Eduardo Fernandes, de O Estado de S. Paulo
BRASÍLIA - O
presidente do Operador Nacional do Sistema (ONS) Hermes Chipp, admitiu há pouco
que o País precisa conviver com certo nível de risco na segurança do sistema de
transmissão de energia. Segundo ele, apesar das melhorias que tem sido feitas,
a demanda por investimento é maior do que a possibilidade de execução rápida
desses procedimentos.
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"É preciso
haver um equilíbrio entre a segurança e o custo. As obras não podem ser feitas
todas ao mesmo tempo, porque a tarifa da energia iria lá para cima. Por isso
temos de correr risco em alguns lugares", completou Chipp, ao chegar ao
Ministério de Minas e Energia para a reunião do Conselho Nacional de Política
Energética (CNPE).
Segundo Chipp o
governo já determinou uma varredura em todo o sistema para identificar os
pontos mais críticos e as subestações que ofereçam mais risco de instabilidade
na transmissão. De acordo com ele, após esse diagnóstico é possível que a
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) determine até mesmo a construção
de novas subestações pelas companhias.
"Se por um
lado temos usinas com energia muito barata, como Belo Monte e outras que entrarão
em operação, por outro esses projetos ficam muito distantes dos grandes
centros, exigindo linhas de transmissão muito longas que, consequentemente tem
maior risco. Essa situação é bastante diferente do que a que ocorre em outros
países", completou.
De acordo com o
presidente da ONS, os investimentos necessários em transmissão não serão
comprometidos pela nova realidade do setor, após a renovação das concessões.
Todas as transmissoras afetadas aceitaram a proposta do governo e prorrogaram
seus contratos por mais 30 anos.
http://economia.estadao.com.br/noticias/economia%20geral,ons-admite-que-pais-tera-de-conviver-com-algum-risco-de-apagao,138455,0.htm
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