uma carta aconselhando-o a declarar a independência do Brasil. A carta chegou a
D. Pedro no dia 7 de setembro. No mesmo dia, em cena famosa às margens do Riacho Ipiranga, ele declarou a independência
do Brasil, pondo fim aos 322 anos do domínio colonial exercido por Portugal.
De acordo com o pesquisador Laurentino Gomes,
autor de livro sobre o evento, D. Pedro "não conseguiu esperar a chegada a São Paulo, onde poderia anunciar a
decisão". Gomes acrescenta que ele "era um homem temerário em
suas decisões mas tinha o perfil do líder que o Brasil precisava na época, pois
não havia tempo para se pensar".
Um mês depois, em
12 de outubro de 1822, dom Pedro foi aclamado imperador e, em 1º de dezembro,
coroado pelo bispo do Rio de Janeiro, recebendo o título de Dom Pedro I. As
províncias da Bahia,
do Maranhão e
do Pará,
que tinham juntas governantes de maioria portuguesa, só reconheceram a
independência em 1823, depois de muitos conflitos entre a população local e os
soldados portugueses.
No início de 1823,
houve eleições para a Assembleia Constituinte que elaboraria e aprovaria a
Carta constitucional do Império do Brasil, mas, em virtude de
divergências com dom Pedro, a Assembleia logo foi fechada. A 1ª
Constituição brasileira foi, então, elaborada pelo Conselho de Ministros e
outorgada pelo imperador em 25 de março de 1824. Com a Constituição em
vigor, a separação entre a colônia e a metrópole foi finalmente concretizada. Mesmo
assim, a independência só é reconhecida por Portugal em 1825, com a assinatura
do Tratado de Paz e Aliança entre Portugal e Brasil, por D. João VI.Quadro abaixo Independência ou Morte: & de setembro de 1822 é de Pedro Américo.
Fonte: Enciclopédia Livre
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