quarta-feira, 31 de outubro de 2012

O bode expiatório do Apagão


Apagão no Nordeste 'teve falha humana', diz diretor-geral da Aneel

Fábio Amato Do G1, em Brasília

O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hübner, disse nesta terça-feira (30) que o governo já tem convicção de que o apagão que atingiu todos os estados do Nordeste na sexta-feira (26) teve falha humana e que estão sendo avaliadas medidas para impedir que problemas como esse voltem a acontecer.
“Teve falha humana [no apagão que atingiu o Nordeste], sem dúvida nenhuma”, disse Hübner. “A proteção do equipamento não foi devidamente programada”, completou ele, referindo-se à proteção da linha de transmissão entre as subestações de Colinas (TO) e Imperatriz (MA), que ficou inoperante na sexta-feira. Por conta disso, a segurança do sistema não funcionou, o que teria contribuído para a extensão do apagão.
Hübner afirmou que o governo está discutindo uma série de ações para melhorar a segurança do sistema elétrico nacional. Nas últimas semanas, foram registradas várias falhas no fornecimento de energia no país, o que levou o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, a admitir na semana passada, pela primeira vez, que esses problemas “não são normais.”
“Estamos buscando uma série de ações para coibir esse tipo de falha. O sistema brasileiro, que é tão sofisticado, tem que ter níveis de cobertura, em termos de procedimento, que não pode a ação de um elemento qualquer causar um defeito. Temos que ter essas proteções e é isso que vamos buscar”, disse Hübner.
O relatório final sobre o apagão ocorrido na semana passada em nove estados no Nordeste deve ser finalizado nesta quarta-feira pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), segundo informou o ministro interino de Minas e Energia, Márcio Zimmermann. De acordo com o ministério, a conclusão final sobre o motivo do apagão é do ONS, por meio do relatório.
Na segunda-feira, o ministro também destacou que a proteção da linha de transmissão entre as subestações de Colinas e Imperatriz ficou inoperante, e que, por isso, a segurança do sistema não funcionou "A proteção dessa linha estava inoperante no dia, está sendo apurado agora se houve falha humana ou de procedimento da empresa", disse.
Na semana passada, o ONS havia dito que a provável causa do apagão foi um incêndio numa chave seccionadora de um equipamento, entre as subestações de Colinas e Imperatriz, na interligação que liga os sistemas Norte/Nordeste ao sistema Sul/Sudeste".

http://g1.globo.com/economia/noticia/2012/10/apagao-no-nordeste-foi-provocado-por-falha-humana-diz-aneel.html

SINTONIZANDO O LEITOR:


O bode expiatório era um animal que era apartado do rebanho e deixado só na natureza selvagem como parte das cerimônias hebraicas do Yom Kippur, o Dia da Expiação, a época do Templo de Jerusalém. Este rito é descrito na Bíblia no livro do Levítico.
Em sentido figurado, um "bode expiatório" é alguém que é escolhido arbitrariamente para levar (sozinho) a culpa de uma calamidade, crime ou qualquer evento negativo (que geralmente não tenha cometido). A busca do bode expiatório é um ato irracional de determinar que uma pessoa ou um grupo de pessoas, ou até mesmo algo, seja responsável de um ou mais problemas sem a constatação real dos fatos.
A busca do bode expiatório é um importante instrumento de propaganda. Um clássico exemplo são os judeus durante o período nazista, que eram apontados como culpados pelo colapso político e pelos problemas econômicos da Alemanha.
Os grupos usados como bodes expiatórios foram (e são) muitos ao longo da História, variando de acordo com o local e o período.
Atualmente, o uso de bodes expiatórios é cada vez mais combatido e, quando esta tendência é levada ao seu extremo, podem ser criadas regras sociais de controle da linguagem, como no caso do politicamente correto.





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