segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

BRASIL PERDE POSTO DE 6ª MAIOR ECONOMIA DO MUNDO



O Brasil deixou de ser a 6ª maior economia do mundo e voltou para a sétima posição, atrás do Reino Unido, mostra levantamento da Economist Intelligence Unit (EIU), braço de análise da revista britânica Economist. A desvalorização do real em relação ao dólar e o crescimento do  Produto Interno Bruto (PIB) aquém do esperado levou a distância entre os dois países para a casa dos US$ 200 bilhões, o equivalente ao PIB da Romênia, de forma que o Brasil só voltará a ultrapassar a economia britânica em 2016.
No ano passado, um levantamento do Centro de Pesquisa de Economia e Negócios (CEBR, na sigla em inglês) colocou o Brasil à frente do Reino Unido. A crise financeira iniciada em 2008 e a subsequente recessão teriam sido as principais responsáveis pela queda do país europeu, enquanto o Brasil teria sido beneficiado pelo crescimento das exportações para a China e o Extremo Oriente.
"Segundo nossas estimativas, o País vai continuar crescendo mais do que o Reino Unido ao longo desses anos, mas, levando em conta a evolução da taxa de câmbio projetada para o período, o Brasil só voltará a ser sexto em 2016", explicou o economista da EIU responsável pela América Latina, Robert Wood.
A EIUconsidera no levantamento apenas o PIB nominal dos países (resultado da soma das riquezas produzidas) convertido em dólar. Por isso, pesou a expressiva desvalorização do real ante a moeda americana em 2012. Até sexta-feira, o dólar ganhava quase 12% na comparação com o real. No mesmo período, a libra esterlina acumulava valorização de quase 4% em relação à moeda americana.
Como é inimaginável que o Brasil cresça os quase 16% que compensariam o desempenho das taxas de câmbio no ano, o País perderia a sexta posição do ranking de qualquer forma. No entanto, se o desempenho da economia brasileira fosse melhor, a diferença entre os dois países seria inferior aos quase US$ 196 bilhões de hoje.
O Brasil cresceu 0,7% de janeiro a setembro deste ano, enquanto o Reino Unido registrou estagnação no período. Caso o Brasil tivesse crescido no mesmo ritmo de outros pares latino-americanos, como Chile e Peru, que vêm se expandindo na casa dos 5%, teria encurtado a distância.
O PIB nominal em dólar é apenas uma das métricas usadas para medir o tamanho e o dinamismo de uma economia. "Vários estudos apontam que, quanto maior é uma economia, mais atraente é para investimentos estrangeiros", disse o professor de economia do Insper Eduardo Correia. "Nesse quesito, portanto, o Brasil está bem. Mas em várias outras medidas deixamos a desejar."
Para Correia se o Brasil mantivesse uma média de crescimento anual ao redor de 3%, conseguiria, pouco a pouco, reduzir a distância para as economias mais bem colocadas no ranking. "Não importam muito as variações de curto prazo da economia, mas seu desempenho em um período mais longo de tempo", comentou.


Extraído da http://epocanegocios.globo.com/Informacao/Resultados/noticia/2012/12/brasil-perde-posto-de-6-maior-economia-do-mundo.html 

Nenhum comentário:

Postar um comentário