O presidente da
Federação Paulista de Futebol (FPF) e vice da Confederação Brasileira de
Futebol (CBF), Marco Polo Del Nero, disse nesta segunda-feira (26) que prestou
depoimento à Polícia Federal (PF) nesta manhã e teve computadores apreendidos
por ter contratado um prestador de serviços que se tornou alvo de ação da PF.
No começo da noite, Del Nero divulgou nota (veja íntegra abaixo)
para explicar que contratou o grupo por não ter indícios de que ele cometia
irregularidades. Ele reforçou ainda que o depoimento não teve relação com sua
atividade como dirigente de futebol.
"Não se refere
a futebol, vou deixar bem claro, a própria polícia já definiu, não se refere
também ao meu escritório de advocacia, refere-se a uma informação que eu quis
ter de determinada pessoa para poder saber se poderia fazer negócio com ela,
apenas isso", afirmou Del Nero ao SPTV.
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"E essas
informações não são quebras bancárias, quebras de informações telefônicas, não
é quebra de informações seja lá quais forem", disse.
Pela manhã, a
residência do dirigente foi vistoriada e dois computadores acabaram aprendidos.
Além disso, ele foi conduzido à sede da PF, onde prestou esclarecimentos e
acabou liberado.
O dirigente foi ouvido na Operação Durkheim, que prendeu suspeitos de participar de duas organizações criminosas envolvidas em violação de dados e em crimes financeiros. Segundo a PF, 87 mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos estados de São Paulo, Goiás, Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro e no Distrito Federal.
Ao menos 27 pessoas foram presas, segundo a polícia. Ainda de acordo com a polícia, 57 pessoas foram indiciadas. Segundo a PF, o inquérito começou em setembro de 2011 para investigar os desdobramentos da apuração do suicídio de um policial federal em Campinas.
A morte levantou suspeitas sobre a possível utilização de informações sigilosas, obtidas em operações policiais, para extorquir políticos suspeitos de envolvimento em fraudes em licitações. De acordo com a polícia, a operação foi batizada de "Durkheim", em referência ao sociólogo francês Émile Durkheim, autor do livro "O Suicídio".
O dirigente foi ouvido na Operação Durkheim, que prendeu suspeitos de participar de duas organizações criminosas envolvidas em violação de dados e em crimes financeiros. Segundo a PF, 87 mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos estados de São Paulo, Goiás, Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro e no Distrito Federal.
Ao menos 27 pessoas foram presas, segundo a polícia. Ainda de acordo com a polícia, 57 pessoas foram indiciadas. Segundo a PF, o inquérito começou em setembro de 2011 para investigar os desdobramentos da apuração do suicídio de um policial federal em Campinas.
A morte levantou suspeitas sobre a possível utilização de informações sigilosas, obtidas em operações policiais, para extorquir políticos suspeitos de envolvimento em fraudes em licitações. De acordo com a polícia, a operação foi batizada de "Durkheim", em referência ao sociólogo francês Émile Durkheim, autor do livro "O Suicídio".
Íntegra da nota
Veja abaixo íntegra da nota de Del Nero:
Veja abaixo íntegra da nota de Del Nero:
"Nota à
imprensa: Operação Durkhein da Polícia Federal
Publicado em 26 de novembro de 2012 às 19h03
Publicado em 26 de novembro de 2012 às 19h03
Com referência ao meu
comparecimento às dependências da Delegacia de Repressão aos Crimes Financeiros
- DELEFIN - da Polícia Federal em São Paulo na manhã de hoje, 26/11/2012, para
prestar esclarecimentos em inquérito ali instaurado, cumpre esclarecer à
opinião pública o seguinte:
1. Em face da
necessidade de formalizar situação jurídica de caráter eminentemente pessoal
com terceira pessoa (e que nada tem a ver com minhas atividades de direção na
Federação Paulista de Futebol, em qualquer outra entidade desportiva ou mesmo
com o exercício da advocacia), deliberei obter informações mais detalhadas
acerca de sua vida pretérita, de seu comportamento moral e social, bem assim
dos eventuais registros forenses em seu nome existentes;
2. Para tanto,
contratei empresa prestadora de tais serviços, cujo endereço localizei, entre
outras, em publicidade comercial veiculada na rede mundial (internet);
3. Referido prestador
de serviços (oferecidos publicamente, o que sugere legitimidade e
regularidade), passou, então, a me fornecer algumas informações sobre o
comportamento da pessoa indicada, tudo dentro da mais estrita legalidade,
inclusive apresentando certidões e informes a todos disponíveis nos registros
públicos;
4. Deu-se, então, que
em determinado momento foi-me oferecido um relatório sobre mensagens escritas
enviadas por essa pessoa a terceiros, o que despertou estranheza e preocupação
visto que tal proceder extravasa da normalidade da simples verificação e
adentra a órbita do proibido. Foi por essa razão que, diante de um relatório de
investigação social que estaria a conter alusão a supostos diálogos captados ,
dispensei tais serviços, incontinenti;
5. Ocorreu, então,
que tal prestadora de serviços veio a cair nas malhas dessa denominada
“Operação Durkhein” da Polícia Federal, e em sua sede foram encontrados
registros dos serviços que me havia prestado anteriormente. Por tal razão as
investigações policiais foram estendidas e culminaram com busca e apreensão de
documentos e computadores em minha residência (e até na FPF que nada tem a ver
com meus assuntos pessoais);
6. Diante de tal
cenário dispus-me a comparecer, espontânea e imediatamente, à sede da Polícia
Federal, onde prestei os esclarecimentos que se faziam necessários;
7. Claro que não
posso nominar as pessoas envolvidas no episódio em razão do segredo de Justiça
decretado naqueles autos, sob pena de cometer violação de sigilo, que constitui
delito. Reitero, no entanto, expressa e veementemente, que os fatos nenhuma
ligação têm com o Futebol, paulista ou nacional, com qualquer delito financeiro
a mim imputável ou com minhas atividades de advogado militante.
É o que me cabe
esclarecer publicamente para que ilações equivocadas não se produzam a respeito
do ocorrido.
São Paulo, 26 de
novembro de 2012.
Marco Polo Del Nero."
Marco Polo Del Nero."
http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2012/11/del-nero-diz-ter-contratado-grupo-que-pf-flagrou-em-acoes-ilegais.html
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