Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – Apesar da forte
presença da pirataria, o Brasil está começando a atrair empresas produtoras degames. Com uma população de jogadores em torno de 45
milhões – a segunda maior do mundo – o negócio no Brasil chegou, em 2011, a
movimentar cerca de US$ 420 milhões, cerca de 31% do mercado da América Latina,
menor apenas que o do México (US$ 639 milhões). Os dados são estimativas da
consultoria PricewaterhouseCooper (PwC), divulgados pela Brasil Games Show
(BGS), feira de jogos eletrônicos que está sendo realizada em São Paulo.
“O mercado brasileiro de games tem tudo para se tornar não só um dos maiores,
como possivelmente o terceiro maior do mundo. A gente tem potencial para isso”,
diz o presidente da feira, Marcelo Tavares.
De acordo com as estimativas,
o mercado brasileiro de games está
crescendo, em média, 7,1% ao ano, o que deve levar o país a movimentar, até
2017, cerca de R$ 4 bilhões. O crescimento, segundo Tavares, se dá em função da
produção nacional, o que possibilitou a queda nos preços de consoles (videogames), dos jogos, da tradução de títulos para o
português.
“O desenvolvimento de games no país já mudou muito. A gente tinha, há
cinco anos, 40 empresas no país, hoje são 100. Isso já é um número
consideravel, apesar de ainda ser formado por pequenas e médias empresas",
destacou.
O Brasil tem hoje cerca de 3,1
milhões de videogames de última geração, concentrados na Região
Sudeste, em São Paulo e no Rio de Janeiro. Dados que atraíram, pela primeira
vez em um feira no país, as três maiores empresas do setor: a Sony, a Nintendo
e a Microsoft.
“Isso é algo que o mercado de games na Europa, na Ásia e nos Estados Unidos,
geralmente, não consegue fazer [atrair as três maiores empresas na mesma
feira]. E isso não é um feito da Brasil Game Show, é reflexo do bom momento do
mercado de games no país”, destacou.
"Se a gente torna esse
mercado mais oficial, menos ilegal, menos pirata, a gente vai ter mais
investimentos das grandes empresas, o que já está acontecendo. E a gente
entende que deveria haver algum incentivo governamental à produção local e a
redução de impostos", acrescentou.
A BGS é a segunda maior
feira de games do mundo, perdendo apenas para a E3, de Los
Angeles. No evento, que deve receber até este domingo (14) cerca de 80 mil
pessoas, estão sendo apresentados novos jogos eletrônicos, que chegarão ao
mercado apenas dentro de alguns meses.
Edição: Graça
Adjuto
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