Pessoas fumam narguilé, cachimbo oriental que em uma hora produz fumaça igual a cem cigarros (Foto: Arquivo/AFP)
Participar de uma
sessão de fumo de narguilé por uma hora equivale a consumir cerca de cem
cigarros, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). A informação faz parte
de uma série de dados divulgados pelo instituto sobre o produto nesta
quarta-feira (29), Dia Nacional de Combate ao Fumo.
Além de incluir 4,7
mil substâncias tóxicas presentes no cigarro comum, o fumo do narguilé, um tipo
de cachimbo oriental, possui concentrações superiores de nicotina, monóxido de
carbono, metais pesados e substâncias cancerígenas, de acordo com o instituto.
saiba mais
Quase 300 mil
pessoas em todo o país consomem o narguilé, segundo a Pesquisa Especial sobre o
Tabagismo (PETab), realizada pelo Inca junto com o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE). O número, contabilizado em 2008, equivale a uma
cidade do tamanho do Guarujá, no litoral de São Paulo, também segundo dados do
IBGE.
O pneumologista
Ricardo Meirelles, da divisão de controle do tabagismo do Inca, ressalta que o
uso de água no recipiente do narguilé proporciona uma sensação agradável aos
usuáros, mas que mascara a quantidade de toxinas inaladas.
A presença da água
"faz com que se aspire ainda mais a fumaça, dando a impressão que o
organismo fica mais tolerante, o que é errado", pondera Meirelles em nota
enviada pelo Inca.
Em uma hora, uma
pessoa chega a dar mil tragadas em um narguilé. O processo gera uma fumaça
inalada igual a uma centena de cigarros comuns ou mais, segundo o
pneumologista.
Estudantes
Entre os estudantes de cursos de saúde, uma pesquisa aponta que mais de 55% dos que declararam ser fumantes de produtos de tabaco além do cigarro comum admitiram usar o narguilé. O número sobe para 80% se for considerada só a cidade de São Paulo, segundo o estudo.
Entre os estudantes de cursos de saúde, uma pesquisa aponta que mais de 55% dos que declararam ser fumantes de produtos de tabaco além do cigarro comum admitiram usar o narguilé. O número sobe para 80% se for considerada só a cidade de São Paulo, segundo o estudo.
Realizado em três
capitais (São Paulo, Brasília e Florianópolis), o levantamento mostra que a
situação do fumo entre universitários na área de saúde é preocupante, segundo o
diretor-geral do Inca, Luiz Antonio Santini.
FONTE: G1.globo.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário