Um chefe eunuco turco do século 18. Pesquisadores acreditam que
os eunucos viviam mais tempo | Foto: Reprodução Internet
Coréia do Sul - Os
cientistas descobriram uma maneira infalível para os homens viverem por mais
tempo, no entanto, alguns a acharam muito dolorosa. Pesquisadores demonstraram
que os eunucos - homens castrados que viveram há séculos atrás na Coréia - viveram
mais que outros homens por uma margem significativa. Eles dizem que suas
descobertas indicam que os hormônios sexuais masculinos são responsáveis por
encurtar a vida dos homens.
A evidência vem
após um estudo de registros genealógicos dos membros nobres da corte imperial
da dinastia coreana Chosun (1932 - 1910). Kyung-Jin Min, da Univesidade de
Inha, disse: "Esta descoberta acrescenta uma importante pista para
entender por que há uma diferença na expectativa de vida entre homens e
mulheres".
Os meninos
castrados na Coréia perderam seus órgãos genitais reprodutivos em acidentes -
geralmente depois de serem mordidos por cães - ou foram submetidos a castração
propositadamente para ter acesso mais cedo ao palácio.
Os eunucos foram
autorizados a se casar e foramaram suas famílias adotando meninos castrados ou
meninas normais.
Registros da época
foram investigados por Min e seu colega de pesquisa, Cheol Koo-Lee, da
Universidade da Coreia. Eles descobriram que os eunucos viviam 14 a 19 anos a
mais que os homens normais. Entre os 81 eunucos que eles estudaram, três
viveram até a idade madura de 100 anos ou mais, um feito de longevidade, raro
até mesmo em países desenvolvidos.
Eles observaram que
a incidência de centenários entre os eunucos coreanos é pelo menos 130 vezes
maior do que em países desenvolvidos, o que não pode ser explicado pelos
benefícios da vida no palácio que os eunucos tinham.
Segundo os
pesquisadores, a maioria dos eunucos passava tanto tempo fora do palácio quanto
dentro. Reis e membros masculinos reais tinham as melhores vidas de todos da
época e, normalmente, viviam apenas quarenta e poucos anos.
A equipe de
pesquisa, cujos resultados foram publicados na revista Current Biology, disse que suas descobertas podem
oferecer algumas pistas para a extensão da vida.
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